sábado, 21 de fevereiro de 2015

Magia ao Luar


Vi hoje este filme de Woody Allen e, embora não seja tão maravilhoso quanto o Meia Noite em Paris, é muito porreiro. Um mágico famoso é convidado para desmascarar uma jovem médium que anda a encantar uma família endinheirada no sul de França. Este mágico, céptico como convém já que ele próprio sabe muito bem como muitos truques são feitos, aceita a missão e procura ver a médium em acção de modo a perceber-lhe as manhas e os ardis. No entanto, está tudo tão bem feito que este misantropo e hiper-racional não consegue encontrar nada que lhe permita dizer que o que a médium Sophie faz é um enorme embuste. Nem nós, que assistimos ao filme, sabemos onde está a razão, pois ver este mágico acreditar em aléns e em espíritos que entram em contacto acaba por fazer-nos, também, começar a pensar que talvez a menina tenha mesmo um daqueles dons que não se explicam...
 
Enfim, a personagem do mágico é adorável e encarna muito bem a luta entre cepticismo e a dúvida de que talvez exista mesmo qualquer coisa que não se explica e que a razão não aceita. A personagem de Sophie também é encantadora porque é interessante sem ser uma das típicas boazonas que encontramos nos filmes. É uma miúda de olhos gigantes, franzina, mas que consegue de facto deixar-nos presos ao ecrã. Se no início a declarei como uma fraude, lá pelo meio, tal como o mágico, já acreditava que a coitadinha tinha mesmo um dom. Bom, depois dá-se ali uma engraçada reviravolta, mas o fim acaba por ser previsível. Lá está: não é tão bom como o Meia Noite em Paris, mas garante uma hora e meia agradável. E isso é sempre bom.

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