Estão a ver tudo o que disse no outro dia sobre a cabeleireira nova, cujo trabalho era muito mais barato? Pois bem, esqueçam. À excepção do corte, de que gosto realmente, o resto correu mal e só consegui perceber quando o cabelo perdeu o ar arranjadinho próprio de quando se sai do cabeleireiro. À luz do dia e já estando com o formato desalinhado do costume, encontrei umas madeixas muito diferentes do que havia pedido.
Hoje uma outra cabeleireira, mãe daquela que sempre me alindou a crina, ofereceu-se para lhe dar um arranjo. Disse que em meia hora tratava do assunto, mas acabei de passar lá quatro horas. Com as que passei no outro dia, já lá vão oito. A dada altura tinha uma mancha amarela quase na testa. Enfim, depois de eu começar a rezar lá a coisa se compôs, ainda assim está muito longe daquilo que a outra cabeleireira fazia. O trabalho era caro, mas nunca me desiludiu.
Assim sendo, termino dizendo que afinal não vai haver infidelidade nenhuma. Já tenho o número de telemóvel da antiga cabeleireira e da próxima vez é a ela que recorro. E ponto final.
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