terça-feira, 30 de setembro de 2014

Momentos

Ah, aquele momento já nocturno em que cada frase iniciada pelo professor dói  fisicamente apenas porque o dia já começou há mais de treze horas e o corpo já não se aguenta. Ah, o momento em que já não se distingue o cansaço de uma gripe em potência...

sábado, 27 de setembro de 2014

Que coisa boa!

Ah, sensação tão boa: tirar o Expresso do saco enquanto se devora um belo pãozinho fresco com manteiga. Os sábados são uma coisa abençoada!

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Surpresinha matinal

Excelente. Era mesmo disto que precisava: uma dor de ouvidos. Óptimo! Vamos lá ver no que vai isto dar...

Estou tão chocada. Não esperava nada isto...

Acabo de ler uma notícia na aplicação do Diário de Notícias que, no primeiro parágrafo, diz o seguinte: "A rede social Instagram está a ser protagonista de um fenómeno que preocupa muitos pais: fotos de bebés são roubadas por utilizadores que as reutilizam, identificando-os como sendo seus filhos ou como crianças para adoção." 

Eh pá, não esperava nada isto. Não esperava que as fotografias de bebés fofinhos colocadas em redes sociais viessem a ser utilizadas por gente mal intencionada. Sempre achei que as maldades do mundo traçavam o seu limite nas fotos de bebés rechonchudos vestidos de forma fofinha, ou até só em fralda. E agora os pobres pais que vêem os seus petizes em fotos tiradas por si aparecerem como estando para adopção... Não entendo. Como poderiam estes pobres coitados esperar isto? E ainda por cima, segundo a notícia a que me refiro, parece que a rede social nem se preocupou muito com o assunto. É tão, mas tão surpreendente!

Bem, vamos lá falar a sério. Qual é a novidade? Quando se coloca uma fotografia na internet passa-se a contar apenas com o bom senso de quem a vê, esperando-se que não a use para fins maliciosos. Colocar uma foto na internet é libertá-la para o mundo e perder o controlo sobre ela. Por muito que continuemos a considerá-la nossa, já deixou verdadeiramente de o ser. É assim o mundo da internet.

Acho que a esta altura do campeonato e com tanta informação divulgada sobre o assunto, já não deviam existir dúvidas sobre isto. Assim sendo, os pais já deviam ter percebido a ideia e parado de despejar fotos dos filhos, bebés ou não, nas redes sociais. Por um lado querem que lhes admirem os rebentos, mas por outro querem que as fotografias permaneçam intocáveis. Infelizmente, na internet, dificilmente se tem o melhor destes dois mundos e, por isso, o melhor mesmo é prevenir. Acredito que seja, de facto, muito desagradável saber que alguém anda a aproveitar-se da foto de um bebé para actividades pouco lícitas. Mais ainda quando é o nosso bebé. Mas a ocasião faz o ladrão e a verdade é que se a foto de um bebé (que ainda nem consegue decidir se quer fotos suas na internet ou não) está ali à mão de semear e se o bom senso não impera, alguém pode utilizá-la. Depois não há administração de rede social que valha. É assim a vida.

Nunca coloquei ou colocarei fotos de crianças da minha família aqui ou no Facebook. Porquê? Porque já vi documentários e reportagens suficientes sobre a internet para saber que o que agora é meu rapidamente passa a ser do mundo e que contra a maldade de alguns não há direitos de autor que valham. Conheço outras pessoas que pensam como eu e que, mesmo tendo filhos muito fofinhos, não os expõem nas redes sociais. Mas também conheço quem não consiga deixar de espalhar para o mundo (literalmente o Mundo) as fotos de filhos, sobrinhos, afilhados e afins em momentos de ternura, de brincadeira ou de sesta. Aplaudo os que não cedem facilmente à feira das vaidades que vai pelas redes sociais e espero que os outros tenham a sorte de nunca se depararem com os parvalhões que se aproveitam da sua falta de cuidado.


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Sem lógica

Portanto, a ver se eu entendo: quando vão entrar na "Casa dos Segredos", as meninas são todas 'muito más'. Directas, dizem tudo na cara dos outros e não aturam desaforo sem dar resposta à altura. 

Mas ai delas que no dia seguinte a serem encerradas na casa, quais donzelas numa torre, choram pela mãezinha e descobrem subitamente que não aguentam estar fechadas! 

Faz isto algum sentido? Não. Mas desde quando é que aquele programa tem sentido ou lógica?

domingo, 21 de setembro de 2014

sábado, 20 de setembro de 2014

As folhas verdes

Hoje trouxe de casa dos meus pais umas quantas coisas que ainda por lá estavam. Dossiês, capas, blocos de notas, canetas e por aí fora. No meio vinha um envelope que eu julgava conter folhas brancas. Pois, quase: lá dentro estava um bom molho de folhas verdes escuras que comprei há muitos anos na Papelaria Fernandes num provável momento de profundo daltonismo. As malditas folhas são horríveis, não tarda completam uma década de existência e não há meio de ver-me livre delas! Na altura estive em dúvidas entre aquele excomungado verde e um bonito amarelo torrado, mas como pindérica que sou, trouxe aquela porcaria.
 
