sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Listas

O Expresso publicou no Sábado passado uma lista de cinquenta livros que toda a gente deve ler (podem consultá-la aqui). Destes, tenho vinte e três e de todos os cinquenta já li dezasseis. Tenho muito trabalhinho pela frente, portanto.
 
Logicamente uma lista implica sempre uma escolha e, portanto, nenhuma lista pode ser unanimemente perfeita. Todos nós saberemos de livros que, provavelmente, deveriam estar ali. O facto de Os Lusíadas não entrarem nesta lista pode fazer alguma confusão, mas é mesmo assim: todos nós teríamos algo a acrescentar. Pela minha parte, acho estas listas sempre muito úteis porque me levam a outros livros, porque me fazem novas sugestões. E se eu sei que falta ali esta ou aquela obra é bom sinal: é sinal de que a li e de que lhe vejo qualidade suficiente para figurar numa lista deste tipo.
 
Normalmente estes elencos de textos a não perder levam-nos aos clássicos, aqueles livros a que importa voltar sempre. Também o cânone acaba por ser uma lista de fronteiras incertas que nos pode guiar na escolha do que é muito bom e que não se pode, de forma alguma, deixar de conhecer. A minha preferência vai sempre para estes livros. Raramente desiludem, são intemporais, apresentam-nos frequentemente um uso e domínio da linguagem que vai muito além daquilo a que estamos habituados. Claro que também leio outras coisas, também embarco em algumas modas (não todas, felizmente), mas estes são os textos a que interessa voltar, são as obras que importa mesmo conhecer. Não somos os mesmos depois de lermos um clássico e essa é uma mudança pela qual vale bem a pena passar.

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