quinta-feira, 8 de novembro de 2012

O Silêncio dos Livros


Hoje o senhor Steiner veio comigo. Reflexões sobre livros caem sempre bem.

7 comentários:

  1. Olá:)
    Por norma prefiro ler as obras, mas há uns srs que não só escrevem muito bem, como são grandes leitores. Queria ler o livro em questão.

    Na Fnac o "No Bosque do Espelho" do Manguel está comm preço amigo. Só li 1ªs págs e é para ir lendo. A impressão é óptima:D (uma boa leitura para quando estamos mais cansados)

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    1. Eu gosto de ler teoria sobre o livro e a leitura. Esse do Manguel já o comprei há uns meses e ficou, também na FNAC, a menos de cinco euros. Não sei se já leste a entrevista dele na revista Ler deste mês.

      Agora ando a ler A Experiência de Ler, de C. S. Lewis. Não concordo com muito do que ali é dito, mas estou a gostar. Li muito do Steiner quando andava a fazer a tese e gostava do que lia.

      Quando estou cansada leio romances. Não consigo ler estas reflexões nesses momentos. :P

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  2. Vi aqui a capa da Ler deste mês. Ainda pensei adquiri-la, mas esta mÊs tenho uns quantos livros em mãos. Da Ler aproveito geralmente uns 20%- o resto adormece-me o cérebro (e para isso já tenho as "ocupações" de 2ª a 6ªf.

    Do Steiner li a "ideia de europa" e no "castelo barba azul" e uns textos aqui e acolá. O que mais gosto é de ver/sentir a paixão de certas pessoas pela cultura, pelos livros e também de opiniões construtivas (tive problemas com o último do Llosa ehehe)

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  3. O que achaste do último do Llosa (posso tratar-te por «tu»?)? Tenho alguma curiosidade, embora receie que o senhor tenha uma opinião um bocado extremada sobre a cultura erudita.

    Do Steiner li «Errata», «Elogio da Transmissão» e «Antígonas». Gosto, como dizes, do modo como alguns autores falam apaixonadamente dos livros e Steiner é um deles. Também gosto de ler Eco e Manguel. Do Bloom já gosto menos: acho-o mais aborrecido e tendencioso. :S

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  4. Acho o tratamento informal perfeito (já começava a tornar-se estranho o "sabe", "o que acha" eheheh:D
    Eu tenho que reconhecer que talvez esteja a desenvolver problemas com Llosa, o homem não o romancista.O tipo para além de deixar um olho negro ao Gabo tem vindo a torna-se cada vez mais conservador. Gostei bastante do "Cadernos de Dom Rigoberto" e achei interessante o "Lituma nos Andes". Mas este "CIvilização", para mim, é muito mediano, o que é que ele faz, numa 1ª parte dá-nos teorias da cultura-Eliot, Steiner- Débord, etc- depois o LLosa vai pelo caminho de que a Cultura se está a degradar, que no tempo dele era diferente. Ele dá uma visão geral da arte, sexualidade, educação. Depois o livro ainda tem artigos reunidos para exemplificar.
    No fundo, e repito, para mim, é muita parra e pouca uva, parece-me uma obra de encomenda para vender livros com o nome do LLosa.
    Acho que é fácil uma pessoa que tenha preocupações com o estado actual da cultura sentir que há ali questões pertinentes e identificar-se, a questão é perceber que nós, comuns cidadãos, estamos condicionados-Teremos acesso ao que nos dão e, ou como sairemos dali.Recordas-te daquela discussão "em minha casa" sobre as elites, os cânones?
    (as minhas preocupações vão nesse sentido e não encaixam o LLosa)
    E aposto que já me estiquei:D

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  5. Eu gosto de textos compridos (acho que se nota, aqui pelo blogue), por isso comigo nunca ninguém se estica ao escrever muito.

    Sim, lembro-me dessa discussão. Esse tema é-me caro, já que a minha tese de mestrado versou sobre os clássicos da literatura. Segundo o que dizes sobre o último do Llosa, fica-me a ideia de que também ele pretendeu lançar alguma polémica de modo a vender mais uns livros. Estarei errada? É que com estas opiniões abrem-se-lhe portas para debates e outras discussões que lhe dão ainda mais destaque (embora julgue que ele já o tem em quantidade mais do que suficiente).

    Dele li «A tia Júlia e o escrevedor» e adorei. Aconselho vivamente. Quanto às suas ideias, bom... Por um lado é verdade que aquilo que ele considera a alta cultura já não existe como antes e que, em certos aspectos, foi tragado por um outro tipo de cultura, mais popular. Contudo, como ainda não li o livro, não sei o que diz o autor sobre isso. Talvez os dois tipos de cultura pudessem conviver alegremente, mas para isso seria necessário fazer uma reviravolta em áreas como a da educação, por exemplo. Eu leria os clássicos que entendesse e a pessoa ao meu lado compraria os bestsellers que quisesse. Porém a tendência é a de estes últimos estarem na berra e fazerem os outros passarem para um segundo plano: o do inatingível, o do «são demasiado complexos para mim: prefiro "As cinquenta sombras de Grey"». Era diferente noutro tempo, pois era. Mas antes tudo era diferente do que é hoje: essa mudança faz parte! Talvez choque pela rapidez com que sucedeu e pelo modo aparentemente definitivo que tem esta passagem das coisas mais «eruditas» (não queria usar esta palavra, mas não me ocorreu outra) para um segundo plano.

    Tenho mesmo de ler esse livro. :)

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  6. Acho que livro é mais encomenda de editor-apenas isso.
    Vou aguardar que leias, depois discutimos;)

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