Costumava ir a uma cabeleireira de que gostava muito aqui na zona. A senhora tinha umas mãos realmente abençoadas e onde mexia era certinho que a coisa ficava bem. Só tinha um defeito: fazia uns preços absolutamente loucos para um cabeleireiro de bairro. Mas, enfim, em nome da muita qualidade que apresentava, a coisa suportava-se.
Agora a senhora despachou o cabeleireiro e foi à vidinha dela para outro sítio sem me dizer nada. Se eu soubesse para onde se mudou, talvez tivesse ido lá ter com ela porque gostava do seu trabalho e porque nestas coisas sou muito fiel e acho que cada vez que vamos a outro estabelecimento que não o «do costume» estamos a dar uma facadinha num matrimónio comercial. Vá, gozem: eu mereço. A verdade é que, no início do mês, deixei de comprar a revista Ler quando passei por ela num quiosque só para esperar que ela chegasse ao sítio onde compro os jornais e as revistas desde sempre. É certo que me fartei de esperar, mas mantive-me fiel à senhora da papelaria.
Ora, com o cabelo a coisa correu de outra forma. Desconhecendo o paradeiro da cabeleireira que adorava, tive de ir a outra. Assim, lá fui pedir um orçamento ao estabelecimento que ela havia vendido e que agora tem nova gerência. Ia desmaiando quando soube que ali fazer madeixas custava nada mais nada menos do que um quarto do que a minha adorada cabeleireira cobrava. Desconfiei muito disso porque ainda sou daquelas que acha que o preço acompanha sempre a qualidade e que quando a esmola é muita o pobre desconfia. O problema é que «o que não tem remédio remediado está» e, portanto, nada mais me restou para além de acabar na cadeira da nova cabeleireira, baratinha que só ela. E não é que gostei? Admito que a outra dava mais atenção ao pormenor, mas esta senhora puxou-me muito menos o cabelo e abdicou da hora de almoço dela para cuidar da juba que Deus me deu. No fim de contas, saí de lá loura como nunca fui na vida, mas satisfeita com o trabalho e com o facto de ter pago uns módicos trinta e oito euros por madeixas de dois tons, corte e brushing, coisa que com a outra cabeleireira me custava oitenta (e sem corte).
Portanto, cometi uma infidelidadezita, o que é feio. Mas parece-me que continuarei a pecar porque agora até já sei onde pára a minha primeira cabeleireira e não tenho qualquer vontade de a ir procurar. Nem eu nem a minha carteira que hoje está feliz, feliz, feliz...
Ora, com o cabelo a coisa correu de outra forma. Desconhecendo o paradeiro da cabeleireira que adorava, tive de ir a outra. Assim, lá fui pedir um orçamento ao estabelecimento que ela havia vendido e que agora tem nova gerência. Ia desmaiando quando soube que ali fazer madeixas custava nada mais nada menos do que um quarto do que a minha adorada cabeleireira cobrava. Desconfiei muito disso porque ainda sou daquelas que acha que o preço acompanha sempre a qualidade e que quando a esmola é muita o pobre desconfia. O problema é que «o que não tem remédio remediado está» e, portanto, nada mais me restou para além de acabar na cadeira da nova cabeleireira, baratinha que só ela. E não é que gostei? Admito que a outra dava mais atenção ao pormenor, mas esta senhora puxou-me muito menos o cabelo e abdicou da hora de almoço dela para cuidar da juba que Deus me deu. No fim de contas, saí de lá loura como nunca fui na vida, mas satisfeita com o trabalho e com o facto de ter pago uns módicos trinta e oito euros por madeixas de dois tons, corte e brushing, coisa que com a outra cabeleireira me custava oitenta (e sem corte).
Portanto, cometi uma infidelidadezita, o que é feio. Mas parece-me que continuarei a pecar porque agora até já sei onde pára a minha primeira cabeleireira e não tenho qualquer vontade de a ir procurar. Nem eu nem a minha carteira que hoje está feliz, feliz, feliz...
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