domingo, 26 de fevereiro de 2012

A saga "Twilight" e os penhascos deste mundo

Há alguns dias uma ilustre seguidora deste blogue propos-me que fizesse uma quixotada sobre a saga Twilight. Na altura expliquei à dita seguidora que não poderia falar muito sobre o assunto, uma vez que não li os livros que compõem essa colecção. Ou melhor: nunca li mais do que as dez primeiras páginas do primeiro volume (e só as li porque uma familiar o tinha). Devo, no entanto, admitir que considerei aquelas páginas do mais desinteressante que já me passou diante dos olhos e que nem me passou pela cabeça continuar a leitura. Ainda assim, não me posso manifestar mais em concreto sobre o texto porque, efectivamente, não o li todo.

Sei, contudo, que os miúdos deliram com essa saga e com outras parecidas. Alunos que até afirmam não gostar muito de ler, devoram aqueles calhamaços cheios de vampiros enamorados. Pelo caminho ficam os textos com qualidade reconhecida, mas que são preconceituosamente tidos como aborrecidos, demasiado extensos, desactualizados, entre outras características nada elogiosas. Sei do que falo porque fiz o meu mestrado sobre este tema e concluí que o panorama no que respeita às leituras feitas pelos adolescentes é deprimente e que não mudará enquanto as escolas não mudarem também. Os miúdos lêem certos lixos porque são fáceis de ler, porque são fáceis de perceber, porque traduzem realidades próximas deles. Mas valia a pena, e enriquecer-se-iam muito mais do ponto de vista cultural, que lessem os clássicos que são, nada mais nada menos, do que os textos que o tempo e as sucessivas leituras consagraram. Contudo, por desânimo, por preconceitos vários, por uma profunda desmotivação, passam pelos bancos da escola lendo apenas os clássicos que os programas prevêem como leituras obrigatórias.

Há uns anos assisti a uma emissão do programa da RTP2, Câmara Clara, em que a, na altura, comissária do Plano Nacional de Leitura, Isabel Alçada, defendia que o importante é pôr os jovens a ler, não interessa o quê. Já Francisco José Viegas, actual Secretário de Estado da Cultura, defendia o contrário: devemos fomentar a leitura junto dos mais novos, mas também devemos levá-los aos textos com qualidade porque, no fundo, há certas leituras que de tão pouca qualidade chegam a prejudicar mais do que aquilo que ajudam. Além disso, a essas eles chegam bem sozinhos. Não precisam da escola nem do PNL para nada. Sigo esta opinião: a máxima de que os miúdos lêem tão pouco e tão mal que importa é que leiam, ainda que sejam só os jornais desportivos e as revistas rosadas não me convence. Importa que leiam, sim, mas que leiam o que vale a pena. Até podem ler o lixo da literatura light desde que também leiam os clássicos e os livros que, não o sendo ainda, são tidos como bons do ponto de vista da qualidade literária. E quem diz que são bons? Os professores, os meios de comunicação que procuram ver o que é efectivamente bom e o que "é mais do mesmo", os bibliotecários, os animadores, os educadores, os pais, enfim, todos os que tenham alguma influência sobre as crianças e os adolescentes e que, no fundo, possam dar o exemplo.

Há uns tempos largos assisti a uma apresentação de uma colecção de livros de aventuras escritos para um público infanto-juvenil. O público desse evento era constituído por pais, professores, crianças e adolescentes. Enquanto falava da colecção, a autora disse que quando era miúda não gostava nada daqueles livros grandes, chatos, que eram «grande seca» e que por isso escrevera aquela colecção para os que eram como ela. Ao ouvi-la tive uma espécie de apoplexia: então aquela tipa vai a uma escola cascar nos clássicos (sim, porque quem lesse nas entrelinhas chegava lá) para elogiar aqueles livros que, como ela dizia, falam na vida e nos problemas dos adolescentes, ou seja, os livros que ela própria escrevia? Que queira vender, todos compreendemos, mas ajudar a que os miúdos criem preconceitos relativamente aos livros de outros tempos, mas que a passagem desse mesmo tempo consagrou, é vergonhoso e só lhe fica mal. Mas, enfim, tanto a posição defendida pela Isabel Alçada no Câmara Clara quanto as frases tontas proferidas pela escritora são bem sintoma do que sucede relativamente aos jovens e à leitura. É tudo muito nivelado por baixo, entre o nada e o mau, venha o mau, tudo muito apoucado, sem ambição e sem qualquer mostra de vontade em mudar o paradigma. No meu entender, esta ideia de só dar aos jovens o que é fácil e imediato é uma violência que lhes fazemos, nós que temos a obrigação de lhes dar mais e melhor.

