sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

A menina ia querendo isto

No Facebook apareceu-me uma publicação da Relógio d’Água que referia a saída deste livro:


Ao ler a descrição do livro, preparei-me para escrever um “A Menina Quer Isto”, mas algo me soava familiar... Fui, então, consultar a lista dos livros que tenho e descobri que já tenho este livro há anos nas minhas estantes, sem que o tenha lido. Acho que será o próximo a ler. 

Já aqui falei deste problema próprio de quem tem muitos livros (e reparem que “muitos livros” é diferente de “livros a mais”, coisa que nem sequer existe): começamos a não ter memória suficiente para todos os títulos nas prateleiras. No meu caso, a lista foi uma enorme ajuda e já me impediu várias vezes de comprar livros que havia cá em casa. É que se há aqueles que sabemos, sem dúvida, que temos, outros há que por serem menos conhecidos ou por outras razões se escapam da nossa memória. 

Existem pessoas com muitos livros que não concordam comigo, que acham que sabem e saberão sempre os títulos que têm. Pois, isso aconteceu-me talvez até aos quinhentos livros. Mas à medida que a biblioteca foi crescendo, a capacidade de me lembrar de todos os livros cá de casa foi-se. Além de que, em determinado momento, os meus juntaram-se aos do moço e a biblioteca aumentou. Mais: alguns livros fazem parte de colecções numeradas. É difícil uma pessoa recordar exactamente que títulos ou números tem de uma dada colecção. Por isso, para quem, como eu, já não consegue ter mão na biblioteca nem memória para tudo o que dela faz parte, a criação de uma lista é uma excelente opção. Fi-la em Excel e acrescentei ao autor, título e editora informação relativa à proveniência de cada volume e, quando se aplica, o valor que paguei por ele (um dia somo tudo e percebo que podia ser milionária!). Tenho a lista guardada no telemóvel e, assim, sempre que estou perante um livro que não sei se tenho e que quero ter, puxo da lista e tiro imediatamente a dúvida. 

Portanto, neste caso a menina já não quererá este livro porque já o tem, mas desejará lê-lo. De momento ainda ando com o Istambul e com um livro sobre a Guerra Civil Espanhola de Juan Eslava Galán, além do Courrier Internacional de Janeiro, da última National Geographic especial História sobre invenções e da última edição da revista Ler, mas mal termine um dos livros acho que vou procurar conhecer A Família Golovliov que tem vivido na minha estante...

2 comentários:

  1. Nem me digas nada, às vezes também penso que tenho que comprar (urgentemente!) e quando dou por mim já o pobre está na estante há anos.

    Lê,sim.
    Eu gostei muito. Uma família estranhíssima.

    Acho que a capa da primeira edição demonstra melhor o ambiente do livro.

    ResponderEliminar
  2. Eu ainda acredito que (ainda) tenho noção dos livros que tenho! Mas às vezes sinto algumas dúvidas :/ pessoalmente, recorro ao goodreads :) tenho desde 2009, e tenho conseguido actualizar. Super curiosa agora com esse livro, que desconhecia por completo!

    ResponderEliminar