Hoje vi, na televisão, falarem das mulheres paquistanesas queimadas com ácido por homens ressabiados que desconhecem o significado da palavra «não». Contava uma dessas mulheres que o seu professor queria ter relações sexuais com ela, mas que ela não consentiu. Agastado por ter recebido aquela resposta e por não conseguir o que queria, seguiu a máxima que muitos primatas (com o perdão dos macacos) seguem que é mais ou menos «se não é para mim, não é para mais ninguém» e atirou-lhe um qualquer ácido à cara. O resultado pode imaginar-se: uma mulher desfigurada, marcada por dentro e por fora por ter, tão simplesmente, mandado no seu corpo e ter dito que não.
Cada vez mais me parece que o «não» é uma palavra gloriosa que move o mundo e que devia haver um particular cuidado a educar as pessoas, desde pequenas, para receberem essa resposta e saberem, depois, lidar com ela.
Li o livro "queimada viva" que nada mais nada menos que a história de uma muçulmana contada na 1º pessoa que foi queimada viva mas sobreviveu.Imprecionante testemunho, os contrastes culturais, e porquê que eles fazem isso, a sorte desta moço foi ter encontrado um médico e uma assistente social que não era daquela religião e trataram dela. mudou de nome e hoje é feliz... estes casos a mim aterrorizam-me, as mulheres são tratadas como objectos e não nada que parem estes animais. A circuncisão é outro que tal problema...
ResponderEliminar:s somos tão pequeninos para fazer alguma coisa.
Podemos sempre fazer barulho em torno dessas questões e, ainda que não mudemos realidades tão distantes, poderemos ao menos tentar mudar o quadradinho em que vivemos. Sim, porque a questão do «não» também sucede por cá. Pode não haver ácido à mistura (embora já tenha acontecido), mas que também vai tendo dimensões preocupantes, isso é inegável.
EliminarA saber receber e a saber dar também!
ResponderEliminarNem mais! :)
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