quarta-feira, 30 de maio de 2018

A Hora H

Fui pela primeira vez a uma Hora H na Feira do Livro e estou siderada. Pensava eu que àquela hora o Parque Eduardo VII estaria às moscas e conseguia, na realidade, estar mais cheio do que quando lá cheguei, ao final da tarde. Este ano a organização da Feita optou por antecipar a Hora H, que começa às nove e termina às dez da noite durante os días úteis (à exceção das sextas-feiras e vésperas de feriado). Aparentemente, fizeram-no para que mais pais visitassem a Feira à noite com as suas crianças. Fico muito grata à petizada. 

Consegui, assim, com 50% de desconto alguns livros que queria. Ainda devo voltar à Feira para mais uma Hora H, que agora ganhei-lhe o gosto e não quero mais nada. Mas a ver se regresso com uma lista mais pensada. Isto de cabeça deu um bocado de trabalho. Depois mostro-vos o produto das visitas ao melhor evento lisboeta do ano. Agora, deixem-me só ir ali soltar uns palavrões porque começou a chover enquanto escrevia esta quixotada e eu tenho roupa estendida. Bolas, São Pedro, bolas!

terça-feira, 29 de maio de 2018

Alvorada

São 6:30 da manhã e o vizinho de cima, que eu acho que só pode estar a ficar mouco, acabou de ligar o rádio. 

Há momentos dos meus dias em que odeio seres humanos, especialmente os que não sabem ver as horas. Mesmo. 

terça-feira, 22 de maio de 2018

Siso

Aos 32 anos, acordo numa manhã normal e descubro que tenho um dente que ontem não tinha. Chegou o meu primeiro (e a julgar pela falta de espaço) único dente do siso. Vai levar um raspanete pelo atraso. 

Piada seca do dia: vá, ainda vem a tempo da Feira do Livro. Ahahah. 

quarta-feira, 9 de maio de 2018

Chora, Camões, chora... XXVI

Desta vez, é o Público que mata a língua portuguesa. Ora reparem bem:



Folgamos em saber que o Irão está vivo, embora nos pareça que a ideia fosse dizer que “a Europa tenta manter vivo o pacto com o Irão”. 

O Camões um dia destes volta e desata aos estalos. 

terça-feira, 8 de maio de 2018

O destino do ratinho

Os felinos cá de casa têm mais brinquedos do que o Toys’r’us na sua época áurea. Entre bolinhas, canas e ratinhos, há cá de tudo. Sem contar que, além do que foi projectado para ser o brinquedo de um gato, eles adoptam rolhas de cortiça, os ovinhos interiores dos Kinder Surpresa e quaisquer bolas de papel amassado como entretenimentos de grande potencial. 

Ora, os dois torpedos peludos cá do sítio têm uma caixinha no escritório onde se amontoam os seus brinquedinhos. Volta e meia lá se lembram de ir buscar um para transformá-lo no brinquedo do momento. Há alguns dias, o escolhido foi um ratinho branco que chia quando é tocado. E nós sabemos bem o que os gatos fazem aos ratinhos...

Estava eu na cama quando, subitamente, começo a ouvir um chiado incessante. Levanto-me e vejo o Senhor Gato especado a olhar para o tal ratinho que, qual drama queen, desatou a chiar e não queria parar. Peguei no maldito rato, abanei-o um bocado, dei-lhe dois estalos e ele lá se calou. Paz no mundo, voltei para a cama. 

Estava eu posta em descanso naquele momento da noite em que já estamos a ir com tudo para os braços de Morfeu quando, mais uma vez, o ratinho dos infernos desata numa chiadeira desgraçada como se o estivessem a matar. Com o pormenor, ressalve-se, de que naquele momento até os felinos já estavam a dormir... É, portanto, um ratinho com a mania da perseguição. Perante isto, levantei-me, fui ao escritório, peguei no roedor possuído e abanei-o. Não se calou. Dei-lhe estalos. Não se calou. Atirei-o ao chão. Não se calou. Pontapeei-o. Nada. Ponderei atirá-lo pela janela. Ele lá deve ter lido os pensamentos e resolveu salvar a vida, calando-se. Mas agora o que havia de fazer ao desalmado bicho? Deixá-lo no escritório não porque já não estava para levantar-me mais vezes. Decidi então levá-lo comigo para o quarto. Ele ainda chiou duas ou três vezes, mas umas palmadas extra acabaram por calá-lo. Arrumei com ele para a última gaveta da minha mesa de cabeceira. 

