segunda-feira, 10 de julho de 2017

A Menina Quer Isto XCIII


Já disse várias vezes que a Cavalo de Ferro está no top 3 das minhas editoras favoritas. Pelo catálogo, pelo cuidado com os livros, pela simpatia dos funcionários que ano após ano me atendem na Feira do Livro... E porque vai lançando livros que são verdadeiras delícias. Tenho uma boa parte do catálogo desta editora cá em casa, mas gostava mesmo de o ter todo. Na impossibilidade disso acontecer, pelo menos gostaria de ter esta novidade que, pela sinopse, me parece muito boa. Duas pessoas, dois feitios absolutamente opostos casam-se e, claro, essa união acabará por trazer a discórdia. Mas traz, além disso, o ciúme e a desconfiança a um nível que nem a morte resolverá. Ainda segundo a sinopse, a escrita revela algum humor, mas também alguma melancolia. Talvez aquele desconcerto que sempre surge quando olhamos em frente e vemos alguém tão diferente do que somos que não conseguimos compreender. Enfim, a menina quer muito isto. 

12 comentários:

  1. Também já vi! Mais um na lista de compras.
    De vez em quando passo na Wook e vejo os próximos lançamentos.
    Também gosto muito da Cavalo de Ferro, estava até preocupada porque no ano passado não editaram certos livros previstos: Solstad, Canetti e etc. Este ano exceptuando Lessing, só fizeram reedições.
    Não sei se te interessa, se já leste ou se não gostas, mas vi também que reeditaram "Almas Mortas", de Gógol.

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    1. Também faço essas rondas pela Wook, mas é cada desilusão. No outro dia o grande destaque de lançamento ia para um livro de uma apresentadora de televisão. Já dá para imaginar o belo romance que ali está... Aliás, eles tinham algumas páginas para lermos e... Sem comentários.

      Penso que a Cavalo de Ferro passou por certas modificações. Mesmo assim reeditaram a obra de Juan Rulfo. Eu tenho-a completa num só volume, também da Cavalo de Ferro.

      Do Gógol só tenho «Os Contos de Sampetersburgo» e gosto imenso. O «Almas Mortas» não mora cá, o que é uma pena. :(

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    2. Sem dúvida, há muita desgraça.

      Nada sabia sobre as modificações na editora. Tenho essa edição completa de Rulfo. Reeditaram Ferreira de Castro também, o que é excelente. Agora podiam era editar a continuação e última parte de "Os sete Loucos". A primeira vale por si só, mas seria bom termos acesso ao volume seguinte.

      Uma pena que "Almas Mortas" não esteja completo. Eu gostei mesmo muito. Tem personagens muito bem construídas. Os Russos...!

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  2. Parece interessante.
    E não sabia da reedição do Gógol.
    Se me permite, Marta pode dizer qual o livro que adora e que foi destruído (pelo que diz num comentário)?

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    1. Tinha lido em algum lado que ia haver uma reedição, mas já nem me lembrava. A ver se a Marta nos conta que livro foi dilacerado pelo poderoso gatinho Michi. :)

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    2. :DD
      O livro que o Michi dilacerou foi "O Romance de Genji", de Murasaki Shikibu. Dama de companhia da Corte Imperial Japonesa. Adorei o livro, deslumbrou-me totalmente, tem imagens belíssimas, haikus, e dá-nos sobretudo uma ideia do que foi o período Heian, sobre as regras e limites impostos, o que era ou não conveniente. Dentes pintados de preto, lindos, não?:))
      E pensar que foi escrito entre 1000 e 1012!
      A edição portuguesa que tenho é da editora Exodus, absolutamente desconhecida para mim. Há uma edição da Relógio D'Água mas julgo que só proximamente editarão o terceiro e último tomo. Li nos comentários do Planeamento Editorial do site.
      A que tenho está completa em dois volumes.
      É esta: https://www.wook.pt/livro/o-romance-de-genji-primeira-epoca-murasaki-shikibu/199385 (primeiro tomo)
      Mas a arranhada é uma edição em Inglês linda, linda.
      http://www.foliosociety.com/book/TGG/tale-genji-murasaki-shikibu
      Ainda bem que pus o link, está a metade do preço. Tenho que aproveitar, não vendem livros separados.

      Gostei tanto do livro que comprei o diário da senhora Shikibu (em inglês) e dentro do mesmo género e época "The Pillow Book", de Shonagon.

      Entendo que a minha opinião não seja consensual, mas deixou-me com imagens deslumbrantes e fez-me imaginar situações, roupas e jardins que nunca saberei dizer como foram.

      Tal como disse, o Michi tem excelente gosto :)





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    3. Bom, realmente o Michi tem bigodes para a coisa... Por aqui nenhum livro foi alguma vez assassinado por um felino. Não se interessam muito por livros. Mas se deixar plásticos a jeito...

      Confesso que tenho uma certa resistência à literatura asiática. Não sei explicar porquê, embora julgue que tenha que ver com o facto de ser uma cultura tão, mas tão diferente da nossa. Parece outro mundo e por isso acabo, estupidamente, sempre à volta da literatura europeia, da americana (incluindo sul-americana) e por aí. É burrice, eu sei, mas com o tempo a coisa vai ao sítio.

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    4. Espero que não repita a proeza.
      As minhas estantes não são como as tuas (que mostraste recentemente), têm umas pernitas de lado e as prateleiras são em escada. Não têm base nem tecto. Ele gosta da superior para estar mais à vontade. Claro, que não é parvo. Qual Madame Récamier, estirasse lânguida e confortavelmente.
      Já lhe troquei as voltas, para o desabituar, já não tem livros da mesma altura seguidos nas prateleiras superiores.

      Cada um gosta do que gosta, a literatura é muito democrática.
      Eu gosto justamente pela diferenças. De vivência, de lógica, de cultura e de formas de se olhar o mundo.
      (E antes de escrever o comentário anterior, enviei-te um pombo correio a falar em mais um Japonês. Desculpa.)

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    5. Ah, eu vi o pombo correio. Ainda não te respondi, desculpa. Mas amanhã respondo. :)

      O Michi é genial. Sabe do que gosta e vai buscá-lo, nem que um livro se lhe coloque na frente. Tens aí uma pequena pantera.

      Li no ano passado um de Pearl S. Buck, sobre a China e a sua «revolução cultural» e aquilo parecia-me uma coisa do outro mundo. Confesso que nem consegui criar grande empatia com as personagens, embora até me tenha sentido tocada com a história e com a forma como o governo conseguiu interferir na vida de toda uma família e como conseguiu separá-la. Essa parte confesso que foi até um bocadinho chocante.

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    6. Sem desculpas e sem pressas nenhumas, por favor :)

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    7. Por coincidência, o pombo-correio seguiu agora mesmo. 🙂

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  3. Simpática em ter cedido ao pedido.
    Parece muito bonito, mas o preço não é para o meu bolso. Até com promoção é impossível.

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