Portanto, e mesmo sem ter lido mais do que dez páginas da muito afamada saga Twilight, posso, ainda assim e com segurança, afirmar o seguinte: nunca, mas nunca, mas nunca esse texto enriquecerá tanto um miúdo (ou adulto) quanto a leitura de um clássico para adultos ou infanto-juvenil. E agora que ninguém nos ouve (cheguem-se mais para eu poder sussurrar), aquelas dez páginas eram paupérrimas, mas o que me contam que aparece nas outras mil do resto da saga é o suficiente para pôr uma alma a atirar-se de um penhasco depois de ter batido incessantemente com uma garrafa na cabeça. Voltem, Les Misérables, estão perdoados!

11 comentários:

  1. A literatura deve começar em casa, deve ser promovida desde dos primeiros anos de vida. Eu sempre que me lembre os meus pais compravam-me livros, para ler antes de dormir, frequentávamos as feiras dos livros. Agora o que é que os miúdos recebem? É só jogos, e tecnologias, e se receberam um livro não acham piada nenhuma. Depois comecei a não ter paciência para ler até que uma professora de português me motivou através de uns trabalhos de escrita, deu-me algumas sugestões… e eu sou assim, não sei escolher livros para ler, têm de ser alguém a dizer-me. Mas se eu não gostar das primeiras 10 páginas ou do 1º capítulo arrumo com o livro, eu preciso de alguma coisa que me motive a ler, que me envolva na história e por isso posso dizer que sou má leitora. Antes da faculdade lia mais livros, depois passei para ler as fotocópias os livros que eram necessários e deixei de ter tempo para ler a sério se lia um ou dois livros por ano já era muito, e reservava esse tempo para o verão.
    Eu acho que a leitura é um hábito saudável que se está a perder um bocadinho, e os miúdos como é óbvio gostam do mais fácil, e tudo o que é obrigatório é chato e aborrecido. Vou confessar que não li os Maias e não li o Memorial do convento, não me prenderam atenção nas primeiras páginas desisti…Ora é um boa discussão este teu post.
    Mas na verdade confesso que gostava de ler mais, de ter bons livros, mas o que são bons livros para mim não são de certeza para si, do ponto de vista literário. Gosto de livros baseados em histórias verídicas, acontecimentos, gosto de romance, gosto de livros que deixem a pensar… muito descritivos e maçudos eu não consigo ler.
    Eu não vou dizer mais nada, senão o comentário fica tão grande quanto o post.
    e uma nota assim para terminar Gosto de ler estes posts que me deixam a pensar.

    ... beijinho e boa noite

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    1. Ana, cada leitor é um leitor. E, no fundo, somos aquilo que lemos e lemos aquilo que somos. Eu adoro os clássicos porque me parecem ser as melhores leituras que podemos fazer. São, indiscutivelmente, os livros onde encontramos uma maior qualidade ao nível da escrita, onde encontramos as histórias que o tempo não corrompeu e que farão sempre sentido. São, para mim e para todos os que já tentaram definir os clássicos, os livros onde mais nos encontramos a nós próprios, aos valores que nos regem, ao que sempre fomos e sempre seremos. É verdade que nem sempre são textos «fáceis» de ler (até porque muitas vezes têm vários séculos de existência), mas que por darem luta são muito mais aliciantes e enriquecedores. Não acho que todos tenhamos de amar os clássicos, mas acho que todos devíamos tentar, pelo menos, conhecer alguns deles precisamente pelo que têm para nos dar. São o nosso património cultural, tanto quanto as estátuas e as igrejas que tanto gostamos de visitar e de fotografar. Dizes que nunca leste Os Maias, eu também não o li na totalidade quando era miúda. Mas há uns anos lancei-me à empreitada e o livro é tão genialmente bom que, acredites ou não, me tirou o sono! O Saramago, porque mencionaste o Memorial do Convento, é o meu autor português favorito. Depois de se entrar naquela forma de escrita que pretende aproximar-se da oralidade (o Saramago era um contador de histórias e portanto tenta aproximar-se do modo oral de narrar uma história), verifica-se que os textos são de uma qualidade extraordinária. As histórias que ele imaginava são encantadoras (a que está no Memorial é espantosa pela quantidade de personagens admiráveis, como a Blimunda, que vê as pessoas por dentro, ou o Padre Bartolomeu que efectivamente existiu e construiu uma passarola voadora). Enfim, temos tendência a gostar apenas do que nos deixa com a adrenalina em alta (eu amei o filme «A Invenção de Hugo», mas houve quem achasse que tinha falta de acção), porém não raras vezes a qualidade literária está nos pormenores. Creio que foi Flaubert que disse que «Deus está nos pormenores» e é isso que muitas vezes nos esquecemos de apreciar, na ânsia irreprimível que temos de ser entretidos com aventuras, amores desencontrados e impossíveis, elementos fantásticos... Enfim, para terminar o discurso, e porque pareces gostar que te sugiram leituras, permite-me que te aconselhe a leitura do livro que comecei ontem: O Manuscrito Encontrado em Saragoça, de Jan Potocki e editado pela Cavalo de Ferro. Sendo um clássico, parece-me cheio de aventuras e escrito de uma forma que o faz ser qualquer coisa entre o Dom Quixote e o As Mil e Uma Noites. Ainda duas coisas antes de terminar: reparei agora que te tratei por «tu» e que me trataste por «você». Devemos ter idades próximas, por isso trata-me por tu. E peço desculpa pelo tamanho desmesurado da resposta. :)

