segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Dá que pensar

Todos os dias saem livros novos e cada novo passeio pela livraria mostra-nos que no que respeita aos livros estamos sempre desactualizados. Resumidamente é isto: piscamos os olhos e eis que já estão à venda mais vinte livros do que estavam antes de os piscarmos. Infelizmente tanta variedade não significa que haja mais qualidade do que noutros tempos, mas isso daria outra conversa.

Falo da quantidade de livros publicados porque existem outros números que podem dar-nos o que pensar. Na revista Os Meus Livros deste mês, surge uma pequena notícia sobre o que lemos e então ficamos a saber que as editoras brasileiras publicaram em 2010 quase quinhentos milhões de livros. Contudo, «cada brasileiro lê 1,8 livros não académicos por ano». Estão a ver a proporção entre os volumes que viram a luz do dia e o que, em média, um leitor brasileiro lê ao longo de trezentos e sessenta e cinco dias?... Parece que noutros países o panorama não é tão mau, embora também não seja maravilhoso. Salva-se a França, já que o mesmo artigo diz que «Se em países desenvolvidos essa média é de dez obras anuais, em França, por exemplo, é de vinte e cinco livros por ano.».

Não sei quantos livros leio por ano. Sei que compro muitos mais do que aqueles que realmente consigo ler. Ainda assim, serão certamente mais de dez, o que quer dizer que o meu volume de leituras ajuda a ajeitar a média de quem não lê nada ou quase nada. É uma pena que perante tanta oferta, a procura ainda seja tão insignificante. A leitura está fora de moda, parece-me, pelo menos a julgar pelos números.

2 comentários:

  1. Diz qual é a média em Portugal? Fiquei curiosa...

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  2. Não diz, infelizmente. Também fiquei curiosa. Não acredito que sejam dez livros. Resta-nos desejar que sejam mais do que dois!

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