A cento e cinquenta páginas de acabar de ler o Servidão Humana, de Somerset Maugham, tenho para dizer que:
a. Teria todo o gosto em espancar a Mildred, aquela fútil aproveitadora que vai, neste momento, no terceiro ataque à carteira limitada do Philip, a personagem principal. Já dei por mim a dizer «não» para as páginas do livro a cada vez que ela aparecia e que ele, por bondade ou estupidez, abria os cordões à bolsa para a ajudar. No fim de contas acaba sempre por levar um real chuto no traseiro e é bem feito que é para não ser parvo.
b. Apetece-me ir lá para dentro do livro acabar o curso de Medicina pelo Philip, que parece-me que aquilo anda a ser demasiado arrastado (fora o facto de já ser o terceiro curso em que se mete). E depois, com aquela gibóia da Mildred sempre a aparecer, a coisa só se complica.
c. Tenho ganas que fechar a carteira ao Philip. O narrador bem nos recorda que ele tem de viver com o que tem durante os próximos três anos, já que só conseguirá receber pelo seu trabalho depois do curso e do estágio, mas passa a vida a escancarar a carteira por tudo e mais alguma coisa. Está nas lonas, ganha algum dinheiro na Bolsa e pimba: leva a Mildred de férias. Ai os meus frágeis nervos...
Posto isto, devo dizer que estou a gostar bastante do livro. Geralmente só me separo dele entre as duas e as três da manhã. Ainda me faltam umas cento e cinquenta páginas, por isso vou parecer um guaxinim com olheiras por mais um dia ou dois.
:) acho que foi mesmo isso, oh não lá está esta novamente a aparecer (a minha paciência pelos vistos é mais limitada) Acho que dava por mim a pensar algo parvo como "Oh Philip desenvolve,ultrapassa, tens tantas capacidades...)
ResponderEliminarIsso mesmo! Sinto o mesmo. A tipa é uma praga, ninguém merece. Dou por mim a pensar: se Philip é uma espécie de "alter ego" do autor, até que ponto não houve alguém assim na vida do Somerset Maugham? Credo...
Eliminar