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    2. :) Eu concordo contudo que dizes, e tenho pena de na altura não ter aproveitado a oportunidade, era uma teenagers que arranjava uns resumos com tudo o que era necessário e isso bastou na altura. Mas eu acho que um dia vou olhar para os clássicos de outra forma, vou querer ler os Maias e o Memorial do Convento, com o tempo olhamos de forma diferente e apreciamos outras coisas e isso é bom. Obrigada pela resposta e pelas sugestões, vou anotar esses livrinhos para quando estiver em portugal procurar a bibliografia. Aqui onde estou não é muito possível. (Já comecei a tratar por tu, provavelmente serás mais velha, mas não interessa).

      Boa noite:)

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  2. Concordo plenamente... no entanto, da maneira como estão as coisas não achas que já é bom que os miudos leiam o que quer que seja? :s Às vezes tenho essa sensação. Porém, eu li a saga completa, posso dizer que é uma escrita super básica (até o Harry Potter é melhor, de longe) mas com uma história bastante simples de seguir e "imaginar". Acho que a histeria à volta destes livros foi resultado de marketing à conta dos filmes...

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    1. Corina, não concordo com isso de eles lerem o que quer que seja porque não acho que isto da leitura seja «do mal o menos». Acho que há certas coisas que de tão más são piores do que não ler nada, uma vez que não constituem qualquer desafio nem do ponto de vista da interpretação, nem do vocabulário, nem de nada. Há muitos livros infanto-juvenis muito em voga que não são mais do que um amontoado de frases simples a roçar a banalidade. Acho, sim, que poderiam até ler essas coisas SE também lessem outros bons livros, o que raramente acontece. E acontece porque, muitas vezes, os miúdos não são apresentados aos livros mais complexos e com mais qualidade. Pais e professores contentam-se com leituras básicas (muitas vezes desadequadas à idade)e evitam o trabalho que é fazer os miúdos gostarem dos clássicos. Quanto ao que dizes sobre o Harry Potter, deixa-me dizer-te que essa colecção vai no bom caminho para, daqui a muitos anos, tornar-se incontornável no campo da literatura infanto-juvenil. Aliás, até já há teses de nível superior sobre o Harry Potter. Li os sete volumes e posso dizer que a história não tem nada de simples, o uso da língua também é bastante elaborado e o raciocínio a que muitas vezes obriga a sua leitura não é tão linear quanto com outros livros. A meu ver, são leituras que, não sendo clássicas (ainda que talvez um dia cheguem a sê-lo), exigem um esforço por parte dos leitores que é positivo. E diga-se que o enredo é riquíssimo e muito cativante. Infelizmente a maioria das colecções para miúdos não são como esta e parecem mais serem livros para gente só com um dos hemisférios cerebrais. :)

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  3. Ticha, tenho de meter a minha colherada neste teu post! eu era daquelas que já não podia ouvir falar de twilight, e não percebia o que havia de mais ao redor de tudo aquilo, ainda para mais nunca fui grande fã de vampiros, apesar de sempre ter sido uma ávida leitora de fantasia. No entanto li o primeiro livro ( em Inglês, e devo dizer que gostei bem mais de ler na lingua original que em Português, para mim há muita diferença). Não vou dizer que o livro é brilhante em termos literários, mas a mim ( e a vários milhões) caiu-me no goto. Adorei a história, que para mim é muito mais que a tipica história de amor. O livro não precisa de ser brilhante, conta a história que tem para contar, muitas pessoas gostam, mais não seja pela impossibilidade de toda a cena, e muito sinceramente é isso que eu, como leitora, procuro nos livros: uma realidade completamente disparatada, impossivel e irrealista, que me permita sair do meu dia a dia e das coisas reais que tantas vezes me aborrecem. Claro que o twilight não tem de agradar a todos,tanto que há muito boa gente que odeia o género literário, e a isso tá no seu direito. O que acho mal é que lá por uma pessoa gostar, já seja intitulada como tendo mau gosto pela leitura...eu e os milhões de fãs dos livros...o facto de eu adorar estes livros não invalida que eu também devore outros géneros, outros livros e autores tomados como "leitura a sério". Lembro-me de ser miuda, da idade dos teus alunos, e adorar "A Aparição" e "Os Maias" e de idolatrar Fernando Pessoa. E ao mesmo tempo ser doida por Harry Potter, que ainda muitas alminhas detestam, mas que posso fazer eu contra isso? ainda bem que há tantos livros e géneros e modos de escrever diferentes, e ainda bem que ainda há pessoas quem lêm!!isso acima de tudo. Mas claro que compreendo a tua frustação, como professora de Português, que alguem se vire e diga algo do género: Os clássicos? twilight é que é! Harry potter é muito melhor!...eu acho que nem uma coisa nem outra, e cada livro tem o seu valor, e é para ser lido e apreciado na altura devida.

