domingo, 4 de novembro de 2012

Com o estrumpfe à mostra


Já aqui disse que uma das minhas bandas desenhadas favoritas é a que Peyo criou e que conta as aventuras dos estrumpfes. Mas gosto das edições antigas destas histórias, não das porcarias infantis que hoje aparecem à venda e que substituíram a banda desenhada por livros de capa dura com menos de dez folhas e um único desenho por página. A linguagem estrumpfe foi ao ar e o texto fica reduzido a uma ou duas linhas por página. Mais uma vez reduz-se a inteligência dos miúdos à de uma galinha: eu lia os livros dos estrumpfes aos doze anos e percebia tudo, TUDO. Não precisava que transformassem os livros em mais uma porcaria hiperinfantil com um reles desenho e uma reles frase por página.
 
Ontem apercebi-me de que tinha cá em casa um livro antigo dos estrumpfes que ainda não lera. Que tragédia! Resolvi o problema durante a tarde e li, pela primeira vez, Os Estrumpfes e o Cracacusse. A história não é das mais giras, mas ri-me que nem uma louca com esta tira que aqui vos deixo. Ora imaginem lá o que quer o estrumpfe enrolado na toalha dizer com «fico com o estrumpfe à mostra»... É isto o que os miúdos perdem quando se altera uma coisa tão boa como era esta banda desenhada (que hoje é uma raridade muito difícil de encontrar). Mas com isso ninguém se rala porque a ideia, nesta época, é dar tudo mastigado aos meninos e reduzido ao essencial, não vão eles cansar os seus cérebros atrofiados por jogos de computador e ecrãs de mil e um aparelhos.
 
Voltem, estrumpfes. Estão perdoados!
 
Nota: Voltem «estrumpfes» e não «smurfs» que eu esses não conheço de lado nenhum!

Outra nota: Para verem melhor a tira, cliquem na imagem.

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