sábado, 28 de junho de 2014

A nova revista Ler

Todos já tivemos alguma vez esta sensação: saber que alguma coisa promete ser tão boa, mas tão boa que adiamos o seu início só pelo gozo de saber que quando a começarmos vai ser mesmo bom. Acontece com certos livros ou filmes de que ouvimos falar e que têm tudo para ser do nosso agrado. Parece paradoxal, mas é a verdade e até há quem o diga, por exemplo, em relação aos clássicos: sorte de quem ainda não leu alguns deles, pois terá o prazer de o fazer pela primeira vez. 

Não vou falar de um clássico, mas sim de alguma coisa com a qual andava muito decepcionada. Falo-vos da revista Ler e, se já critiquei negativamente as suas mudanças, aqui estou para apontar aspectos positivos que encontro no seu novo formato.

Compro esta revista de forma assídua mais ou menos desde que comecei a trabalhar também de forma assídua. Adorava o seu conteúdo, mas também a sua imagem. Depois sofreu uma mudança e perdeu muito do bom aspecto que tinha. Agora passou a trimestral e saiu este mês o mais recente número. Tinha receio de que ainda piorasse, contudo deixem-me dizer-vos que a revista está a-p-e-t-i-t-o-s-a! Está mais gordinha, tem um papel reciclado que lhe dá um ar sério (nem sei explicar-vos isto) e voltou a ter uma imagem irresistível. Parece mais cuidada do que nos seus últimos tempos enquanto publicação mensal. Mistura fotos a preto e branco com algumas imagens a cores que, naquele tipo de papel mais escuro, fica mesmo bem. 

Quanto ao conteúdo, ainda não li tudo (lá está, ando a adiar...), mas do que li gostei. Apreciei particularmente o soneto do Vasco Graça Moura inserido na primeira badana (sim, agora a revista tem badanas e ficam-lhe mesmo bem). Mas melhor do que estarem para aqui a ler qualquer coisa que nem sei bem explicar, procurem esta revista e vejam se concordam comigo: esta mudança fez bem à Ler que, a meu ver, andava muito desinteressante. Agora vale bem o dinheiro que por ela se paga.


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