segunda-feira, 23 de julho de 2012

Adorando


Ai gentes, estou a gostar tanto deste livro! Sim, ainda ando a ler o Cien Años de Soledad (já disse que durará o Verão inteiro), o Dublinesca e A Cultura-Mundo, mas entretanto comecei este. Vou lendo umas páginas de um, umas páginas de outro, vou saltitando e sabe-me bem. Mas, tirando este coração grande que tenho para os livros, deixem-me cá falar-vos d' O Chapéu do Sr. Briggs. No fundo é um policial que conta uma história real passada no final do século XIX em Inglaterra. Um banqueiro desaparece da carruagem do comboio onde viajava deixando na carruagem «apenas uma bengala com castão de marfim, uma mala de pele vazia e um chapéu que, estranhamente, não pertence ao senhor Briggs» e vem a aparecer entre os carris a poucos minutos da estação onde deveria sair. Está gravemente ferido, foi atingido com um objecto rombo na cabeça, tem o crânio quase desfeito e nunca chega a recuperar a conciência, até que morre no dia seguinte. A Scotland Yard começa a investigar o caso que parece um verdadeiro mistério e que, sobretudo, vai apontando os defeitos das carruagens dos comboios utilizados na época. Como é dito na contracapa do livro, este foi um crime «que mudou para sempre a forma como viajamos» já que perante os defeitos buscaram-se soluções.

É uma história muito bem escrita. É preciso ter alguma atenção aos nomes, uma vez que há imensas pessoas envolvidas na investigação. Além disso, temos os nomes das estações ferroviárias, de estabelecimentos comerciais, e por aí fora. Mas com atenção não custa nada e a narrativa é muitíssimo bem feita, sendo sustentada por jornais da época, pelos arquivos da própria polícia e por outros documentos consultados pela autora e que surgem referidos por capítulo no final do livro. Encontramos, ainda, fotografias relacionadas com o homicídio do Sr. Briggs.

Ainda não terminei o livro, mas já lhe dei um bom avanço e sinto-me já prontinha para vo-lo aconselhar. Se não gostarem, mandem para cá as reclamações, embora não me pareça que seja preciso.

Boas leituras (que eu cá vou lendo os meus quatro livros do momento e a revista Ler, que ainda vai a meio...).

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