quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Marquesa de Alorna

Hoje estive numa sessão em que a escritora Maria João Lopo de Carvalho apresentou a pais, alunos e professores alguns dos livros que já publicou, desde os virados para os mais pequeninos até à biografia romanceada da Marquesa de Alorna.

A apresentação que fez dos livros para crianças e para adolescentes não me convenceu muito. O defeito não foi dela, que apresentou as suas histórias com muita energia e empenho. É mesmo meu, que não gosto destas colecções infanto-juvenis cheias de namoros e chatices com os pais, que existem para que não se diga que os miúdos não lêem. Prefiro os clássicos e há muitos para os mais novos. Peter Pan, Winnie The Pooh, O Vento nos Salgueiros, Robinson Crusoe, A Ilha do Tesouro, O Feiticeiro de Oz (o meu preferido!), As Aventuras de Pinóquio... Tantos livros que o tempo consagrou, que são tão maravilhosos e que são tantas vezes catalogados, apenas por serem clássicos, como chatos, aborrecidos e complicados. Enfim, não digo que não deixe os meus filhos lerem colecções como aquela que a Maria João Lopo de Carvalho apresentou, mas não deixarei de lhes dar a conhecer as histórias dos grandes mestres da literatura e aquelas com que tropeçarão pela vida fora porque os clássicos estão em todo o lado, felizmente.

A autora apresentou, também, a biografia romanceada da Marquesa de Alorna, publicada no ano passado e admito que fiquei curiosa. Tanto que comprei o livro à saída, com direito a autógrafo e tudo. Explicou ela que passou um ano fechada a documentar-se com toda a informação necessária para a realização do livro. Leu sobre os séculos XVIII e XIX em Portugal e no mundo, leu a obra da Marquesa de Alorna, leu a muita documentação que sobre ela existe na Torre do Tombo e depois lançou-se à escrita. Achei a descrição interessante porque me fez lembrar o percurso feito por um investigador quando trabalha na sua tese. A diferença é que, no fim, um resultou numa biografia romanceada, sem a necessidade de muitas notas de rodapé que justifiquem tudo o que é dito, e o outro daria uma tese onde tudo está muito bem sustentado com os estudos dos que anteriormente se ocuparam do assunto. Achei, também, muito interessante a ligação da autora à própria Marquesa de Alorna, já que a casa onde esta viveu é hoje pertença da família da Maria João Lopo de Carvalho. Parece ter havido ali aquele fascínio que certos espaços ou objectos antigos exercem sobre nós. Fiquei, portanto, com uma certa vontade de ler aquele livro e fá-lo-ei em breve. Depois conto-vos o que me pareceu.


Notinha: Como bem vêem, a imagem foi retirada da página da Wook.

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