quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Como subir a média

(Pensamento muito lógico tido e verbalizado por mim enquanto o moço via uma série na qual uma criança estava possuída por um demónio e desatava a falar latim):

- Se há altura em que uma possessão demoníaca dá jeito a uma pessoa, é no dia do exame final de Latim. Teria aumentado bem a minha média de Licenciatura. 

domingo, 26 de agosto de 2018

Eu sou velha o suficiente para... V

Eu sou velha o suficiente para recordar-me de que, de tempos a tempos, lá aparecia uma desgraçado carregado com listas telefónicas para deixar à porta de cada um dos apartamentos do prédio onde vivia com os meus pais. Vinham de lá as Páginas Amarelas, para estabelecimentos comerciais e afins, e as Páginas Brancas, com os telefones (fixos) dos habitantes da Amadora e de Sintra. Cada casa só tinha direito à lista telefónica da sua zona. Se precisasse de consultar a lista com os telefones do Porto, por exemplo, tinha de pedir onde ela estivesse disponível. 



Os cafés também tinham listas telefónicas. Bom, a bem da verdade eu ainda sou do tempo em que nem todos tínhamos telefone fixo e, por isso, quando se ligava para a aldeia, telefonava-se para o café e pedia-se para se chamar a pessoa com quem se queria falar. Ou então deixava-se o recado de que ligariam para lá no dia seguinte à hora tal e que convinha que ela lá estivesse. Mas isso dava toda uma outra quixotada.

As listas telefónicas eram uns calhamaços carregados de números que raramente serviam para alguma coisa ao cidadão comum. De quando em quando, sendo preciso um médico de determinada especialidade ou um canalizador, as Páginas Amarelas ainda davam algum jeito. A outra lista telefónica, a dos números pessoais e estabelecimentos da nossa zona, nunca era aberta. Geralmente tínhamos os contactos das pessoas com quem costumávamos falar, pelo que a lista não tinha utilidade nenhuma. 

Não sei de quantos em quantos anos nos entregavam as listas, mas lá eram substituídas ao fim de algum tempo. Era um desperdício de papel, mas era o que havia na altura. Em determinado momento passou a ser mais prático ligar para as informações (118) e pedir um número de telefone. Porém, as listas lá iam aparecendo à nossa porta e alguém era pago para as entregar. Mais um emprego que foi à vida com o desenvolvimento tecnológico. Mais espaço nas nossas casas, que já não têm de arranjar lugar para aqueles enormes calhamaços. 

No outro dia lembrei-me disto e até senti uma certa nostalgia. As listas deixaram de aparecer e nem demos pela falta delas. Como tudo o que foi mudando, tudo o que foi saindo de cena e substituído por algo melhor, não demos por nada. Abraçámos a mudança e pronto. Esquecemos como era antes para sabermos como é agora. E, mudando tudo cada vez mais depressa, vamos esquecendo cada vez mais rapidamente a realidade das coisas antes de as novas coisas chegarem. 

E afora este mudar-se cada dia,
outra mudança faz de mor espanto,
que não se muda já como soía.

                                  Luís de Camões

Em busca de lugar na estante XIV

De Espanha vieram dois livros novos, acabados de sair e ainda não traduzidos em português, de dois grandes autores: Paul Theroux e Mário Vargas Llosa. O primeiro, conhecido pelos seus livros de viagens, escreveu já romances e regressa ao género com este Tierra Madre, editado em Espanha pela Alfaguara.


Na mesma editora, publicou-se este ano La Llamada de la Tribu, de Vargas Llosa. É uma espécie de autobiografia literária, isto é, um regresso aos livros que o moldaram nos últimos cinquenta anos. O autor peruano evoca os autores que alteraram o seu olhar e o seu modo de pensar, procurando mostrar ao leitor de que modo ele é devedor dessas leituras. São escritores que o ensinaram a colocar o indivíduo no centro, à frente de outras noções colectivas.


sábado, 25 de agosto de 2018

O grande fiasco (e fome, muita fome)

Provavelmente, muitos de vocês já utilizaram o serviço Uber Eats com muito sucesso. Nós por cá não. Até há algum tempo ainda não faziam entregas no meu código postal, mas no outro dia, ao chegar a casa, vi uma jovem fazer uma entrega no meu prédio e pensei “Olha que maravilha!”.

