Estou para aqui entretida a ler as produções escritas de alguns alunos sobre o tema «Leituras» e eis que me deparo com o texto de uma menina que diz que, embora saiba que ler é muito importante para o desenvolvimento intelectual de uma pessoa, não gosta muito de se dedicar à leitura. Bom, até aqui nada de novo, uma vez que este é o discurso típico dos miúdos de hoje. O interessante neste texto é que a moça prossegue e, a dada altura, explica que para ler um livro este deve interessá-la bastante e «tem de tratar de mortes, violações, holocaustos, catástrofes, histórias que sinto prazer em acompanhar». Ou seja: quanto maior for a desgraça e o sofrimento humano, mais esta moça gosta do que lê. Enfim, idiossincrasias.
Apesar da sensação de depressão que experimentei após a leitura deste excerto, não deixei de encontrar uma certa graça nas palavras desta aluna. A leitura é uma experiência diferente de pessoa para pessoa e aquilo que me envolve a mim, pode aborrecer o colega do lado. A alegria que a leitura provoca pode surgir a partir de vários textos e, pelos vistos, há quem goste de encontrar nos livros aquilo por que se borra de medo na vida real.
Sem comentários:
Enviar um comentário