segunda-feira, 29 de junho de 2015

A Menina QUERIA Isto, Mas Já Tem I

A partir de agora. Depois de uma quixotada "A Menina Quer Isto", colocarei um "A Menina QUERIA Isto, Mas Já Tem" quando o desejo for satisfeito. Assim, após as pedinchices da semana passada, estes dois livros já cá cantam. Viva o dia do aderente e os vales da Fnac que ainda restam:



Escusado será dizer que ambas as fotos saíram da página da Wook. 

Dois gatos - Semana 1

Fez sábado uma semana que passaram a viver dois gatos cá em casa. Para encurtar um bocadinho a coisa, que tenho sempre tendência a escrever em demasia, vou pôr a coisa por pontos:

- O Sr. Gato mudou radicalmente de "personalidade". Verifico agora que me tratava mesmo como um gato, já que age com a gatinha da mesma maneira que comigo: segue-a para todo o lado, mordisca-a sempre que pode, tem de tê-la sempre debaixo de olho... Desde o sábado em que fui buscar a pequena dama que ele deixou de ser o meu "stalker" de serviço: agora só tem olhos (e patas e dentinhos) para a piquena.

- Estou à beira da loucura com a doideira destes felinos. Ela, que nem tem os dentinhos todos (imaginem) só quer a comida dele (comida para gato adulto esterelizado e para Bosques da Noruega: ando a fazer a transição da primeira para a segunda, daí o mix) que é dura como tudo precisamente para manter a dentição saudável e impedir a ingestão exagerada de alimento. Por outro lado, ele gosta da ração de bebé dela que é SÓ uma coisa hipercalórica feita para os gatinhos crescerem fortes e saudáveis. Fazem o mesmo com as saquetas. É como um buffet em que cada um ataca o que está à disposição. Melhor: é como aqueles tipos nos restaurantes que só estão bem a namorar os pratos dos outros (e que, podendo, debicam um bocadinho...).

- Deixei-os juntos sem supervisão pela primeira vez na noite de sexta-feira. Voltaram a ficar sozinhos em boa parte do sábado. Hoje tiveram quase sempre companhia, mas amanhã não terão. Cá por casa impõe-se a dúvida: ficam juntos ou separados enquanto não estiver ninguém em casa? Eu voto sim e ele vota não. É que se o Sr. Gato está apaixonado por ela, a verdade é que de vez em quando brinca com muita "convicção" e há o receio de que a magoe. Porém, eu acho que têm de habituar-se a ficar sozinhos  também acho que, embora por vezes ele exagere um bocadinho, a verdade é que adoram brincar juntos e correr um atrás do outro.

- A piquena adaptou-se muito bem à casa e aos donos. Nunca chorou e apenas bufou ao Sr. Gato, mas só no primeiro dia. De resto parece que este lar foi dela desde o primeiro dia de vida. Agradeço a quem a criou o trabalho que fez com o Sr. Gato e, agora, com ela. São bichanos muito tranquilos, já com bons hábitos, capazes de viver bem longe da mãe. Vêm habituados a crianças e à presença de outros animais, o que é óptimo. São, portanto, uns doces e a nossa vida é muito melhor (e mais peluda) desde que vieram viver connosco.

sábado, 27 de junho de 2015

Selvajaria na "tradição"

Eu sinto cada vez mais vergonha por viver num país onde o nome "tradição" está acima de todos os valores e permite que tudo seja feito, mesmo quando implica o sofrimento dos outros e provoca a náusea do resto do país.

Está a circular há uns dias na internet um vídeo em que um gato é colocado dentro de um pote de barro que por sua vez é amarrado a um poste. Um cordel que parte do chão e segura o pote é posto a arder, qual rastilho, até que a chama chega ao pote, o fio quebra-se e o dito cai cá em baixo. Dentro está um ser vivo, provavelmente mais racional do que os bárbaros que assistem e aplaudem tal "tradição", que sofre por estar no pote, sofre pelo seu aquecimento, sofre com a queda e que ainda cai num lugar com chamas. Ontem vi no noticiário da SIC que falaram com a pessoa que "empresta" gatos para a festa há quase uma década e que diz que nunca mal nenhum acontece aos gatos, pois se acontecesse não os emprestaria. Se esta pessoa percebesse alguma coisa do que quer que seja, perceberia que o animal sofre e que ser humano nenhum, por mais apoucado que seja, tem o direito de pegar num animal e, deliberadamente, colocá-lo numa situação que lhe inflija dor, medo ou quaisquer mazelas. Mas isto, repito, acontece quando falamos de pessoas com cérebro, que pensam, que não se julgam, por serem "seres humanos", poderosas o suficiente para poderem fazer o que lhes dá na gana. Quando se tem valores e um coração que não seja um calhau cego e ignorante, estas coisas não acontecem.

