Na Colômbia é assim que os livros chegam às mãos das crianças das aldeias mais remotas. A ideia foi de um professor que se lembrou de fazer uma espécie de biblioteca itinerante nos alforges dos jumentos. Adoro o conceito e a tentativa de superação de uma dificuldade que poderia significar a falta de acesso aos livros por muitos meninos que têm o azar de morar longe do lugar onde estes se encontram. O professor que se lembrou desta «Biblioburro» não só demonstrou que a leitura é importante ao ponto de justificar o atravessamento de montes e vales, como também deixou bem implícita nos nomes dos asnitos a missão que eles desempenham: a burra chama-se «Alfa» e o burro chama-se «Beto». Brilhante.
Notinha: Ai o que eu gostava de ir a uma biblioteca assim! Creio que mandava os livros para o brejo e ficava-me pelos abracinhos aos burritos. Adoro burros! Quando começar a faltar dinheiro para manter a Biblioteca Nacional, espero que o governo se lembre dos muitos jumentinhos que não têm o que fazer neste país. Seria bastante engraçado ver o Cancioneiro Geral de Garcia de Resende passear-se no lombo de um asno...
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