sábado, 27 de outubro de 2012

Querido sábado

Querido sábado,
 
Tenho a certeza de que quando te inventaram pensaram em dias soalheiros e cheios de horas para podermos fazer tudo o que durante os outros dias não podemos fazer. Provavelmente quem te engendrou imaginou manhãs entre lençóis, tardes na esplanada, noites no restaurante. Terá concebido um dia longo, ou pelo menos aparentemente longo, em que coubessem leituras, conversas, petiscos e outras dezenas de coisas boas que de segunda a sexta-feira não existem. Prometias ser uma excelente invenção e eu aplaudi-te muitas vezes.
 
Contudo, agora parece-me que os sábados são:
 
a. aquele dia em que acordo cedo porque, ao fazê-lo durante a semana, o belo do meu corpo não consegue contrariar o relógio e ficar na cama até tarde (dormi apenas mais uma hora e quinze minutos do que nos outros dias);
 
b. aquele dia em que me calha preparar o trabalho de boa parte da semana que vem (hoje calha-me corrigir três turmas de testes);
 
c. aquele dia que acaba num instante e que me leva ao depressivo domingo (véspera de aulas) a uma velocidade estonteante.
 
Concluo, portanto, que é o costume: todas as invenções são muito boas até revelarem o seu lado menos positivo. Continuo a gostar de ti, querido sábado, mas preferia que fosses meu e não do trabalho.
 
Cumprimentos,
 
As Minhas Quixotadas

1 comentário:

  1. Oh é sempre assim. :( o que é bom acaba depressa, e parece que não chega.

    Mesmo assim, espero que amanhã aproveites na ronha, no descanso :) tem um bom [dentro do possível] fim de semana.

    beijinho Teacher'

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