    E ainda bem que não gostamos todos do amarelo!!! :P

    PS: estou a gostar muito de ler as tuas quixotadas, apesar de só agora ter comentado

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    1. Olá Catarina! Tens razão no que dizes: não podemos gostar todos do mesmo. Efectivamente eu não gosto de livros com vampiradas e histórias de amor entre miúdas ultra pálidas e vampiros deprimidos (sorry pelo sarcasmo. :p ), mas enfim, há quem goste senão a senhora não vendia como vende. O que me desepera que é as pessoas vidrem nesse tipo de texto e ignorem o que tem qualidade literária a sério. Considero esses livros como entretenimento, que muitas vezes faz falta. Enquanto fazia a tese de mestrado sentia-me mentalmente tão esgotada que seguia avidamente uma novela da TVI para me poder desligar um pouco daquele trabalho! O que me entristece é mesmo que as pessoas achem essas coisas a última coca-cola do deserto e ignorem o resto. Leste aquilo, mas também lês os clássicos. É justo. Contudo, muita gente ensina aos miúdos que o que importa é ler, não interessa o quê e não é bem assim. Eu nem me importo que eles leiam esses livros mais simples desde que não se fechassem para os outros. Mas a culpa é, muito em parte, dos educadores (pais, professores e outros) que não fazem a devida mediação de leitura, no sentido de os aproximar dos livros bons que nem sempre são fáceis.

      Muchas gracias, moça! Volta sempre. :)

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  4. Bem... Já que não faço posts no meu, venho meter o bedelho nos blogs dos outros. A verdade é que eu sou o que se chama um "leitor industrial". Leio tudo o que me aparece à frente, sejam grandes obras ou pacotes de leite. E sim, li essa saga tão falada (tal como li o Harry Potter). Foi uma coisa penosa de se fazer, mas só gosto de criticar aquilo que conheço. Irrita-me que uma obra tão medíocre, tão falha de ideias (que poderia ser mais cliché que um amor impossível entre um ser do outro mundo e uma mortal? Desde a Grécia Antiga que se faz isso, bolas), tenha mais presença mediática que a catadupa de bons livros que aparecem todos os dias. Eu li Os Maias (não por obrigação, por prazer), li Saramago, li Cervantes, e digo por experiência própria que a criançada só não os lê um pouco por "peer pressure" (ai e tal, isso é chato, grande seca, para que é que isto me serve?). Incomoda-me porque são bons livros, bem escritos, e se procurarmos bem, até existem ingredientes para agradar às massas (as pensantes e mesmo as ruminantes - que abundam por este país).
    Em resumo, não interessa apenas ler. Interessa ler bem. Mas também não vale a pena obrigar. Vale a pena, isso sim, incutir desde tenra idade o gosto pela leitura, para que se leia por prazer... Desculpem o longo comentário, mas não quis destoar.

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    1. Concordo plenamente, Jaime. Há muito preconceito que afasta os miúdos da leitura em geral e dos clássicos em particular e poucos fazem alguma coisa para mudar isso. Muitas vezes já nem os professores vão muito a tempo porque os programas são extensos e há pouco tempo para dedicar à motivação para a leitura de obras fora daquelas cuja leitura o ministério exige. E assim perdem-se muitos possíveis leitores que vão crescendo sem saber distinguir o bom do mau, porque apenas conhecem este último ou então nem isso. Enfim, é um problema maior do que aquilo que julgamos porque nos vai estupidificando e nem damos conta disso. Todos sabemos no que resulta a ignorância, por isso atrevo-me a dizer que esta incompetência leitora não vai dar bomm resultado...

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  5. O que é isso da saga Twilight? Desculpe a minha ignorância. ;)

    Jaime

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    1. Já ouviu falar, de certeza, daqueles livros com títulos tão sugestivos como Crepúsculo, Eclipse, Amanhecer e afins, escritos pela Stephenie Meyer (recorda-se, certamente, da campanha da FNAC «Troque os Maias pela Meyer»). São histórias que me parecem muitíssimo desinteressantes em que um vampiro se apaixona por uma humana. Lá pelo meio julgo que há um lobisomem intrometido que também quer ficar com a rapariga. É o que os miúdos (e muitos graúdos)agora adoram. É uma desgraça...

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