sábado, 18 de fevereiro de 2012

M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O!!!


Eu, que até nem morro de amores por cinema, tenho visto alguns dos filmes nomeados para os Óscares. Hoje vi «A Invenção de Hugo», realizado pelo Martin Scorsese, e acho que acabei de descobrir o meu filme preferido de sempre. As imagens são lindas, do início até ao fim; a história (baseada no livro de Brian Selznick) é comovente e muito doce; os actores são maravilhosos (o inesperado guarda da estação é hilariante, na companhia do cão "Maximilien"); os olhos azuis do "Hugo" são uma ternura e o gosto que a rapariga que o acompanha demonstra ter pelos livros é uma lição para todos nós. No final do filme já me apetecia vê-lo novamente. Aliás, creio que não demorarei muito tempo a ter o livro que originou o filme numa prateleira cá de casa. A história do rapaz que vive nos labirintos da estação ferroviária e que faz a manutenção dos relógios que guiam todos os passageiros que por ela passam é apaixonante, não porque possua um daqueles enredos misteriosos que nos colam à cadeira, mas sim porque há ali uma busca pelos passados e pelas memórias que é tocante. A história do antipático dono da loja de brinquedos fez-me lembrar o Todos os Nomes, de José Saramago, ao recordar que nunca poderemos saber se o que fomos, somos, fazemos e fizémos foi realmente esquecido, já que pode sempre existir alguém que nos procure, que queira saber mais sobre nós, que lamente a nossa ausência.

Se ainda não viram, vejam. Eu, que normalmente não ligo aos Óscares, fico a torcer para que «A Invenção de Hugo» arrecade todos e mais alguns. Aliás, acho que deviam mesmo criar a categoria «Filme Muito Maravilhoso» e, sem grandes reflexões, atribuir logo a estatueta a esta história maravilhosa. A propósito: uma vez que o filme veio de um livro, faço uma vénia ao autor, Brian Selznick, que escreveu uma obra tão admirável.

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