Hoje soube que alguns alunos planearam e quase puseram em marcha um esquema que lhes permitiria auxiliar um colega que, noutra sala, era examinado numa prova oral de Inglês. O estratagema envolvia telemóveis, auriculares e três alunos: um na oral, outro na casa de banho e o terceiro numa aula de outra disciplina.
Aparentemente tudo corria bem até que um deles, o que estava na aula de Filosofia, envolvidíssimo no plano «Vamos ajudar o A. a passar a Inglês» (o nome inventei-o eu, já que me parece bastante adequado), distraiu-se das actividades da própria aula. Por azar, era o momento em que a professora enumerava a matéria que sairia para o teste. Ora, a professora termina de o fazer e ele, de auriculares escondidos por baixo do vasto cabelo, não tinha ouvido nada. Põe, então, o dedo no ar e reclama com a professora porque ela não disse que matéria iria pôr no teste.
Logicamente a professora ficou verde com a pergunta e deu uma resposta ao nível de tamanha estupidez. O que ela não sabia era que no minuto seguinte iria perceber que o aluno é ainda mais tonto do que o que ela pensava. Pergunta-lhe:
- Ó F. e o que é que eu estive a fazer até agora? A dizer que matéria saía para o teste! Onde tem andado o menino?
- Estou a ajudar o A. a passar na oral de Inglês. - e afasta o cabelo, deixando ver o auricular.
Claro que o que se seguiu foi o desmantelar de uma rede organizada que trabalhava com o objectivo de safar o dito A., já com idade para ser doutor, de ver uma nota a vermelho na pauta.
Ao ouvir a história não percebi o que me devia chocar mais: se o elaborado plano, com mobilização de meios electrónicos e de mais do que dois alunos, ou se a parvoice de entregar assim tão facilmente um estratagema tão longamente pensado. Uma coisa é certa: o tempo que «os três porquinhos» (digo-o carinhosamente, claro) levaram a pensar nisto tudo, talvez tivesse proporcionado melhores resultados se o A., simplesmente, se tivesse dedicado a estudar.
E a idiotice não tem limites... Um enredo quase ao nível dum filme policial, e tudo a ir por água abaixo por causa de um deslize que nem freudiano chega a ser, é apenas pura estupidez. Eu nunca usei cábulas nem precisei de auxiliares, mas se as usasse, ainda para mais com os meios que eles usaram, não seria apanhado de certeza.
ResponderEliminarLol, mais engenhosos mas já não pensam no que dizem.
ResponderEliminarSó têm esperteza para o que não interessa... Depois deixam-se cair que nem uns patos :)
ResponderEliminarDe que ano eram os miúdos? 9º? Já deviam ter mais qualquer coisa dentro da cabeça...
Ai Miss Pipeta, o preocupante é que eram do 11.º... Aquelas cabeças são compostas por 90% de vento e 10% de excrementos de chinchila.
ResponderEliminarHehehe... :)
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