E hoje ao vê-las aparecer de dentro do envelope não deixei de comentar que um dia, quando vier um ataque alienígena que estoure com a vida e o que mais haja neste planeta, existirão sobreviventes que resistirão hoje e sempre a tudo o que vier: as baratas e as minhas folhas verdes.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Do descaramento

No outro dia, depois de sair da faculdade, ouvi uma menina (que vinha de outra faculdade, onde por acaso andei) falar ao telemóvel com um amigo. Estava indignadíssima com o comportamento de um dos seus novos professores na primeira aula do ano. E o que fez o senhor? Bem, talvez seja melhor explicar o que fez a menina.
 
A menina dirigiu-se no início da aula ao professor e disse aquilo que eu NUNCA diria a um professor: perguntou-lhe se a aula dele ia demorar muito porque ela tinha de ir praxar e se podia não estar presente na aula (para ir praxar, claro). Acho que até gelei ao imaginar que alguém teve o desplante de dizer o que ela disse a um professor universitário. Ele ter-lhe-á respondido que ainda ia demorar um pouco e que não sabia se o regime de faltas poupava os membros da comissão de praxes, pelo que a donzela foi sentar-se muito contrariada e a achar o professor a maior das bestas.
 
E a menina ia continuando a contar a saga ao amigo. O docente terá passado as míticas fichas de identificação dos alunos, que a menina preencheu, e deve ter passado e explicitado a bibliografia da disciplina. Depois disto, voltou a perguntar se já podia sair. Ainda faltava uma hora e meia para acabar a aula. Pelo que a menina disse, haveria dentro da sala uma outra professora que terá dito que se ela já tinha feito tudo, poderia sair que não haveria problema.
 
Isto foi tudo contado ao amigo pelo telemóvel e a menina ainda explicou, entre insultos e palavrões, os trabalhos que o professor pediu para avaliação, que ela considerou um abuso. Por isso pediu ao amigo os trabalhos que ele tivesse do ano anterior para que «mesmo que não ficasse igual, servisse de base» ao trabalho dela.
 
Não vou tecer grandes comentários sobre o assunto. Vou apenas dizer que os professores universitários, que durante muito tempo viveram uma santa paz, veem agora chegar às universidades gente que utiliza o superior como forma de prolongar a adolescência e a diversão entre amigos. Estudar é secundário. Em muitos casos os pais pagam e, felizmente, no superior os testes já não têm de ser assinados pelos pais. Senti pena do professor que se deparou com esta menina: a Universidade já não é, tristemente, aquilo que era.

domingo, 14 de setembro de 2014

14 de Setembro

Lembrei-me agora de que há exactamente quatro anos, a esta mesma hora, se não me engano, defendia a minha tese de mestrado. Numa sala cheia de gente que me é querida, fiz aquilo que costumo chamar "a única coisa de jeito que fiz na vida".

Nessa sala ainda estava a minha avó, que entretanto partiu e que já não saberá que amanhã volto a ser aluna e que, quem sabe, voltarei a repetir a façanha realizada há quatro anos. Não voltará a estar numa sala, não me abraçará, não chorará de orgulho.

Cada vez concordo mais com Jorge de Sena: "os lugares acabam". E fica um enorme vazio e saudade. 

sábado, 13 de setembro de 2014

Regresso às aulas

A minha borracha, comprada na terceira classe, foi a mesma até ao ensino secundário. Quando nova, era enorme. Diminuiu com os anos, mas nunca a perdi. Durou que se fartou, portanto só precisei de outra no ensino secundário.
 
A minha lapiseira ainda existe. Foi-me oferecida por uma colega no oitavo ano. Fez comigo a faculdade, até eu perceber que «sou mais lápis». Está ali, num copinho, imaculada.
 
Antes dessa lapiseira, houve outra. Também oferecida por uma amiga. Durou dois anos do primeiro ciclo e foi, se não me engano, até ao sétimo ano, altura em que se desconjuntou toda. Dei-lhe a reforma: era merecida.
 
Os meus lápis de cera, comprados ali pelo quinto ou sexto ano, na papelaria da zona que, para grande tristeza minha, fechou este ano, continuam em casa dos meus pais, enfiados numa caneca que trouxe de Lagos no segundo ano da faculdade. Estão afiadinhos, limpinhos (de vez em quando lavava-os) e prontos a usar.
 
