Pergunto-me se alguns pais saberão o que comem os filhos quando estão na escola. E pergunto-o porque, ao preparar uma ficha de trabalho para uma das minhas turmas, lembrei-ma das coisas que vejo aqueles miúdos comerem às nove horas da manhã. Para dar um exemplo, tenho um aluno que leva, para todas as minhas aulas (sejam elas às 8:30h ou às 11:30h) um pacote de litro e meio de ice tea. No primeiro intervalo da manhã, ele e os colegas correm até ao café não mais próximo, mas por eles considerado como o «mais barato da rua» e compram caixas (leram bem) com quatro ou mais pastéis de nata... Para uma única pessoa! De manhã já os vi comer fatias de pizza, hamburgueres com molhos (vendidos no bar da escola), empadas de frango cheias de gordura e bolas de berlim. Tudo isto foi, claro, empurrado com o referido pacote de refrigerante.
Sou um bom garfinho, admito, mas não deixo de me arrepiar com as coisas que vejo aqueles miúdos devorarem na primeira metade do dia. É impossível controlá-los e aconselhá-los também não tem surtido muito efeito. Comem aquilo de que gostam e nem por um minuto lhes passa pela cabeça que aquelas coisas lhes fazem mal à saude. Muitos dos pais não devem sonhar que, em vez de gastarem o dinheiro numa sandes, eles preferem dispendê-lo a comprar litros e litros de ice tea e oitenta porcento dos bolos da pastelaria. Esta é, sem dúvida, uma loucura que é preciso controlar.
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