sábado, 21 de setembro de 2013

Outra vez a Quetzal

Ontem comprei o Público porque me interessava o que era dito no Ípsilon sobre J. D. Salinger. Dentro do jornal vinha uma agradável surpresa: um "mini-jornal" feito pela Bertrand (grupo a que pertence a editora Quetzal) com todo o primeiro capítulo do novo romance de Mario Vargas Llosa, O Herói Indiscreto. Achei fenomenal: uma coisa é ter acesso a um resuminho de meia dúzia de linhas ou, até, às primeiras duas ou três páginas do romance; outra é poder ler de uma assentada o primeiro capítulo inteiro. Ora, como este autor não deixa os seus crédito por mãos alheias, o primeiro capítulo lança desde logo o mote para o resto da história: situa-nos num lugar poeirento e muito quente, cheio de gente peculiar e interessante, onde coisas estranhas podem acontecer. Apresenta, também, a peripécia que nos conduzirá até ao final do livro, terminando o capítulo num momento de tensão que nos leva a querer ler mais para saber o que virá depois e o que fará o senhor Felícito Yanaqué, o herói discreto. 

Pareceu-me uma excelente forma de publicitar um livro. Eu li hoje o primeiro capítulo na cama porque tinha tempo para isso. Talvez muitos dos que compraram o Público tenham deitado fora tal oferta, mas é possível que outros, como eu, tenham parado para conhecer o transportista que recebe uma carta estranha numa manhã que parecia ser como todas as outras. E talvez, como aconteceu comigo, tenham sentido a enorme vontade de correr a uma livraria para trazer e devorar mais este livro da Quetzal. É que estou mesmo em pulgas para saber o que acontece ao senhor, depois de a adivinha da cidade o ter assustado com uma das suas "inspirações"! Vejamos quanto tempo resiste a minha curiosidade...



Nota: como bem se vê, a imagem da capa do livro saiu da página da Wook. A outra é uma fotografia do "folheto" que saiu com o Público de ontem.

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