Os meus lápis de cor, da Caran D'Ache, comprados para o oitavo ano seguem todos (não perdi nenhum) dentro de uma gaveta. Uns mais curtos, outros quase inteiros, ali estão, ainda na caixa original, também ela impecável.
 
A mochila que comprei no secundário ainda é a que levo para a praia ou para os passeios mais longos com a escola. Vai de férias comigo todos os anos. Exceptuando uma mancha de óleo de cuja proveniência não me recordo e um pequeno rasgão na alça, está óptima.
 
 
*****
 
Enquanto professora já vi alunos cortarem borrachas completamente novas (e de marca) com a tesoura. Já os vi partirem réguas só porque sim. Já os vi afiarem lápis até ficarem do tamanho de dedos mindinhos só para poderem atirar as aparas uns aos outros. Já os vi destruir cargas de canetas só porque ficar todo sujo de tinta tem muita graça. Já os vi arrancarem folhas e folhas de cadernos de capa dura (e de marca) para fazerem aviões de papel. Já os vi puxar a tira do corrector para fora com ele praticamente inteiro. Já os vi usarem os transferidores como discos voadores para depois não voltarem a encontrá-los. Já os vi fazerem tanta coisa ao material escolar que não consigo deixar de pensar que se os pais assistissem a metade do que já vi, as campanhas do 'Regresso às Aulas' dos hipermercados iam ao ar, para castigo dos meninos.
 
Todos os anos assisto à entrada triunfal de centenas ou milhares de euros em material escolar novo pelos portões da escola adentro. E se muitos o respeitam quase religiosamente ao longo de todo o ano, muitos são os que chegam ao fim da segunda semana com cadernos riscados, canetas destruídas, livros riscados e quejandos.
 
Não consigo evitar de pensar, ano após ano, que os pais deviam controlar melhor os materiais dos filhos. Nenhuma criança gasta uma borracha branca das maiores em meio ano lectivo. Ou mesmo num ano lectivo inteiro. Nenhuma! Por aplicada que seja (e felizmente conheço muitas que o são), não o consegue se fizer uma utilização normal da borracha. Também acho dificílimo que os lápis de cor se gastem todos os anos. Mas todos os anos aparecem caixas novas que não costumam sequer ser baratas. Será que, algures pelo caminho, os pais não param para pensar nestas coisas? É que se é verdade que os professores exigem mundos e fundos em material escolar (com tendência a que a lista continue a aumentar), também é verdade que não exigem que tudo seja novo e que não se reciclem materiais de uns anos para os outros. Lápis, canetas, borrachas, réguas, entre outros, não têm de vir imaculados todos os anos. Novamente: a minha borracha foi a mesma durante pelo menos oito anos. Não acho que todos tenham de ser assim cuidadosos, mas há mínimos.
 
Claro que a seguir alguém poderá dizer que isso do material escolar é muito motivador para os miúdos. É, é verdade... Durante cinco minutos, mais ou menos. Um aluno para quem a escola é uma 'seca', não a considera menos 'seca' porque tem um pack de dez canetas novas. E tudo isto aumenta as despesas com o início do ano lectivo. Todos se queixam do exagero de dinheiro gasto por esta altura, mas são poucos os que verdadeiramente param para pensar sobre o que efectivamente estão a comprar. Quantos pais perguntarão aos filhos coisas como onde estão os lápis todos que te comprei no ano passado? Por que motivo faltam três lápis na tua caixa de lápis de cor? O que fizeste à borracha nova que te comprei no ano passado? E a régua? Como gastaste cinco canetas azuis num mês?...
 
Num país onde os manuais são estupidamente, mas mesmo estupidamente, caros e pesados, a parcela do material escolar no total das despesas das famílias devia diminuir para que uma mão lave a outra. Mas para isso era preciso que os encarregados de educação vissem o que nós, docentes, vamos vendo e que percebessem que este cuidado com o material que se devia exigir aos miúdos em casa (não só nas escolas) também faz parte da sua formação.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Desperdícios de oxigénio

O meu facebook (e o vosso, provavelmente) é diariamente inundado por anúncios sobre animais que foram abandonados e que procuram novos donos. Muitos faziam parte de famílias, há mais ou menos anos, e acabaram descartados como lixo. De vez em quando até somos informados da razão que levou ao abandono do animal. Dia após dia, seja verão ou inverno. 

Honestamente, e percebendo o motivo que leva tantas e tantas pessoas a partilhar estas notícias, preferia não ver nada disto. Faz sentido que uma rede social, mais do que futilidades, possa até servir para fazer bem a animais que, coitados, toparam com gente estúpida que não soube cuidar deles. Se os anúncios evitarem um abate e servirem para um gato ou um cão arranjarem novos donos que os queiram, tanto melhor. Só não gosto de ver esses anúncios no meu mural porque acho que surge em mim um qualquer demónio que, na maior parte do tempo, está adormecido.