Ontem cheguei a casa e, depois de uma sopinha, parecia faltar qualquer coisa (à sexta-feira à noite falta sempre qualquer coisa). O moço lá se lembrou do Uber Eats e fizemos um pedido para ser entregue logo que possível. Depois fomos acompanhando o desenrolar do processo na página do pedido. Foi preparado e saiu do restaurante. Rejubilámos de alegria: é que de lá aqui não são mais de quinze minutos. Vimos o bonequinho avançar no mapa, tínhamos o nome e a cara do motorista, tudo corria bem. 

Até que o desgraçado parou. E continuou parado. E o meu telemóvel não tocou a informar-me de nada. Passou meia hora. Tentei contactar o estranhíssimo número de telefone do motorista: desligado. Passou uma hora... Enviámos um contacto escrito à Uber Eats. Sem resposta. Telefonei para a linha de apoio:

 “Ah e tal, vamos contactar o condutor.” - respondeu alguém com uma pronúncia dificílima de compreender. 

“Boa sorte. Ele tem o telefone desligado.”

Tempo de espera em linha, fome a apertar. Nisto já passava das dez e vinte da noite. Quando finalmente regressam ao telefone dão-me a extraordinária novidade: não conseguem contactar o motorista. E eu que pensava que o telefone (iniciado por 303) só estava desligado para mim... No mapa, o tipo continuava encalhado no mesmo sítio havia uma hora (a comer o meu jantar, imaginava eu, cada vez mais faminta). Mas a novidade continuava: como já tinha sido ultrapassado o razoável tempo de espera, iriam cancelar o pedido para fazer outro se quisesse. Respondi-lhes:

“Vou fazer outro, mas directamente à Pizza Hut porque, como deve imaginar, não fiquei lá muito impressionada com os vossos serviços.”

O moço tratou desse novo pedido, enquanto eu recebia o e-mail do cancelamento e da garantia de devolução do dinheiro retirado do cartão. Depois disso, ficamos a aguardar a pizza. 

Uns quarenta minutos depois telefona-me o entregador do Pizza Hut muito indignado porque estava a tocar à minha campainha havia dez minutos e ninguém abria. Eu, que geralmente sou simpática, passei-me:

“Então se está a tocar há dez minutos, por que é que só me telefonou agora?! Obviamente aqui não soou campainha nenhuma, senão teria aberto!” .

Quando chegou à minha porta de casa, o senhor já vinha mais simpático, mas ainda se atreveu a um “Estive para voltar para a loja.”. Acho que pelo meio da fome rosnei um “Voltasse.” e expliquei-lhe que este tipo de campainhas, quando se carrega no botão, ouve-se uma espécie de um eco do toque, como sucedeu quando estava ao telefone comigo e finalmente soou aqui o toque da campainha. Se ele ao tocar não ouviu nada, é porque não tocou. Se tinha o meu número, só tinha de me ligar ou pedir à loja que o fizesse. Acho que já estava tão endiabrada que o senhor percebeu que era mau caminho continuar por ali e acabou por pedir desculpa. 

Portanto, o meu serão de ontem foi isso. Uma sucessão de fiascos que culminaram em pizza morna e mau humor. Ou eu tenho muito azar ou há por aí gente a trabalhar muito mal. Pelo sim pelo não, é melhor ter sempre em casa ovos prontinhos a estrelar. 

domingo, 19 de agosto de 2018

Perguntem a Sarah Gross - o balanço


No final de Julho folheei o livro Perguntem a Sarah Gross nos CTT da zona quando precisei de enviar uma encomenda. Isto de se venderem livros em todos o lado permite estas coisas. Todavia, só o comprei quando tive de passar seis horas no aeroporto de Lisboa devido a um voo cancelado. 

O autor, João Pinto Coelhor, venceu o Prémio Leya de 2017 com Os Loucos da Rua Mazur e parece que já havia sido finalista anteriormente com este livro. Confesso que esta coisa dos prémios nem sempre me dá grande confiança, mas neste caso o enredo pareceu-me promissor. Além disso, a narradora é uma professora de Literatura que vai trabalhar para um importante colégio privado onde tem de lidar com problemas muito complicados. Porém, no meio daquilo que implica ensinar num colégio elitista naquela época, uma outra personagem sobressai: Sarah Gross, a directora da escola. As duas mulheres desenvolverão uma amizade peculiar e isso recordou-me a directora da primeira escola (também privada) onde trabalhei. Aliás, a fase da história em que a narradora está a adaptar-se à escola e à preparação do ano lectivo levou-me a recordar os tempos em que também eu o fiz. 

