quinta-feira, 21 de junho de 2012

Hoje fui um cacto

Ao vigiar um exame nacional sinto-me assim para o parecida com o cacto que tenho na varanda. A seca é imensa e fico tão aborrecida que o mau humor (espinhos) não tardam a aparecer. É uma festa. E os alunos, entretidinhos a fazer as provas, nem dão conta da estopada que aquilo é para os professores.

Mas hoje a melhor foi estar a passarinhar pela sala, como mandam as boas das regras, enquanto os miúdos do 12.º ano faziam a prova de Matemática A (a mais temida pela maioria das almas) e ver uma aluna (que por acaso foi minha na disciplina de Português) a encher com lápis de carvão umas letras gordas na folha de rascunho. Ao aproximar-me verifiquei, e peço desde já desculpa pelo que vou dizer, que pintava com afinco a palavra «MERDA», em maiúsculas e tudo. Devia, por isso, estar a correr-lhe mesmo bem o exame.

Outro dos alunos, vinte minutos depois do início da prova, começa a fazer na folha de rascunho aquilo que eu acreditei ser um gráfico. Não era. Ao fim de uma hora aqueles primeiros traços tinham-se tornado num jogador da seleccão nacional com um invejável bigode, no símbolo do Benfica, num guarda-redes em voo para defender uma bola, numa caricatura do Cristiano Ronaldo e na nossa bandeira nacional. Em suma: o tipo era muito mais dado ao futebol do que à Matemática, já que o exame ficou quase em branco.

Vi o enunciado da prova e, honestamente, para mim aquilo era pior que chinês. Mas, segundo o professor da disciplina que ficou como coadjuvante, o exame era para lá de difícil. Esperam-se resultados maus. Vamos lá ver o que aí vem...

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