Mas que gente ranhosa é capaz de livrar-se de um animal que, provavelmente, arranjou em determinada altura por livre vontade? Que grandessíssimas bestas são capazes de deixar na rua, privados de tudo, seres que precisam de quem deles cuide porque estão habituados a isso e porque, não raras vezes, não são de modo algum capazes de sobreviver sozinhos? Como podem esses idiotas dormir uma noite que seja sem que doa a consciência? A essas pessoas desejo o pior. De verdade. Por muito que gostasse de ser capaz de perdoar tamanha enormidade, não consigo deixar de desejar a esses enormes retardados que passem um dia pela mesma situação de abandono e que experimentem a mesma dor, o mesmo medo, o mesmo sofrimento que os seus gatos ou cães experimentaram. 

E depois ainda há os outros. Há poucos dias, vi uma publicação de alguém que em tempos se descartou de um animal, em que fazia uma ode aos animais que, anos depois, arranjou e que ainda tem em casa. Fiquei profundamente enojada. A hipocrisia e a crueldade são tais que chegam a faltar as palavras. Fica a vontade de recordar o animal que entretanto ficou pelo caminho; que ou se desenrascou ou morreu porque determinado parvalhão decidiu que, de repente, aquele bicho que até aí tivera um tecto, comida, água e o mínimo de conforto deixou de merecer isso tudo e podia perfeitamente ir para a rua. É asqueroso, revoltante, nojento, desprezível e quem o faz não merece nada. Nem palavras, nem sorrisos, nem likes nessas porcarias de publicações hipócritas que colocam.

Não tive muitos animais ao longo da vida, mas há alguns meses que tenho um gato. Há alguns meses li qualquer coisa que dizia que nós temos muita gente que nos acompanha, mas que os nossos animais só nos têm a nós. Por isso, se os escolhemos, assumimos um compromisso PARA A VIDA e, se por alguma razão não puder ser, temos a obrigação de tomar as providências necessárias para que o animal fique com quem pode cuidar bem dele. A vida muda, os lugares acabam, mas os animais não têm culpa: é nossa obrigação e nosso dever deixá-los em segurança antes de seguirmos sem eles.

Quando chego a casa, o Sr. Gato está sentado no tapete do hall à minha espera. Lança um longo bocejo e atira-se para o chão para as festas do costume. Durante dois ou três minutos somos dois tontos a rebolar no tapete: eu a rir e a falar com ele e ele a ronronar e a bocejar de regozijo. Todas as manhãs, ainda antes de cuidar de mim, já tratei dele: já lhe troquei a água, já lhe pus comida, já lhe dei o malte para as bolas de pelo, já lhe limpei a caixa da areia e já lhe fiz a mistura (guloso) de ração seca com água (o 'chocapic' dele, como lhe chamamos). E depois de alguns meses a fazer isto por ele, parte-me o coração imaginar o que seria de repente largá-lo no mundo ao estilo "Agora desenrasca-te!". Custa-me tanto imaginar o desamparo e o profundo medo que o animal deve sentir. Só mesmo quem não tem quaisquer valores, quem vale menos que nada pode sequer imaginar que não existe mal nenhum em abandonar um animal. Quem gosta verdadeiramente dos animais que tem em casa sabe muito bem que é muito o que fazemos por eles, mas que é muito mais o que eles fazem por nós. Quem os abandona não sabe isso, não sabe nada, não vale nada.

Gostava muito que as publicações que procuram novos donos terminassem. Significaria que já não seriam necessários novos lares. Porém, existirão enquanto os projectos de gente que abandona, animais continuarem a fazê-lo como quem bebe água. Nós abandonamos deliberadamente um animal; todavia um animal não nos abandona deliberadamente a nós. É isto que torna os animais muito melhores do que muitos seres humanos.


segunda-feira, 1 de setembro de 2014

«Com o tempo você aprende que somente quem é capaz de te amar com teus defeitos, sem querer te mudar, pode te oferecer toda a felicidade»*

Vamos pôr as coisas nestes termos: Jorge Luís Borges escreveu muita coisa boa. MUITA. E por isso duvido que seja o autor das frases ranhosas e pseudo-profundas que aparecem pelo Facebook em partilhas que não acabam, como se todo o mundo concordasse com o seu inexistente conteúdo. Novamente, vamos colocar tudo sob esta perspectiva: cada vez que atribuem a um grande autor frases reles, vazias e pseudo-profundas, um gatinho perde a cauda. Querem andar por aí a ver gatinhos «descaudados»? Então, não embaracem os grandes escritores, que são ou foram grandes por saberem escrever e não por produzirem lugares comuns a granel.
 
* Se foi Borges quem escreveu isto... O Google não mo revela.