No fundo, existem neste livro vários tempos, várias vozes e várias acções dentro da principal. Existe a história de Kimberley, a narradora, que opta por refugiar-se numa escola muito longe da família para fugir de alguma coisa; e existe a história de Sarah Gross. Além dessas, existem as de todos os que com elas se cruzaram e não foram poucos. A narradora escreve no século XXI para deixar testemunho das suas vivências no Colégio de St. Oswald's no final da década de sessenta do século XX. Porém, somos também levados a um outro tempo e a um outro espaço: Oshpitzin na primeira metade do século passado. Todos conhecemos o lugar, mas parece que antes de ser baptizado como Auschwitz era assim que se chamava. E, assim, somos levados a pensar num aspecto que provavelmente sempre nos passou ao lado: nem sempre aqueles lugares malditos o foram. Antes de lá chegar todo o mal de que o ser humano é capaz, eram cidades normais, onde viviam pessoas normais e tranquilas. 

Sempre que a narração nos leva para Oshpitzin percebemos a terrível gradação entre a cidade antes da invasão e depois dela. E depois assistimos aos horrores da guerra, ao modo como aos poucos os lugares se esvaziaram de tudo e se transformaram em vazios espaços de má memória. Oshpitzin nunca mais o foi e será para sempre Auschwitz, por muitos séculos que passem. A ideia de que houve um antes só nos chegará por livros como este porque, na realidade, é tudo tão avassalador que é difícil pensar que aquele lugar não tenha sido sempre maldito. O autor é prodigioso nisso. Tendo passado algum tempo em Auschwitz e trabalhado com diversos investigadores sobre o Holocausto, a sua fundamentação histórica é sólida (no final, os Agradecimentos mostram-nos isso mesmo), tanto sobre o local antes da invasão como depois da chegada dos alemães. As descrições dos guetos, depois dos campos de concentração, do modo como tudo por lá funcionava, de como tudo foi acontecendo em crescendo até ao limite da desumanização são muito bem feitas. Além disso, o autor foi também magistral na criação de uma personagem ficcional que se mistura com todos os que tiveram de passar pelo inferno da Segunda Guerra Mundial na Polónia. Sarah Gross é essa personagem e a sua história, que poderia ser a de qualquer outro judeu, é um murro no estômago. Algumas páginas foram muito difíceis de ler. Tem de se parar e ganhar fôlego para mais sofrimento, mais dor, para mais histórias de sobrevivência no meio da loucura mais abjecta. É verdade que é apenas uma personagem, mas considerando a formação do autor no que ao Holocausto diz respeito, saber que tudo aquilo podia acontecer é tremendo. Mais: a escrita tão clara, tão crua, tão directa impede grandes divagações. O filme acontece na nossa cabeça a cada nova frase e o enredo, tão tristemente real, parece agredir-nos a todo o instante. É impossível saber o que aquelas pessoas viveram. Como alguém diz em determinado momento, o dicionário ainda não tem palavras para a dimensão do terror, do medo, da perda e da dor que ali se viveram.

Apesar de todos sabermos em traços muito gerais aquilo que a História registou, o resto é imprevisível. Falo-vos do enredo, do que sucede às personagens. O livro é muito bom também porque nesse aspecto somos levados ao sabor do imprevisível. Quando achamos que tudo rumará numa direcção óbvia, a acção dá uma pirueta. E mesmo quando, no fim, ficamos a ranger os dentes de raiva por certos finais, acabamos por perceber que a vida é mesmo assim: nem sempre os maus levam um tiro no fim. Por vezes vivem até morrerem de velhice e os bons têm de aprender a viver com isso. 

Pelo meio de toda esta história, além da História com «H» grande de que já vos falei, outros temas surgem. Racismo na América da década de sessenta do século passado, segregação, violência sexual, entre outros. Há muito dentro deste livro e vale a pena lê-lo. O autor, sem histórias lamechas, apresenta-nos tempos e realidades que ainda nos dizem muito e que, cada vez mais, vale a pena conhecer. Sabendo nós o reino de doidos em que andamos metidos, é importante não perder de vista o que já foi para que jamais volte a ser. E a verdade é que todos temos agora muito receio de que aquilo que se conquistou se perca para se repetirem os mesmos estúpidos e perigosíssimos erros de outros tempos. 