Em nome da "tradição" pode-se tudo? Ouvi o jornalista da SIC falar com algumas das pessoas da aldeia e todas as que aceitaram falar para a câmera se socorreram dessa palavra para justificar a barbaridade que aplaudiram, acrescentando de seguida que nada sucede ao animal. Pois bem, eu sou fã da lei de Talião e da ideia de "olho por olho, dente por dente". Que tal fechar esta gente num pote de barro no alto de um poste, acender um rastilho e vê-los cair cá em baixo no meio das chamas? Parece-me que seria bastante educativo. E até daria uma boa lição de História, quase revivendo os autos-de-fé. Hei, estes não poderiam ser, também, considerados uma tradição? Que tal ressuscitá-los e inclui-los no programa de festas da aldeia? Ah, mas com pessoas não pode ser? E com animais pode? Porquê? Porque são mais pequenos que nós e se deixam apanhar?

Infelizmente, a justiça de Talião não se pode usar, mas já há uma lei que protege os animais de quem intencionalmente os magoa ou os usa de modo a que sofram e saiam lesados da situação. Pois bem, tal como o pivô da SIC no Jornal da Noite de ontem, também eu só posso dizer " que se faça justiça é o mínimo que se pode pedir". Estas pessoas envolvidas na situação deviam ser exemplarmente punidas e estas tradições deviam ter um fim. Aliás, nas festas em que se sabe que estas coisas são "tradição" deviam estar militares preparadinhos para agir quando a população ousasse sequer levar a sua "tradição" por diante. Mais: esta gente devia ser proibida de utilizar a palavra "tradição" porque aquilo que fazem não é tradição nenhuma: é selvajaria pura, é barbárie, é falta de valores morais. Portanto, termino como comecei: tenho vergonha de viver num país que acolhe pessoas que têm tais tradições. A minha revolta é tão grande que até tenho vergonha de viver sob o mesmo céu que elas. Tenho dois gatos e seria absolutamente incapaz de os magoar só para divertir alguém. Eles não são bobos da corte inanimados que nada sentem: pelo contrário, são vidas e merecem respeito. Os seres humanos que se regozijam numa festa que tem como ponto alto a "queima do gato" é que não merecem nada. Nem o nosso respeito, nem a nossa consideração. Nada, não merecem mesmo nada. Tenho muito nojo desta gente.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Ups!

Gosto muuuuuuuuuuuito da promoção de hoje da Presença. Pena não conseguir aceder à página da editora, tamanha a lentidão que por lá vai...

quarta-feira, 24 de junho de 2015

A Menina Quer Isto LIII

Ah, há tanto tempo que não pedinchava nada... Bom, assim de repente queria o gatinho amarelo irmão da gatinha que trouxe para casa, mas parece que não será possível. Assim sendo, e mesmo tendo a Feira do Livro acabado há uns meros dez dias, cá vai uma listinha que seria muito útil se fizesse anos já amanhã.







Coisinha pouca, portanto.

Notinha: As imagens das capas saíram da página da Wook.

Dois gatos - Dias 3 e 4

Não percebo muito bem a relação entre o Sr. Gato e a gatinha. Parece que sentem um pelo outro umas saudades imensas durante o dia (ainda os deixo separados enquanto não estamos em casa, pois o menino tem umas brincadeiras assim um bocadinho violentas para uma gatinha tão pequena), mas depois, quando estão juntos, ele atira-se a ela e, se na maioria das vezes tenta agarrar-lhe o cachaço e lambê-la, noutras parece que a vai estraçalhar. Já lhe «rosna» pouco. Quase já só o faz durante a noite ou a meio de uma brincadeira que começa a tornar-se mais trapalhona. Serviu isto para eu ter a certeza de que o Sr. Gato não sabe bufar. E para ficar a saber que a gatinha sabe fazê-lo muitíssimo bem...

