quarta-feira, 14 de março de 2012

A gansa dos ovos de ouro e os seus donos

Estou a pontos de entrar em depressão. Aliás, enquanto olho para o computador pondero se devo escrever uma quixotada ou atirar-me da janela... Se calhar escrevo primeiro e voo depois, não é? Pois, pode ser que até lá passe.

Ora então diz que o sucesso do momento, o épico «Ai se eu te pego», pode ser fruto de um plágio? Estou desolada! Que a música não é nenhum original do moço louro que a canta, já se sabia, mas alegadamente a história é mais cabeluda. Segundo um grupo de jovens, a letra terá sido criada por eles durante uma viagem e partilhada com a senhora que depois a cantou e a registou como obra sua (perdoem-me o facto de não saber dar-vos os nomes das personagens desta novela, mas não me interessam nada e eu preciso de preservar a minha memória para coisas que interessam realmente). Como ela não foi um sucesso gigantesco, a coisa passou. Contudo, o moço loiro que agora a registou em seu nome parece uma máquina registadora a engavetar dinheiro (vá entender-se...) com a venda daquele êxito lindo que só ele. Ora, agora os jovens foram para os tribunais de modo a tentar embargar os lucros da música. Por enquanto conseguiram que o tribunal decidisse que fosse feito o balanço dos lucros e postos estes numa conta em que nenhuma das partes possa mexer.

Portanto é isto, minha gente: uma das músicas mais cheias de significado do momento pode ser fruto não de um plágio, mas de vários! Claro que, ao que parece, isso só começou a ser problema depois de a dita começar a facturar, mas vá... Não sejamos ruins, ainda que apeteça muito, muito.

Minha gente, a mim já me custa perceber que aquilo tenha mesmo dado uma música com existência real fora de uma noite de borga entre amigos (ah, se a poesia linda que escrevia com as minhas amigas viesse um dia a dar uma canção, provavelmente eu iria presa...), mas uma vez que deu, ponho-me na situação dos seus autores e penso «se fosse eu, escondia-me bem escondida e não contava a ninguém que tinha escrito uma coisa daquelas». Vá, estou a exagerar: um plágio é um plágio e, sempre que se comprove, deve ser punido. É tão crime quanto roubar a carteira de alguém e acho que ninguém gostaria de ver a sua carteira roubada. Enfim, aguardemos o próximo capítulo desta novela, de preferência ao som de boa música.


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