Ultimamente tenho descoberto uma coisa sobre mim que me vai apoquentando um pouco. Se há um curto ano adorava fazer compras e era menina para passar largas horas nas lojas de roupa desta vida, hoje só pensar em ter de vestir e despir nos provadores faz-me urticária. Compro porque tem mesmo de ser, sob pena de acabar a sair de casa nua, mas dispensava o processo todo. Hoje até consegui chegar ao cúmulo de não conseguir comprar uns sapatos! Uns sapatos! Eu, que tenho para cima de sessenta pares, não consegui trazer mais um par para casa. Vi umas sandálias de que gostei e se há uns meros trezentos e sessenta e cinco dias tê-las-ia comprado no mesmo instante, hoje o pensamento foi «já tens muitas». Meu Deus, como me pus velha!
Com um casamento à porta (a propósito, noivo que visitas o blogue, a "gente" vai à boda, mas já vos mando mensagem), e um vestido rapidamente comprado na hora de almoço, começa a busca pelos sapatos. Percebo então que as minhas capacidades de pouca selecção e muita aquisição perderam-se. Não comprei nenhuns. Noivos, irei descalça ao evento. Serei o Paulo Bragança dos casamentos.
Portanto o balanço de hoje é este: um vestido e três t-shirts em promoção porque corria o risco de começar a ter de usar biquinis em plenas artérias da capital. Sapatos nada. Calças? Ao longe! Odeio experimentá-las, morro sempre de calor. Ah, e a dor nos pés também devia entrar no balanço já que experimentei sapatos (novamente para o casamento) que parecem ter sido pensados pelo próprio Satanás num dia em que o seu humor deixava muito a desejar. Pareciam formas para pequenos queques e não para pequenos pés, como estes com que fui fadada.
Mas, enfim, também em jeito de balanço e tendo em conta a chata que sou, ter já conseguido um vestido foi bom. Vamos ver é se amanhã não o vou trocar...
Será que algum dia isso me vai acontecer? A minha carteira ia agradecer...
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