De resto cá andam. Partilham tudo: bebedouro, caixa de areia, brinquedos... Fui eu arranjar tudo novo para ela e, afinal, a bichana quer é as coisas do mano. E ele não se importa. Isso leva-me a ter a esperança de que, nos próximos dias, já seja possível deixá-los juntos durante o dia.

Aliás, deixem-me dizer-vos que durante um ano e meio, tive um gato que parecia um cão. Não me largava, seguia-me para todo o lado, brincava comigo, enfim... Agora não me liga nenhuma, já nem quer dormir comigo. Agora sim parece um gato. Acho que ele está algures entre o embevecido pela gatinha e o zangado por termos tido o atrevimento de trazer para cá uma companhia, como se ele não fosse mais do que suficiente para fazer feliz qualquer ser humano. Bom, Sr. Gato, tu és o gato mais bonito do mundo e arredores e eu gosto de ti daqui à lua, mas melhor que ter um gato, só mesmo ter dois.


segunda-feira, 22 de junho de 2015

Dois gatos - Dia 2

Bem somadas as minhas horas de sono no fim de semana que passou, verifica-se que não foram além das seis ou sete. Palavra que sem ter filhos tive um pequeno vislumbre do que passam as mães de bebés chatos... Ora porque tinha de ver se a gatinha estava deitada de maneira a não ser esmagada por mim, ora porque precisava de saber onde andava o gato mais velho para certificar-me de que não estava a jeito de querer "brincar" com ela em modo massa bruta... Dormi com um olho aberto e outro fechado. Mais hilariante foi quando a gatinha achou, às três da manhã, que uma hora de brincadeira era o ideal e por isso correu que se fartou até às quatro, hora a que tombou de cansaço.

No meio disto tudo, o Sr. Gato sem saber muito bem se devia considerá-la amiga ou se, pelo contrário, devia aniquilar aquelas poucas gramas de felino com uma patada bem medida. Tive de deixá-los separados enquanto fui trabalhar e parece que a separação lhes fez bem. Pelo menos ele está, desde que cheguei, mais simpático para ela. E incrível: está de atenções totalmente voltadas para a nova companhia. Durante um ano e meio tive um gato que só me via a mim e que me via precisamente como um gato grande. Agora tenho um gato que tem por companhia um gatito a sério e que, por isso, deixou de me castigar com patadas e afins para voltar as atenções para a nova peluda. Far-lhe-á bem a nova companhia. E a mim também.



domingo, 21 de junho de 2015

Dois gatos - Dia 1

Ora, faz por agora vinte e quatro horas que sou a feliz dona de mais uma gatinha, fazendo um total de dois felinos cá em casa. Por mim seriam três, mas vá...
 
Destas últimas vinte e quatro horas, passei quatro delas a dormir (três de noite e uma durante a tarde de ontem). E por que dormi tão pouco, perguntais vós. Porque desde que a piquena dama peluda entrou cá em casa, estou com um olho na mula e outro no... Sr. Gato. É que ele, alma pacata e incapaz de bufar (confirma-se a incapacidade dele, pois ela é muito capaz de lhe bufar à grande), está demasiado espantado com esta pequena gatinha a pilhas para não querer tocar-lhe, cair em cima dela, dar-lhe uma valente pantufada e umas dentadinhas (fofas, espero). Acho que o que se passa com ele é mesmo isso: um espanto enorme por ver uma miniatura andar pelos seus domínios, invadir a sua caixa de areia (tinha uma só para ela, mas a gaja não se rege por quaisquer regras: ela manda), beber do seu bebedouro (tendo um novinho só para ela mesmo ao lado) e, loucura das loucuras, indo dormir comigo na cama logo na primeira noite. Nem sei quem é mais vendida: eu ou a gata.
 
Bom, desde que a menina aqui entrou, o apaparicanço dos donos ao Sr. Gato multiplicou-se (conselho da veterinária) para ver se ele percebe que aqui ninguém substitui ninguém e que ele não perde o posto de gatarrão favorito. Só tem de partilhar a casa com uma gatinha linda e pequenina que, aparentemente, não gosta de enfiar as fuças no comedouro e prefere que lhe espalhem a comida no tapete. E que corre o risco de tornar-se a gata mais bonita dos últimos séculos... Mas não importa porque ele continuará a ser o gato mais bonito que já vi.
 