Podia ter feito um «A Menina Sugere Isto» porque sugiro mesmo, mesmo, mesmo este livro. Espero que este autor continue a escrever, que continue a deixar nos seus livros as realidades que conheceu durante o desempenho da sua função no Conselho da Europa e enquanto conheceu o pior de Auschwitz e o melhor de Oshpitzin. Acredito que haja ainda muitas histórias para contar e que ainda conseguiremos (acho que vamos conseguir sempre) surpreender-nos com o que por ali se viveu. Fiquei agradavelmente surpreendida com a sua escrita tão límpida e despretenciosa (tão diferente de um ou outro autor do momento...). Não é um livro perfeito, mas é muito, muito bom. E é brilhante na sua missão de levar-nos a um lugar passado que tem as duas caras que os loucos lhe deram: a do bem e a do mal.

E agora vou começar a namorar o livro Os Loucos da Rua Mazur, vencedor do Prémio Leya 2017, que ainda nem sequer tenho. Isso e esperar que o autor João Pinto Coelho publique mais umas coisas.

sábado, 18 de agosto de 2018

Chora, Camões, chora... XXVIII

Na revista do Expresso de hoje, na página 20, surge uma entrevista à actriz Meg Ryan. Numa das traduções das respostas da entrevistada encontramos a pérola destacada. Ora apreciem lá. 



PS.: Dá-lhe, Camões!

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

A Menina Sugere Isto XXXVII

Aqui a menina é a rainha da pele seca. Mas também é a rainha do «odeio besuntar-me em cremes, prefiro transformar-me numa folha de papel do que sentir-me coberta de coisas viscosas». A menina é uma drama queen, como podem perceber.

Ora, perante tal problema, surgiu inesperadamente uma solução: um óleo da Boticário. O Óleo Hidratante de Quinoa & Argan da linha Nativa SPA é das melhores coisinhas que já me passou pelas mãos. Quando estou no banho, depois de passar e de enxaguar o meu óleo lavante de uma marca caríssima para peles desgraçadas como a minha, passo este óleo da Boticário e massajo um bocadinho a pele. Depois é só dar a última chuveirada e sentir o ronronar de uma pele satisfeita e que não precisa de cremes. E o cheirinho do óleo? Gentes, dá vontade de bebê-lo (o que não é nada aconselhável). O perfume é divinal e a acção é imediata: a pele fica logo mais macia e o efeito perdura no tempo. Melhor ainda: não fica pegajosa. Fofa, mas sem colar. É genial!



Na realidade, existem três óleos de quinoa nesta linha da Boticário e, segundo o que me foi dito, o mais adequado para a minha pele nem sequer é este, mas sim o de quinoa e amêndoas para peles secas a necessitarem de hidratação urgente. Mas, como o que me chegou às mãos foi este que trata das estrias (que, felizmente, não tenho), vou utilizando o que tenho e, quando acabar, chego-me ao outro. Se este que não é o mais adequado para o meu problema já me deixa a pele que é uma maravilha, então imagino como me sentirei ao utilizar o outro.

Assim sendo, a menina sugere MUITO isto. Ando ultimamente a experimentar mais coisas da Boticário porque conheci alguém que vende os produtos por catálogo e que me vai indicando o que é melhor para mim (aliás, faz o trabalho muito a sério: não há nada que não saiba sobre os produtos da marca e não perde uma formação sobre eles de modo a atender melhor as necessidades das clientes). E com isto estou a ficar fã da marca: não fazia ideia de que tinha tantas coisas nem de que fosse tão boa. Tem sido uma agradável surpresa. Para já para já, sugiro este óleo. Contudo, cheira-me que não ficarei por aqui.

Nota: A imagem do produto foi retirada da página da Boticário.

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Livrices para livrólicos I

Perdoem-me a minha ausência, mas estive numas mais que merecidas férias. Foram nove dias ali no país do lado e, com caminhadas de vinte quilómetros por dia, venho suficientemente espatifada para ainda não vos ter dito nada. As férias, apesar de vir mais cansada do que fui, foram fantásticas e, claro, regressar sabendo que há um trabalho de que gosto à minha espera dá todo um novo sabor à coisa. Além disso, regressar sabendo que a enorme dificuldade que foi a doença do meu pai está a ficar cada vez mais para trás é ainda melhor. Foram tempos difíceis e as férias foram realmente importantes para descansar de momentos e de situações que mais vale esquecer.

