Depois de um fim-de-semana muito frio, hoje às sete da manhã abri a janela para ver se o dia justificava o uso de umas botas impermeáveis e até fiquei indisposta: entrou pelo meu quarto um bafo muito quente e muito impróprio desta altura do ano. Fiquei a acreditar que haveria uma brutal trovoada durante o dia, mas até ver nada. Lá mudei os meus planos de vestimenta, deixando, contudo, as tais botas impermeáveis. No entanto, por medo de me constipar, levei um casaco quentinho sobre uma camisola de algodão. Asneira a minha: uma hora depois e escorria. A imagem não é bonita, porém é verdadeira: num autocarro fechado e cheio (as pessoas são alérgicas a abrir as janelas, principalmente no Outono e Inverno: mesmo que estejam quarenta graus lá dentro, têm medo de serem levadas a dar um espirro) é impossível acontecer outra coisa. Amaldiçoei o casaco, as botas, o autocarro, o caminho e a triste ideia de não ir trabalhar de biquíni.
O resultado desta odisseia foi uma dor de cabeça como não sentia há muito tempo. Começou ainda antes de começar as aula (começou, portanto, no belo do autocarro) e persiste até agora (se bem que vou já já dar-lhe com um Doluron Forte que até treme). Foi horrível dar aulas com uma enxaqueca do tamanho do mundo (que eu quando tenho dores de cabeça é em grande). Então a hora de almoço no refeitório foi quase de levar às lágrimas, mas enfim... Sobrevivi e estou cá para contar a história. Daqui a dez minutos já não devo estar que quando o comprimido faz efeito eu transformo-me na fada Sininho e vou por aí em voo a largar pó de fadas e roncos.
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