quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O plano

Hoje soube que alguns alunos planearam e quase puseram em marcha um esquema que lhes permitiria auxiliar um colega que, noutra sala, era examinado numa prova oral de Inglês. O estratagema envolvia telemóveis, auriculares e três alunos: um na oral, outro na casa de banho e o terceiro numa aula de outra disciplina.

Aparentemente tudo corria bem até que um deles, o que estava na aula de Filosofia, envolvidíssimo no plano «Vamos ajudar o A. a passar a Inglês» (o nome inventei-o eu, já que me parece bastante adequado), distraiu-se das actividades da própria aula. Por azar, era o momento em que a professora enumerava a matéria que sairia para o teste. Ora, a professora termina de o fazer e ele, de auriculares escondidos por baixo do vasto cabelo, não tinha ouvido nada. Põe, então, o dedo no ar e reclama com a professora porque ela não disse que matéria iria pôr no teste.

Logicamente a professora ficou verde com a pergunta e deu uma resposta ao nível de tamanha estupidez. O que ela não sabia era que no minuto seguinte iria perceber que o aluno é ainda mais tonto do que o que ela pensava. Pergunta-lhe:

- Ó F. e o que é que eu estive a fazer até agora? A dizer que matéria saía para o teste! Onde tem andado o menino?

- Estou a ajudar o A. a passar na oral de Inglês. - e afasta o cabelo, deixando ver o auricular.

Claro que o que se seguiu foi o desmantelar de uma rede organizada que trabalhava com o objectivo de safar o dito A., já com idade para ser doutor, de ver uma nota a vermelho na pauta.

Ao ouvir a história não percebi o que me devia chocar mais: se o elaborado plano, com mobilização de meios electrónicos e de mais do que dois alunos, ou se a parvoice de entregar assim tão facilmente um estratagema tão longamente pensado. Uma coisa é certa: o tempo que «os três porquinhos» (digo-o carinhosamente, claro) levaram a pensar nisto tudo, talvez tivesse proporcionado melhores resultados se o A., simplesmente, se tivesse dedicado a estudar.

5 comentários:

  1. E a idiotice não tem limites... Um enredo quase ao nível dum filme policial, e tudo a ir por água abaixo por causa de um deslize que nem freudiano chega a ser, é apenas pura estupidez. Eu nunca usei cábulas nem precisei de auxiliares, mas se as usasse, ainda para mais com os meios que eles usaram, não seria apanhado de certeza.

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  2. Lol, mais engenhosos mas já não pensam no que dizem.

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  3. Só têm esperteza para o que não interessa... Depois deixam-se cair que nem uns patos :)
    De que ano eram os miúdos? 9º? Já deviam ter mais qualquer coisa dentro da cabeça...

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  4. Ai Miss Pipeta, o preocupante é que eram do 11.º... Aquelas cabeças são compostas por 90% de vento e 10% de excrementos de chinchila.

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