Porém, se pensam que isto lhe serviu de emenda, enganam-se. Ele continua hipersensível. Se pouso alguma coisa sobre a mesa de cabeceira, ouve-se um chiado. Se abro a gaveta, é toda uma ópera roedora que se faz ouvir, se limpo o pó a esse móvel, o ratinho grita por socorro. Se tivesse uma machadinha já o tinha guilhotinado, mas o bicho lá vai sobrevivendo e eu tenho pena de privar os felinos de um dos seus mais fofos brinquedos. Mas não escondo que é difícil ter um ratinho com verborreia em casa. Mesmo na  gaveta o tipo tem muito para dizer. Por isso, por lá ficará até que aprenda a falar só quando um gato lhe der uma patada. Entretanto, a minha mesa de cabeceira fica com um novo sensor de movimento e chia quando lhe tocam. Original, não? Nem o IKEA se lembraria desta. 

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Um casaco de sonho

Quando penso que já me aconteceu de tudo... Pois vejam lá que uma noite destas sonhei que entrava numa loja no dia do meu aniversário e via um casaco lindíssimo, cheio de pormenores e de coisinhas giras. Claro que foi comigo para casa e eu fiquei felicíssima com a aquisição. 

A porcaria é que o casaco maravilhoso só existe nos meus sonhos. Nunca o vi em loja nenhuma, foi o meu subconsciente que o “desenhou”. Quando acordei, levei um banho de água gelada ao perceber que não havia casaco nenhum. E agora vocês dizem: manda fazer um igual. Pois, mas, como disse, era demasiado pormenorizado e eu não sou tão boa designer como os meus sonhos. Acontece-me cada uma... Até nos sonhos me tramo!

domingo, 6 de maio de 2018

Chora, Camões, chora... XXV

E sai mais uma imagem retirada da aplicação “Notícias ao Minuto” que é, diga-se, uma fonte inesgotável de razões para Camões e todos os bons falantes e escritores da nossa língua chorarem baba e ranho. Aí vai:



Sim, leram bem: “ofereceremos-lhe”. Portanto, a pessoa disse isto noutra língua e alguém traduziu a coisa assim. Em vez do correcto “oferecer-lhe-emos”, que se aprende na escola, sai aquela enormidade. Acho que até o Eça está a enxugar o seu pince-nez de embaciado que ficou pelas lágrimas vertidas. 

sexta-feira, 4 de maio de 2018

A Menina Sugere Isto XXXVI

Já aqui falei da água micelar da Bioderma, mas hoje vou referi-la novamente devido aos novos frascos de 100 ml ideais para levar em viagens. Não os conhecia (pelo menos na farmácia a que costumo ir não é hábito haver estes tamanhos pequeninos), mas vão dar um jeitão. Já trouxe um Sensibio (tampa rosa) com os pontos do Cartão das Saúda e hoje, para completar trinta euros em compras e conseguir um vale de dez euros para a próxima compra, trouxe um Hidrabio (tampa azul). São óptimos para desmaquilhar e deixam a pele do rosto bem fresquinha. Tenho usado o da tampa rosa, mas, brevemente, quando acabar o frasco, vou experimentar o outro que, além de limpar, hidrata. Normalmente, nas férias, levo toalhitas porque são mais práticas para transportar, mas desta vez vou levar a água micelar nestes frasquinhos pequenitos. Além de que, quando a acabar, posso sempre reencher os frascos e utilizá-los outras vezes.