terça-feira, 10 de junho de 2014

O oito e o oitenta

Ontem, uma amiga minha viu uma foto do meu gato onde ele está num nicho de uma das muitas prateleiras que cá por casa existem. À volta dele estão, claro, livros. Na foto devem ver-se uns vinte e tal livros. E diz-me a menina:

- Credo! Tu tens estes livros todos em casa?!

- Não. Tenho cerca de dois mil e quinhentos livros. Esta é apenas uma prateleira. Existem muitas mais em várias outras estantes...

Acho que a menina teve um colapso. Mais ou menos o mesmo que eu tive quando soube que ela é professora e alérgica à leitura de tudo aquilo que não seja obrigada a ler por via da profissão que tem. Bem sei que a biblioteca cá do sítio impõe respeito e causa alguma admiração (até pela minha idade, na qual não se espera uma tão considerável "colecção pessoal"), mas não imagino a minha vida sem os meus livrinhos. Sei que podia parar já de comprar livros e teria sempre algo novo para ler para o resto da minha vida. Lá vou vendendo os que já li ou aqueles que deixaram de interessar-me, mas não consigo imaginar-me a viver sem livros, sem curiosidade pelo que outros escreveram e muito menos a considerar vinte livros numa prateleira uma biblioteca exageradamente grande.

E o pior é que por causa dos livros da foto, ela até se esqueceu de me elogiar o gato. Malvada!

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