domingo, 31 de dezembro de 2017

Feliz 2018, queridos quixoteiros!

A todos os que visitam este blogue, desejo o melhor dos anos. Desejo-vos saúde (que agora sei ser o mais importante), sorte e sucesso. Que seja melhor do que este ano que agora termina. Que sejam muito felizes em 2018. 

Li 59 livros e meio em 2017. Ainda não sei quantos me proponho a ler no ano que amanhã começa, mas mais do que muitos, quero que sejam bons. Comecei este ano com o romance Anna Karenina, por isso gostaria de encontrar igual qualidade nas leituras do próximo ano. 

E eis como o desejo de bom ano resvalou para os livros. Não dá para negar: para quem gosta de ler, os livros são uma parte mesmo importante da vida. E quando o ano que termina não deixa saudades, as boas leituras feitas são mesmo o melhor a recordar. 

Bom ano, amigos. Sejam felizes. 

Ps.: Esta quixotada foi escrita durante a tarde de ontem, mas por alguma razão que me ultrapassa, ficou nos rascunhos e não foi publicada. Portanto, depois de dar-vos conta da extraordinária passagem de ano que tive, pareço uma maluca a desejar um 2018 maravilhoso. Bom, espero que o ano seja meigo convosco, mesmo tendo começado mal para mim. No entanto, esta quixotada faz mais sentido quando lida antes da que se intitula “Saídas e entradas”. 

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

2017

Andei, finalmente, a dar uma voltinha pelos blogues que sigo e parece que toda a gente está a fazer um balanço do ano que está prestes a terminar. Pois bem: que seja. 

2017 foi um dos piores anos da minha vida. E olhem que eu já tive anos muito maus! Escrevi um texto longo a explicar-vos porquê, mas apaguei-o. O ano foi mesmo mau, nem vale a pena falar nele.

Mundo enlouquecido

Nas últimas duas semanas, apareceram-me duas melgas no quarto. Sim, aqueles insectos que nos moem a paciência no tempo quente conseguiram aparecer no meu quarto em pleno mês de Dezembro. Ontem lá andava uma a rondar o meu moço (já que a mim nunca mordem).

Além disso, a zona onde vivo está cheia de gaivotas. Bem sei que "gaivotas em terra significam tempestade no mar", mas vê-las voar com pombos mortos e esfarrapados no bico dá um ar um pouco apocalíptico à coisa. 

Parece que o mundo anda um bocadinho enlouquecido. Melgas em Dezembro, gaivotas que vêm caçar à Amadora... O que faltará mais?!

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Obsolescência Programada

A obsolescência programada é, infelizmente, uma coisa com a qual temos de viver. Algumas empresas já foram mesmo acusadas de a praticar com os seus produtos e, no fundo, a modernidade que tanto nos deu, também nos trouxe esta prática pouco correcta que consiste em criar produtos preparados para terem um determinado prazo de durabilidade. Por exemplo, telemóveis que se sabe que durarão apenas o tempo da garantia e que, terminados esse período, deixarão de funcionar bem, levando o consumidor a procurar um substituto e, assim, a gastar dinheiro novamente. 

Isto vem no seguimento da nossa hipermodernidade hiperconsumista em que produtos outrora estupidamente caros agora existem a preços relativamente acessíveis. Para algumas empresas que buscam o lucro acima de qualquer coisa, torna-se necessário (embora nada correcto, no meu entender), encurtar a duração dos produtos de forma a empurrar o consumidor novamente para a loja. Somos impelidos a gastar. Mesmo que procuremos comprar aquele computador porque é de uma marca melhor, nada nos garante que ele não comece a dar problemas passado o tempo da garantia. Aconteceu-me isso com um frigorífico e toda a gente, desde a marca até à loja onde o comprámos, me disse o mesmo: as coisas estão feitas para durar o tempo da garantia. E, de facto, o malfadado electrodoméstico durou dois anos e uns dias...

