segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Coisas que odeio IX


Ai gente, o que me enervam as pessoas que, para ouvirem música na rua ou nos transportes públicos, põem os telemóveis a berrar o hit pretendido para quantos o queiram (e mesmo que não queiram, azar) ouvir. Headphones? Viste-os? Não. Para quê guardarmos a música para nós quando toda uma carruagem do Metropolitano de Lisboa a pode ouvir? Por que raio haveremos de nos ralar com o cansaço e o pouco desejo dos outros de ouvir música azeiteira em volume exacerbado, se o mundo é consideravelmente mais giro com uma boa pimbalhada em pleno transporte público?

Hoje fui brindada com um medley de lixo musical que vinha algures do fundo do autocarro. Normalmente gosto de transportes públicos, mas quando isto acontece acabo a imaginar-me transformada numa Lara Croft que se levanta de repente e não descansa enquando não escavaca o prevaricador telemóvel à murraça. E o respectivo dono, já agora.

Ainda sobre uma das coisas mais ridículas que já vi, alguém me explica por que razão esta gente nunca tem bom gosto musical? Na minha modesta opinião, se não têm um Rodrigo Leão ou um Michael Bublé para pôr a bombar no telemóvel de última geração, mantenham-se em sossego. Contudo, ninguém liga nenhuma à minha opinião e, por isso, hoje vim a ouvir Emanuel e por momentos senti-me num bailarico de Verão, só que sem o cheiro a frango assado (o aroma do autocarro nunca é o de um apetitoso e suculento franguito na brasa...). Ora, no fim de contas, para que raio vai esta gente a ostentar orgulhosamente a falta de gosto perante todo um autocarro enfurecido e a desejar um bloqueio auditivo temporário? É coisa que me ultrapassa e que me irrita muito. Há tantas outras maneiras de uma alma infeliz dar nas vistas e mostrar-se disponível para o acasalamento. Aconselho tais pseudo-melómanos a darem uma vistinha de olhos pelo Zoo e a aprenderem umas coisas com os bichinhos que por lá andam que, sabe Deus como, conseguem ser muito menos azeiteiros e fazer muito menos barulho.

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