Dormi pouco porque tinha receio de que o grande fosse chatear a pequenita, pequenita essa que dormiu quase encostada a mim e que conseguiu rebolar de cima do tufo fofo que lhe fiz com o edredão para mais junto das minhas pernas. Lá peguei nela, sempre a dormir (ela, que eu não fui muito nessa esta noite) e pu-la de novo na toquinha. Nem se mexeu. Mas ainda antes das sete já os dois estavam a pé (ou 'a patas'?) e prontos para mais umas horas de «Mas que é isto? Há aqui outro gato!». Tenho estado a fazer catsitting, portanto.
 
Também tem sido uma loucura das boas evitar que ela coma a ração dele e ele a dela, que é altamente calórica por ser para bebés. Só ainda passou um dia e julgo que já me estão a pôr doida. Mas depois ela é tão docinha, tão ternurenta a ronronar e a amassar-me a pele com as patinhas que o sacrifício vale a pena. E pensar que ele passará a ter uma companhia, que não voltará a ficar sozinho enquanto trabalhamos, é muito bom.
 
Assim, o balanço do primeiro dia envolve falta de horas de sono e cansaço, mas companhia de gatinhos lindos a dobrar. Saldo positivo, portanto.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Feira do Livro # 3

Agora que a Feira do Livro de Lisboa terminou e que tenho cinco minutinhos sem trabalho para poder vir aqui dizer-vos umas coisitas, passo para partilhar que, depois da primeira visita (noticiada em quixotadas anteriores), ainda voltei lá duas vezes: uma com o moço e, na última, sozinha para limpar as ideias depois de um dia de trabalho particularmente chato.
 
Na ida com o moço foi a desgraça. Foi de tal ordem que, por pudor e vergonha, não coloco foto da pilha de volumes que entrou na biblioteca cá de casa. Resta-me dizer que tem uma altura que merece respeito...
 
Fomos mesmo ao final da tarde, saímos de lá às onze da noite e apanhámos um tempo espectacular. Deu para jantar um kebab sentados na relva do Parque e tudo. Só não tivemos direito à Hora H porque fomos num sábado à noite. De resto foi perfeito e por mim repetia já amanhã (só que já não há feira nem orçamento...).
 
E o que veio? Bem, assim por alto e sem detalhes que acabem por revelar o tamanho do desvario, vieram dois livros de A. M. Pires Cabral, para mim um dos melhores autores portugueses do momento e que não me canso de divulgar. Na primeira visita à Feira tinha trazido o último volume de contos que publicou. Desta vez trouxe, da sua antiga editora, o livro O Diabo Veio ao Enterro e um outro livro «de cuyo nombre no quiero acordarme», mas que julgo que consiste numa antologia de textos sobre vários temas, mas que acabam por ter quase sempre um pezinho naquela realidade nortenha e rural que adoro. Este autor não nos desilude e só lamento que não se fale mais dele e da sua obra que, para mim, é extraordinária.
 
Trouxe também o Mau Tempo no Canal, de Nemésio, que era já uma falha grande nas prateleiras aqui do burgo. Calhou estar com uma boa promoção naquele dia e trouxe a edição amarela da Relógio D'Água. Melhor assim porque não sou particular fã de edições de bolso.
 
Do pavilhão do El Corte Inglês (um dos meus favoritos embora tenha achado que a disposição dos livros este ano estava pavorosa, com os infantis mesmo à mão e a literatura para crescidos atrás do balcão) veio a Breve Historia de España. Ora, como quem me conhece sabe, eu gosto muito de Portugal, mas se não fosse portuguesa seria espanhola com certeza (e até rima!). Já sentia uma curiosidade aguçada pelas coisas do país vizinho desde que li o Quixote pela primeira vez. Mas a coisa foi aumentando de tamanho até que chegou ao máximo com a série Isabel (que ainda não consegui acabar de ver) e com a série Cuéntame Cómo Pasó. Esta Historia Breve pareceu-me bem sobretudo por ser isso mesmo: breve. Estando em espanhol e contando factos que desconheço por completo, parece-me bem que não toque nos pormenores todos ou correria o risco de tornar-se de difícil leitura. Ontem dediquei-lhe uma horita e correu bem. Foi só a introdução, mas já me levou a conhecer aspectos que desconhecia sobre a história do país vizinho. Pareceu-me, pois, uma boa compra.