Lipovetsky escreve sobre o tema e, recentemente, também o diário EL PAÍS escreveu sobre algumas empresas sobre as quais recaíram suspeitas e acusações de práticas menos correctas no que à durabilidade dos produtos diz respeito. E se é possível atribuir um prazo de validade a muitos objectos de consumo, mais ainda o será a todos os que exigem actualizações, como telemóveis, tablets, computadores, consolas de jogos e por aí fora.

E por que falo eu hoje nesta forma de agir tão desonesta por parte de empresas que até geram lucros bem altos e que, provavelmente, até os manteriam mesmo sem dar cabo dos nossos aparelhos ao fim de algum tempo de uso? Porque acredito piamente que isto acontece e que há coincidências que dificilmente se explicarão de outra forma. Umas duas semanas antes do Natal, o meu telemóvel começou a desligar-se várias vezes ao longo do dia. Tentava abrir uma aplicação e, subitamente, o ecrã ficava preto e o telemóvel reiniciava-se ao fim de alguns minutos. Em alguns dias isto chegava a acontecer mais de cinco vezes. Comecei a ficar preocupada. O telemóvel tem pouco mais de um ano e não me dava jeito que avariasse justamente agora. Ainda me enervei um bocado com ele porque muitas vezes tentei utilizá-lo, tendo de ficar à espera de que se reiniciasse novamente. Como devem imaginar, não dava jeito nenhum. Também antes do Natal, o meu portátil ficou praticamente inutilizado. Dizia que tinha a memória cheia. Apaguei tudo quanto podia, mas o peso estava no sistema operativo que estava quase a ocupar todo o espaço do disco. Houve dois dias da semana antes do Natal em que nem sequer pude utilizar o computador: estava lento, as aplicações não abriam porque não havia espaço para elas, nem no Word conseguia escrever! Cheguei ao ponto de não conseguir sequer imprimir ou aceder ao e-mail. Para não me enervar mais, desliguei o computador e só voltei a ligá-lo hoje. Curiosamente, hoje já tudo funciona bem. Já não está lento, já não me impede de abrir as aplicações: está como sempre devia ter estado. Até já me deixa imprimir novamente sem queixar-se de falta de espaço e de erros vários. Curiosamente, também, o meu telemóvel não se desliga desde o dia 25 de Dezembro. Abro as aplicações e não se reinicia. Voltou ao normal.

Resta-me dizer-vos, embora julgue que vocês já sabem, que tanto o telemóvel como o computador são da mesma marca. Deram vários problemas durante os mesmos dias e sempre antes do Natal. Mas pararam de dá-los depois de passado o dia da troca de presentes. Será coincidência? Não sei, mas custa-me a crer nisso. Cheira-me mais à tal obsolescência programada que deve atingir níveis ridículos na quadra natalícia. É muito estranho que dois aparelhos da mesma marca passem por fases em que funcionam tão mal e, subitamente, como se fosse milagre, voltem ao normal depois da época de compras de Natal. Enfim, até pode mesmo ter sido uma infeliz coincidência, mas dá que pensar. Sabendo nós como funciona o mundo e as grandes empresas, dá mesmo que pensar.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Livros?!???

E pronto: passou o Natal. É coisa que me inquieta todos os anos esta velocidade a que tudo passa. São dias e dias a preparar uma festa que parece acabar em cinco minutos. Mas são cinco minutos em que somos capazes de engordar três valentes quilos...

Mas agora a parte estranha da coisa: foi o primeiro Natal dos últimos dezasseis anos (pelo menos) em que não recebi nenhum livro. Ainda estou espantada. Perante isto, atraquei-me logo ao Asterix que o meu moço recebeu e já o li. Porém, é uma sensação estranha a de não ter nenhum livro para namorar depois do Natal. Era coisa a que já não estava habituada. 

E que tal o vosso Natal? Muitos livros no sapatinho? 

domingo, 24 de dezembro de 2017

Feliz Natal, amigos “quixoteiros”!

Hoje é aquele dia que, sendo frio, é o mais quentinho de todos. Este ano não me apetecia celebrar esta festa, mas acabei por perceber que mesmo com tudo o que de menos bom tem acontecido, é importante juntar a família e viver esta quadra com ela. 

