A página do Google hoje está fantástica! Evoca o bicentenário do nascimento de Charles Dickens, um dos melhores autores ingleses do século XIX e verdadeiro pai de muitos clássicos da literatura. Aliás, mais do que isso, este brihante escritor foi o criador de personagens que ainda hoje recordamos, como Oliver Twist, David Copperfield ou Pip, do romance Hard Times.
Esta data é o ponto de partida para inúmeras iniciativas dedicadas à vasta obra de Charles Dickens. Ainda hoje será inaugurada uma exposição na Biblioteca Nacional que colocará à vista dos visitantes não só a presença do autor britânico na nossa imprensa, mas também as muitas edições que têm permitido ao leitor português travar conhecimento com a sua obra desde o século XIX até aos dias de hoje.
É um lugar-comum, mas penso o mesmo que pensava no ano em que o Quixote comemorou os quatrocentos anos: por muitas iniciativas fenomenais que se façam como forma de recordar um grande autor, não existe menor homenagem do que a leitura dos livros que nos deixou. Este ano li, como sabem, o David Copperfield e fiquei profundamente admirada com a capacidade do autor para unir, no mesmo texto, o lado mais trágico de uma existência e o mais refinado dos humores. Ora, neste dia de aniversário, é precisamente essa a minha sugestão: a leitura do romance favorito de Dickens, de entre os muitos que escreveu, e aquele onde se registam muitos traços autobiográficos que nos ajudam a compreender, também, a sua preenchida existência.
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