No pavilhão da Gradiva voltei à BD e ao Calvin & Hobbes. O Sr. Bill Watterson deixou de criar novas tiras do Calvin há algum tempo, mas as editoras lá vão descobrindo como fazer render o peixe. Desta vez trouxe comigo o álbum Páginas de Domingo, que mostra como as pranchas dominicais foram originalmente publicadas em jornais e o modo como depois saíram em livro. O moço também trouxe um do Calvin de que também não recordo o nome, mas que, estranhamente, não existia cá por casa. E eu que achava que tinha tudo do puto e do tigre mais cool do mundo...
 
Consegui, nos alfarrabistas, dois livros do Somerset Maugham que ainda não tinha e, no mesmo alfarrabista de onde trouxe, na primeira passeata pela feira, uma das adaptações do Quixote que me faltavam, trouxe uma tradução antiga do livro Tom Brown's Schooldays. Pensei que nunca fosse conseguir apanhar este livro em português, mas lá consegui, numa edição antiga da Portugália. E já que estamos numa de Toms, também trouxe As Viagens de Tom Sawyer (Relógio D'Água) e Tom Sawyer Detective (Vega).
 
Enfim, mais coisinhas boas vieram (como dois do Salman Rushdie que faziam falta cá por casa), mas ficamos por aqui que já são horas de dormir. Para o próximo ano haverá mais feira e espero que com mais pechinchas que este ano achei que estava um bocadinho cara (na Leya, tirando os livros da banca das promoções, os preços não diferiam muito das livrarias ao longo do ano...). Continuo a achar que a Tinta da China, sendo uma excelente editora, podia repensar os preços que faz na feira. Não comprei lá nada e não me parece que compre enquanto a diferença for de dez porcento ou pouco mais em relação ao preço de capa. Continuo a achar que a Antígona é daquelas editora que fazem a feira continuar a valer a pena, bem como a Cotovia e a Relógio D'Água. Também na Porto Editora os livros me pareceram mais caros do que no ano passado, mas talvez fosse impressão minha.
 
Seja como for, valeu a pena. A Feira do Livro de Lisboa vale sempre a pena. Aquele ambiente é único e compre-se um livro ou vários, o passeio pelo Parque Eduardo VII e a vista para o rio são uma excelente forma de passar a tarde. Se a isso aliarmos um gosto (ou uma paixão pelos livros) então só temos a ganhar. Agora resta mesmo esperar pela edição do próximo ano e por tardes e noites bem passadas junto de tantos livros.

sábado, 6 de junho de 2015

Brasil: Uma Biografia

Ontem vi este livro na Fnac e, por cortesia do moço, tinha um valezinho a ferver-me na carteira. Assim, este gigante de seiscentas e noventa e uma páginas veio comigo. Do pouco que já espreitei, parece-me bem, já que não se limita a falar da história de um país que nos diz muito, mas também abrange aspectos que, muitas vezes, os livros de História se esquecem de contemplar, como a arte, o quotidiano das pessoas e por aí fora. Traz, ainda, uma série de fotografias e de frisos cronológicos que ajudam na compreensão de uma realidade que é tão imensa quanto o país retratado.

Este gosto pela leitura sobre o Brasil já vem de há uns anos, desde as aulas de cultura brasileira quando me foi explicada a mistura de riqueza ímpar de que resultou este país que hoje existe. Nessas alturas li textos básicos sobre História do Brasil e sobre cultura, percebi que pelas veias de um brasileiro corre sangue de origens muito diversas e que foi essa mistura de povos que gerou uma cultura tão rica e tão fascinante. Além disso, no ano passado li o livro de Michael Pallin sobre as suas viagens ao Brasil e rendi-me: sem sair de cá visitei quilómetros e quilómetros de floresta, de favelas, de praias, de rios de cores estranhas, passei por festas populares e por pratos que representam o que de mais importante cada região tem. Ficou a vontade de conhecer tudo mais de perto e a certeza de que é nosso dever saber mais sobre a história de um país imenso que desde há muito está tão ligado ao nosso e com o qual ainda partilhamos algo muito bonito: a língua portuguesa que, goste-se ou não, ganha força no mundo muito graças à quantidade de falantes no continente americano.

Por isso, ainda sem ler, sugiro-vos que espreitem esta biografia do Brasil, que me parece muito interessante. É editada pela Temas & Debates e saiu no mês passado.