sábado, 21 de fevereiro de 2015

Doze caras páginas

No início do ano, mandei os meus alunos comprarem um livro cuja leitura seria obrigatória. Na altura a edição disponível era já antiga, mas ainda era possível adquiri-la. Hoje, no âmbito da promoção da Wook, aproveitei para comprar os livros que ainda me faltavam para as leituras obrigatórias até ao fim do ano lectivo. Percebi logo que do livro em questão existia uma edição nova, muito mais gira e com uma capa já a alertar para o facto de ser aquela uma das obras previstas pelas Metas Curriculares.
 
Ia adicioná-la à lista de compras quando um singelo número surgiu diante dos meus olhos: doze. O livro tem doze páginas. Apenas. E custa mais de oito euros. Estaquei a olhar para o site. Como é possível que um livro de doze páginas cuja leitura é obrigatória em muitas escolas do país custe mais de oito euros?! Fiz umas continhas e concluí que cada página acaba a custar perto de setenta cêntimos. Obviamente, sei que um livro não se mede pelas páginas que tem. Mas também sei que os livros saem das gráficas a preços irrisórios e, por isso, não consigo conceber justificação para que um livro de doze singelas páginas atinja um preço tão absurdo. Por bom que seja, é demasiado caro. Resultado: acabei por não o comprar. Primeiro é preciso que me passe o choque.

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