Há pouco vi que uma amiga tinha sabido, através de uma aplicação do Facebook, que música estava nos tops no dia em que ela nasceu. Pensei «Bem, vamos lá ver o que é que se ouvia quando estourei neste mundo». Lá segui os passinhos e eis que me deparo com a canção «You've Lost That Lovin'Feeling» dos The Righteous Brothers. Vou ver os tipos ao Youtube e começa-me a parecer que aquilo era demasiado antigo (e que eu não sou assim tão antiga...). Eis que com uma pequena pesquisa percebo que a boa da aplicação me deu a música que estava no top em 1965. O problema é que eu só nasci vinte anos depois...
Voltei a experimentar a coisa, tentando perdoar o facto de a boa da aplicação me ter carregado com mais vinte anos e eis que me sai uma nova música que estaria nos tops em 1985 e que poderia, quem sabe, ter sido a banda sonora da minha vinda ao mundo: «Walk on the wild side», de Lou Reed. Parece-me um pouco ordinária para o nascimento de um bebé, mas vá. Já desconfiada, depois do envelhecimento precoce a que fora votada com o primeiro resultado, faço uma pequena pesquisa e... lá está, a taradona da música é de 1972! Comecei a desconfiar que no meu ano de nascimento não se ouvia nem se produzia música e que isto era tudo uma cambada de monos.
Ainda tentei repetir o processo mais uma vez, a ver se finalmente me aparecia o grande sucesso daquela altura, mas nada. Voltou a brindar-me com o bom do Lou Reed, um sucesso polémico mais ou menos quinze anos antes de eu nascer (o tempo que a aplicação me envelhecia desta vez...). Teimosa, pesquisei em sítios da internet os tops dos anos 80 e finalmente fico a saber que música estava em número um nos Estados Unidos naquele glorioso Sábado em que abri os olhitos pela primeira vez: «We Built this City», dos Starship. Já no Reino Unido, a canção que se encontrava em número um era o belo do «The Power of Love», da Jennifer Rush. Um êxito sobejamente conhecido na boquita da Celine Dion.
E pronto, fiquei finalmente satisfeita. Na próxima vez que tenha alguma destas peregrinas curiosidades, vou direitinha ao Google e deixo-me de fazer likes em aplicações que depois acabam por me envelhecer vinte anos.
Isso é completamente aleatorio...
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