Portanto, logo cá estarão todos de volta da grande ceia de Natal que se prepara. Contudo, não poderia deixar de desejar-vos, queridos “quixoteiros”, um feliz e guloso Natal. Espero que o vivam da melhor forma e que sejam felizes. 

E para ajudar a boa disposição que a quadra exige, deixo-vos com a Miss Gatica, descansando debaixo da árvore de Natal, ao lado do frasquinho de pimenta que devia mantê-la afastada... FELIZ NATAL!


quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Chora, Camões, chora XVIII

O Notícias ao Minuto já começa a ser presença assídua no “Chora, Camões, chora...”, mas há dias em que a falta se releitura do que se escreve causa erros bastante complicados. Embora a notícia não interesse a ninguém, reparem bem na parte que sublinhei. 



terça-feira, 19 de dezembro de 2017

A Menina Quer Isto CVII

A menina quer livros do Orhan Pamuk, à excepção de Istambul, Jardins da Memória e O Romancista Ingénuo e sentimental, que já tem. Agradecidita. 



Muito mimo

Espero que os meus gatos não venham ler isto, mas o mimo é tanto que estão em vantagem no número de presentes sob a árvore de Natal. 

Ontem chegou a encomenda da Zooplus e com a saca de dez quilos de ração para o mafioso do Senhor Gato vinha de oferta um curcuito para eles brincarem (um daqueles tubinhos que têm uma bola dentro e onde eles vão enfiando a pata para a mover). Além desta oferta, com os pontos acumulados de outras encomendas anteriores mandámos vir um boneco que se prende ao arranhador alto e que está cheio de catnip. Prevê-se a loucura, portanto. Por fim, comprámos-lhes um túnel com uma almofada incorporada para quando se fartarem de correr de um lado para o outro. 

Portanto, contas feitas: terão três presentes de Natal devidamente embrulhados e uma saqueta para cada um no respectivo sapatinho. Gatos mimados!

Nota: Ou a Zooplus voltou a mudar de transportadora, ou tivemos muita sorte porque a encomenda chegou cá num instante, não foi a tragédia que aconteceu em Agosto (quase um mês para receber uma encomenda e toneladas de reclamações ao longo do tempo). Gosto de comprar na Zooplus. Claro que preferia poder optar por uma loja em Portugal, mas na Zooplus tenho encontrado os melhores preços para produtos que não são nada baratos. As rações de gama alta são extremamente caras, contudo, quando optamos por trazer um animal para casa, temos de estar cientes de que eles não devem comer qualquer coisa que nos apeteça pôr-lhes à frente. Ora, essa escolha sai cara (embora, a longo prazo nos faça poupar em idas ao veterinário). Com a Zooplus tem corrido tudo bem (só me chateei na encomenda de Verão porque foi enviada através de uma distribuidora que era o caos e que estava pejada de queixas na internet). Há variedade, há promoções, há ofertas e há o programa de pontos que dá jeito para trazer mais uns brindes. Por cá, para compras mais pequenas, gosto da Petoutlet. Para a areia, vou à Zu e gasto o saldo acumulado do Cartão Continente. E nessa loja tento entrar com umas palas nos olhos para não ver as maravilhosas caminhas e brinquedos que por lá têm...

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Fecha a boca!

Num destes dias, passou na RTP 1 o filme Rapariga com Brinco de Pérola, que é uma adaptação do romance homónimo, protagonizado pela Scarlett Johansson. 

Nunca li o livro e depois de ver o filme também não me parece que vá correr para o ler. Quando começaram a passar os créditos finais, a frase que me surgiu foi “E então?”. Achei aquilo muito desprovido de conteúdo, mas nem é sobre isso que vos quero falar. É a própria da Scarlett, que me deixou com os nervos em franja, a protagonita desta quixotada. 