Portanto, aqui estou de regresso e começo uma série nova de quixotadas. Chama-se «Livrices para livrólicos» e vai falar de objectos que só nós, os fanáticos por livros, queremos. Uns melhores e outros piores, claro. Todavia, em comum têm o facto de serem feitos a pensar em nós e neste nosso vício que nos aquece o coração. E nós bem sabemos que há por aí um enorme mundo de coisas ligadas aos livros que adoraríamos ter em casa.  É curioso ver que à medida que a leitura vai perdendo adeptos (ou não consegue, melhor dizendo, ganhar adeptos novos), mais objectos vão surgindo a pensar naqueles que não dispensam um bom livro. Somos um nicho de mercado, mas aparentemente devemos dar lucro, senão ninguém perdia tempo com estas coisas.

O primeiro objecto de que vos falarei já tem alguns anos de existência. Já o tinha visto na Feira do Livro nos tempos em que o El Corte Inglés (pródigo em ter coisinhas do género) tinha um pavilhão na Feira, mas o preço era proibitivo. Acabei por trazê-lo, finalmente, comigo nestas férias. Não foi barato (quase quarenta euros), mas como tinha uma troca para fazer, acabou por doer menos. Chama-se «The Book Seat» e é uma espécie de almofada com um formato peculiar que permite manter o livro aberto, deixando as mãos livres para comermos, segurarmos uma chávena de chá ou fazermos o que quisermos. É maravilhoso!



Como as fotos mostram, também serve para os tablets e para os próprios e-readers. Podem tê-los sobre várias superfícies: desde uma mesa até ao vosso colo, passando pelo braço do sofá ou pela vossa cama. Ele aguenta-se de pé. A peça em acrílico, ajustada por uma molinha, mantém o livro aberto e para mudar as páginas só precisam de baixá-la, o que é facílimo. Além disso, tanto serve para livros fininhos como para calhamaços, uma vez que a mola permite ajustar o rectângulo de acrílico.


Ao ser mole e leve (cerca de 250 gramas) é não só facilmente transportável, mas também adequado para as diferentes superfícies, permitindo posições que vão ao encontro das posições malucas que nós, leitores, descobrimos frequentemente.


E como se não fosse já tudo muito bom, ainda vem com um bolso incluído na parte de trás para podermos guardar um lápis ou os próprios óculos:



Também é importante saber que o interior é feito em esferovite e que, para segurança das crianças, a ponta do fecho eclair foi cortada para que lhes seja muito difícil abrir o «Book Seat» e engolir o recheio. Ah, e já que falo em petizes, parece que também há para os mais pequenos, embora não tenha conseguido encontrar nenhuma fotografia para vos mostrar. Em vez de serem assim como estes da «The Book Seat», têm figuras e formatos de monstros e de animais.

Falta-me só dizer que hoje já adormeci com o meu no colo. Fiquei muito fã disto, até porque resolve os meu problemas de leitura na cama, já que rapidamente me fartava de estar de barriga para cima e acabava de lado sem saber muito bem como segurar o livro. Também resolve um dos flagelos de qualquer leitor: os braços gelados no Inverno quando queremos ler na cama. É fácil: colocamos o Book Seat no colo e só precisamos de tirar os bracinhos de debaixo da roupa quando for preciso virar a página. Numa fracção de segundos voltamos a ter a mão no quentinho, podendo prosseguir a leitura. É o melhor!

Deixei-vos já o link da marca. Agora deixo-vos o link da Amazon do Reino Unido, onde podem encontrar as diferentes cores e preços. Esta é uma daquelas coisas sem as quais podemos viver perfeitamente, mas também é daquelas que tornam a vida mais cómoda. Quem gosta de ler sabe que há momentos em que a leitura se torna desconfortável. Pois bem, o Book Seat resolve. A menina  já testou e aprovou!

Nota: As imagens saíram de diferentes páginas. Lamentavelmente, não consigo já referi-las todas pelo que se alguém se sentir lesado, é só dizer e as fotografias serão retiradas.