Conhecem os rebuçados «Flocos de Neve»? Se não conhecem chicoteiem-se porque não merecem viver sem punição. Estes rebuçados são o paraíso em forma de docinho! Uma pessoa mete um destes na boca e parece que vai para o céu, de tão bons e docinhos que são. Quando andava no segundo e terceiro ciclos, a escola onde eu andava tinha um método fantástico que fazia com que muitas vezes recebêssemos destes rebuçados. Para comprarmos alguma coisa do bar da escola, tínhamos de ir à papelaria e comprar uma senha. Na altura dizíamos qualquer coisa como «quero uma senha de quarenta escudos» ou, se fôssemos milionários, «quero uma senha de duzentos escudos!» (aí éramos os reis). Depois íamos ao bar e com o plafond da senha previamente adquirida, pedíamos o que queríamos até atingirmos o valor que fora pago. Mas, muitas vezes, havia uns troquinhos que sobravam e com os quais já não conseguíamos comprar mais nenhum bolo, nem mais nenhum sumo. O protocolo do bar mandava, então, dar o restante valor da senha em rebuçados «Flocos de Neve». Lá íamos nós, felizes e airosos, a chocalhar os rebuçados no bolso, à espera do início da aula (achávamos sempre que era o melhor momento para comer um rebuçado) para fazermos o maior chinfrim possível enquanto lhe tirávamos o invólucro.
No outro dia fui a uma loja da Vodafone e tinham lá imensos potes cheios destes bombons. Não resisti e tirei um. O que se seguiu foi uma vaga muito agradável de memórias de infância. Uns dias depois comprei um saco deles e têm sido as minhas sobremesas. Não é fantástico que um simples rebuçado consiga trazer tantas recordações? Imagino o que acontecerá se devorar o pacote todo...
Já volto.
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