Será que a moça não conseguia fechar a boca ao longo do filme? Bem sei que é criatura de lábios carnudos, mas daí a parecer um arenque acabado de pescar vai um passo grande. Ela passa o filme todo com os lábios entreabertos, como se uma sinusite crónica a impedisse de respirar correctamente pelo nariz. Além disso, passa todo o filme num equilíbrio enervante entre o ar de “Ai sou tão cândida que nem mostro o meu cabelo a ninguém!” e o de “Ó bem para este lábios e para o biquinho que consigo fazer SEMPRE com eles...”. Dá vontade de chegar lá e berrar-lhe “Filha, fecha a boca!”.

Pode haver quem a considere uma excelente actriz, mas eu acho-a assim “poucochinha”. E este uso e abuso de uma característica física sua não atribui grandeza nenhuma à sua prestação. O filme podia nem ser grande coisa, mas aquele exagero de boquinhas entreabertas e olhares dengosos ainda o tornam mais ridículo. 

A parte boa é que na lista de livros por ler cá de casa houve um que saltou fora para provavelmente dar lugar a outro mais merecedor de leitura. Que estes filmes sirvam para alguma coisa!

Adendazita: Comecei a ler o Istambul, de Orhan Pamuk. No fundo, é qualquer coisa como as suas memórias mais ligadas à sua cidade. Além do texto, o livro está cheio de fotografias a preto e branco que ou representam o autor ou a cidade e momentos por ele evocados. A escrita é magnífica e é um livro enternecedor. Ainda estou nas primeiras cem páginas, mas estou a gostar bastante. Gosto desta ligação tão íntima entre as memórias e os lugares que encontramos em Istambul

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

A Menina Quer Isto CVI

Hoje, sai um “A Menina Quer Isto” voltado para a Tinta da China. Não espero muitos presentes de Natal, mas se o Pai Natal quiser passar para trazer qualquer coisa, ficam as dicas. 









quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Um barrete (muito) mal enfiado

Comprámos um barretinho de Natal para colocar na Gatica e tirar uma foto engraçada. Contudo, ao chegarmos a casa, percebemos que a bichana é mais cabeçuda do que parecia. Resolvi, então, colocar o barretito num boneco artesanal que representa a conhecida personagem literária do livro homónimo Principezinho. Mas, como bem sabemos, o Principezinho é um rapaz com um penteado muito aéreo e isso levou-me a fazer um pouco mais de força para «enfiar-lhe o barrete».

Lamento informar que o resultado deste meu estúpido esforço foi a decapitação do Principezinho. A cabeça do pobrezito rolou pelo chão. Corri para ir buscar um tubo de cola de forma a devolver a cabeça ao simpático menino que dizia que «o essencial é invisível aos olhos» (e que esteve momentaneamente sem eles, desgraçado). Lá resolvi a coisa sem grandes danos visíveis e o barretito acabou pendurado na árvore de Natal.

Agora imaginem o que terá passado pela cabeça da Gatica ao ver o que provocou no Principezinho o barrete que a ela se destinava. Aposto que respirou de alívio.

Chora, Camões, chora... XVII

No que à redundância diz respeito, hoje a capa do DN está muito bem. Tentem ler sob o sublinhado.



Ah, já para não falar de “secretária” escrito com minúscula...

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Ah, a árvore!





Se o Senhor Gato ainda estuda a árvore de modo a delinear o melhor plano de ataque, Lady Gatica, destemida como só ela, já fez a sua investida e eis que, subitamente, a minha árvore de Natal passa a exibir uma imponente cauda...

domingo, 10 de dezembro de 2017

Dom Quixote entra no espírito


Por aqui, Dom Quixote entrou hoje no espírito natalício e, sem pousar a sua eterna leitura, assistiu à realização da árvore de Natal. Também ele celebra a quadra e usará um barretinho de Pai Natal até aos “Reyes” ou até que um dos gatos lho roube. Aceitam-se apostas. 

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Incompatibilidade de horários

Os meus felinos abrem para brincadeira por volta das quatro e meia da manhã. A essa hora eu ainda estou completamente encerrada para balanço. 

Resultado: está gerada uma incompatibilidade de horários que pode degenerar em guerra muito facilmente. O pior é que eles são uns estrategas natos que conhecem tácticas de guerrilha capazes de fazer levantar o mais dorminhoco dos humanos. Temo o pior. Bandidos.