quinta-feira, 23 de março de 2017

A gargalhada final

Diz o provérbio que quem ri por último ri melhor. Hoje, pela primeira vez, tive a oportunidade de sentir na pele tal dito popular. Ri, e ri com gosto perante alguém que me fez mal, que foi uma das responsáveis pela porcaria de vida profissional que tive nos últimos anos. Vi-a perder um processo provocado por ela e pela sua maldade e pude, felizmente, olhá-la de frente e rir à gargalhada diante da justiça feita e da desilusão dos que sempre acharam que podiam tudo contra todos. O processo não era meu, eu era uma das testemunhas, mas fiquei feliz como se fosse eu a vencer. Já não via aquela gente há muitos meses e nestes meses vivi uma situação nem sempre fácil do ponto de vista da adaptação à mudança, ao desconhecido e à enorme ansiedade desenvolvida ao longo de anos de trabalho num local que não me merecia. Voltar a ver aquela arrogância deu-me gozo. Apresentar-me perante gente que me fez mal com um enorme sorriso, com bom aspecto e feliz foi um presente que a vida me deu. A gargalhada final gostosa, nascida bem cá dentro e espalhada bem para fora, acompanhada pela de outras pessoas que viveram o mesmo inferno, pagou tudo e, para mim, encerra o caso. As contas nem ficaram bem feitas, mas olhem... Acabou. Siga a vida, venha a mim o que for para ser meu e mais nada. Hoje pude dar um final gostoso a isto. Sempre achei que teria coisas para dizer àquelas pessoas e afinal não tinha: só precisava de saber que estava bem, que estava ainda melhor do que eles e a gargalhada mostrou-mo. 

Hoje foi um excelente dia e a prova de que de vez em quando os bons também ganham. E com o riso final, bem diante de quem sempre fez questão de me deitar abaixo, encerrei de vez o assunto. Agora venha o resto da vida e que seja bem boa. 

3 comentários:

  1. Adoro o efeito boomerang. Para o bem e para o mal :)

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    1. Também eu. E é tão raro vê-lo acontecer...

      Como está o pequeno Misha? Muitos passeios à trela? :)

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  2. Pena que por vezes tarde tanto e dê às vítimas a sensação de que os outros, os que fazem mal, passam sempre impunes. Neste caso, a lição ainda podia ser maior, mas a gargalhada, pelo que simbolizou, chegou-me. Acredita: parece que até fiquei mais nova. Agora eu sigo a minha vidinha e até me esqueço que tamanha porcaria de gente existe.

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