quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Parece-me pouco, mas já é qualquer coisa

Lembram-se do triste espectáculo da queima do gato nas festas de Vila Flor, no ano passado? Parece que o processo chegou agora ao fim com a pessoa que cedeu o gato a ser condenada ao pagamento de uma coima de quatrocentos e cinquenta euros. Segundo a peça que vi na televisão, a defesa da pessoa que alegadamente emprestou um gato para ser fechado num pote e içado num poste ao qual se pegaria fogo está a ponderar ainda sobre um possível recurso.

Bem, admito que assistir a uma condenação por maus tratos a animais me deixa muito satisfeita (preferia que ninguém maltratasse animais, mas parece que isso é pedir muito). Pensava mesmo que este tipo de coisas passaria sempre impune num país que abriu uma excepção à lei relativamente a uma tradição que consistia em matar um touro na arena em plena festa de verão. Afinal há uma luzinha ao fundo do túnel que mostra que de vez em quando (sobretudo se alguém filmar a coisa) quem faz asneira, paga por ela. Considero que quatrocentos e cinquenta euros é pouco, mas já é qualquer coisa. Seria bom que pelo menos servisse para outros tirarem daí a lição, embora pelo que me vai aparecendo no feed do Facebook me parece que nem um reset às cabeças desta gente seria capaz de fazer com que alguns idiotas parassem de achar piada a magoar animais só porque sim.

Agora é esperar que Vila Flor tenha aprendido a fazer uma boa festa de verão sem pôr gatos em situações que nenhum humano desejaria para si.

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