quarta-feira, 2 de maio de 2012

De diplomas e úteros

Palavra de honra que ainda mando alguém para aquelas partes se volto a ter um diálogo deste tipo:

- Então P., erraste esta questão do trabalho de casa. Tu sabes isto.

- Pois sei, professora, mas a minha mãe disse para eu fazer desta maneira.

- Pois, P., mas está errado.

Eu não devo saber, mas, a seguir à expulsão da placenta no momento do parto, deve ser expelido pelo canal vaginal um diploma que abrange as Humanidades (todas as línguas conhecidas), as Ciências (todas, até as desconhecidas), os Lavores (deve sair um manual de bordados e de rendas de bilros) e ainda, como bónus, o Livro de Pantagruel porque mãe que é mãe cozinha que é uma maravilha. É que a julgar pelos disparates que vou ouvindo, as mães é que sabem tudo e as professoras só vão às reuniões lançar as notas (que já só falta serem as mães a dar). O problema surge quando os miúdos erram porque «a mãe disse que era assim» e nós acabamos a ter de dizer aos alunos que as mães se enganaram e que, afinal, é de outra maneira.

Para concluir, se isto de parir diplomas, livros de culinária e afins se verificar, deixo aqui o meu pedido específico à reitoria que funcionar no meu útero: não quero ter nenhum pónei e o diploma não precisa de vir na caixa de metal porque isso faz demasiado volume e não convém...

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