terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

(Pseudo) hiperactivo

A mãe de um aluno irrequieto e que adora chamar as atenções sobre si próprio apregoava que o filho era hiperactivo, que tinha um défice de atenção (nem sei se é assim que se chama) e mais o diabo a sete. No fundo, cada vez que o filho passava das marcas e a mãe era chamada a intervir, lá vinha a ladaínha: coitadinho do menino que é isto e aquilo e mais um par de botas. Contactaram-se psicólogos que trabalharam com o miúdo e concluíram que ele não tem rigorosamente nada daquilo que a mãezinha dizia que tinha. Nada. Nem hiperactividade, nem nenhuma dislexia, nem transtorno nenhum que explicassem o seu comportamento deseducado, impertinente e chato.

Ora, tudo isto fez-me concluir duas coisas. A primeira é que os problemas como a hiperactividade e os défices de atenção têm as costas largas e agora servem como desculpa para todos os comportamentos desadequados, existam efectivamente ou não. Um miúdo insulta a colega e atira-lhe com um lápis para o olho? Tenham paciência que é hiperactivo: pelo menos lá em casa não pára quieto. Esta é a teoria dos paizinhos. Pois lamento informar, mas coisas não são assim tão lineares... A segunda conclusão que retirei foi que afinal o que ele tem e a mãe não sabe é uma enorme falta de educação e umas boas toneladas de mimo a mais.

1 comentário:

  1. ha pais que pensam que os professores servem para educar... quando os professores existem é para formar/ensinar, educar ´cabe aos pais

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