sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Chatices de professora

Há problemas que surgem aos professores e que ninguém sabe muito bem como hão-de ser resolvidos. Por exemplo, como se resolve uma situação em que um aluno com necessidades educativas especiais começa a protagonizar actos «de carinho» demasiado óbvios para com as colegas e docentes (do sexo feminino), contra a vontade delas? Num primeiro momento, a ideia arranca uma gargalhada a toda a gente, pelo inesperado da coisa, principalmente quando se conhece a doçura do rapaz em causa. Contudo, no momento seguinte todos param para pensar que a situação pode ganhar contornos mais graves e que as alunas têm direito ao seu sossego.

Quem acha que ser professor, trabalhar numa escola ou lidar com miúdos é fácil que se chegue à frente e explique como se solucionam problemas como este porque, pelo que me parece, nem quem já leva em cima anos desta profissão parece saber muito bem como agir. Existem chãos demasiado escorradios para serem percorridos de qualquer forma. Parece-me que temos aqui um deles...

2 comentários:

  1. Nós temos um aluno com necessidades especiais no nosso curso que faz exactamente isso. Foi um cabo de trabalhos no primeiro ano pois não sabiam como reagir a isso. Tivemos de recorrer realmente ao regente do curso para falar com o pai (que é professor tambem no departamento) para ele próprio falar com o rapaz. Diga-se de passagem que tiveram de ser os próprios alunos a falar com o rapaz pois ou ele não ligou ao que o pai disse ou o pai não lhe disse nada (coisa que não é algo tão fora do comum visto que o pai o largava com os colegas de turma para que eles o levassem onde tinha de ir visto ser invisual).

    No inicio compreendemos que necessitava de ajuda, ambiente novo, pessoal novo. Mas passado 1 semestre já todos reparavam que ele fazia de propósito de "abraçar" as meninas e só queria ajuda delas. Não sei se é sequer uma situação comparável, mas também penso que é uma situação bicuda.

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  2. Pois, parece-me uma história semelhante. Neste caso, o que assusta mais as meninas é não só o facto de se encontrarem sozinhas com ele muitas vezes, mas também a pouca tolerância que ele tem em ser contrariado. Além disso, elas têm consciência de que ele é diferente e até têm tido mais paciência por causa disso, mas já começam a avisar que se isto continua ainda acabam a dar-lhe uma sova. Ora, eu tenho a impressão de que ele também foi um pouco largado ali, portanto não sei como se resolverá isto.

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