quinta-feira, 23 de outubro de 2014

A Menina Quer Isto LII


Tive a oportunidade de folheá-lo ainda antes de ir para as livrarias. E quero. Muito! Já disse que faço anos no mês que vem?...

O Sr. Esperto

O Sr. Gato, espertíssimo, descobriu que existe uma associação entre aquela enorme caixa branca que se encontra na cozinha e os maravilhosos pedaços rosados e fresquinhos que recebe de vez em quando. Tradução: o mafarrico descobriu que guardamos o fiambre no frigorífico. E ele quer fiambre. Ele quer muito fiambre. Ele quer todo o fiambre a que tem direito. 

Portanto agora é isto: planta-se ao lado do frigorífico e mia. Roça-se no frigorífico e mia. Estica-se para o frigorífico e mia. Sabe o que quer e não tem pudores em exigi-lo. É um lindinho! Mas o que ele ainda não percebeu é que não terá todo o fiambre que quer, nem perto disso. Todavia, louvo-lhe as tentativas. É um gato empenhado em obter o que quer e isso merece elogios. 

E, a propósito, é um gatito que faz um ano no domingo. Talvez nesse dia lhe façamos um bolo com recheio e cobertura de fiambre. E uma festinha de aniversário.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Esquecimento

Sempre com um livro na mala, sempre com qualquer coisa para ler a menos de um metro do alcance do meu braço, sempre com uma revistinha velha e por ler a jeito para momentos de ócio e hoje, HOJE, que ia ao médico e que corria o risco de passar muito tempo a olhar para o ar, vi-me sem NADA! Dei por mim a entrar no autocarro e a perceber que tinha terminado o meu livro ontem e que não tinha coneçado nenhum outro. Por causa do peso, tinha tirado da mala o número antigo da Visão que por lá andava para momentos vazios como este. 

Foi tão horrível que parei no primeiro quiosque e comprei a revista "La Aventura de la Historia". E lá fui, a remoer a falha imperdoável, enquanto ficava a saber que o rei católico D. Fernando foi decisivo para a noção de império hispânico...

sábado, 18 de outubro de 2014

Da enorme, profunda e avassaladora ignorância e da vontade de não estar calado


Num dia desta semana, ouvi uma senhora idosa dizer a uma vizinha e em frente ao neto, no meio de uma conversa sobre escolas, umas frases semelhantes a estas:
 
«Os professores limitam-se a despejar a matéria cá para fora e está feito. Os miúdos, esses sim, é que têm o trabalho todo, coitadinhos, eles é que se fartam de estudar!»
 
Obviamente tive de segurar-me para não explicar duas ou três coisas àquela enorme ignorante. Infelizmente, isto reflecte o que muita gente pensa sobre aqueles que um dia até tiveram uma profissão muitíssimo respeitada. Hoje em dia, para boa parte das pessoas, os professores são apenas uns monstros que não sabem nada, nem a matéria que ensinam. São uns mandriões que só querem fazer o mínimo e ir para casa para usufruírem dos seus utópicos «três meses de férias». São uns pulhas que trabalham trinta e cinco horas semanais enquanto o resto da população labuta durante quarenta. No fundo, os meninos é que são os heróis por sobreviverem durante pelo menos doze anos nas mãos destes retardados cruéis que escravizam as crianças sem que acabem por ensinar-lhes algo que preste. E se não são os paizinhos e as mãezinhas a ajudar nos imensos trabalhos de casa enviados por esses insensíveis, nem as crianças têm sossego. Professores? Era abatê-los a todos, enorme corja!
 
É doloroso sair de um dia de aulas, um dia daqueles em que não se pára nem para almoçar e levar com isto. Sentir a garganta a latejar de tanto que se puxou pela voz, sentir o zumbido nos ouvidos que qualquer professor tem a infelicidade de conhecer e mesmo assim ouvir isto da boca de quem, em nome de um enorme amor pelo neto, nem pensa na quantidade de lixo que está a dizer. É doloroso ouvir e traz a vontade de ser mesmo assim, tal e qual as pessoas nos pintam. Para que me canso eu se no fim a fama que todos temos é a de parasitas? Para que passo eu uma tarde a fazer testes para os meus alunos e critérios de correção ou um dia a corrigir trabalhos se, no fim de contas, faço parte daquele grupo que só serve para lixar a vida dos miúdos e para estragar a belíssima educação que todos recebem nas suas casas?
 
Na segunda metade de Outubro ainda há alunos nas nossas escolas sem professores. Vejo manifestações, gente com cartazes a pedir docentes. Parece que neste momento até há quem lhes sinta a falta. No meio de tanta coisa mal feita, pelo menos fica a ideia de que, afinal, não se passa bem sem quem ensina. E do outro lado estão os desgraçados do costume, sem escola atribuída, sem vida definida, sem saberem o que fazer... Mas, enfim, esses também só servem para despejar a matéria. Os heróis são os alunos. Foi isto o que disse a senhora. Espero, por isso, que na escola do neto coloquem gravadores em vez de professores. Para muita gente não há diferenças e isso, minha gente, é muito triste.

domingo, 12 de outubro de 2014

Actualizando as estantes...

Ora, fazendo a actualização das estantes devo informar que os seguintes três livrinhos mudaram-se cá para casa:

 
 
 
Escusado seria dizer que as três fotografias saíram da página da Wook e que os três livros já se encontram aninhadinhos nas prateleiras, esperando horas menos cheias. 

sábado, 4 de outubro de 2014

A Menina Quer Isto LI


A menina quer este livro que é graaaaande e bom, segundo o que ouve dizer. Mas também é caaaaaaaro! 

Vou só ali ver quanto tenho acumulado no cartão da Fnac e decidir se me meto em despesas ou não...

Ah, escusado será dizer que a foto saiu da página da Wook.