domingo, 23 de junho de 2013

Cérebros transformados em tapioca

Abomino os programas que passam aos Domingos à tarde nas televisões portuguesas. A TVI anda há um ano a bombardear o público, semana após semana, com os mesmo cantores, com os mesmos apresentadores, com as mesmas babuseiras e com o típico prémio ganho com chamadas. Agora a SIC lembrou-se de, no mesmo dia e no mesmo horário, meter-se na mesma vida. Imagino que andem entre eles à porrada para ver quem tem este ou aquele cantor em determinado Domingo. É que, palavra de honra, não há diferença entre os dois programas. Ambos percorrem o país, em ambos oferecem-se prémios e em ambos há pimbalhada que não acaba. 

Eu até admitia tais programas se, ali pelo meio, dessem mais tempo de antena às tradições portuguesas, ao artesanato e à gastronomia. Já que é para correr o país, ao menos que se perceba que as várias zonas são diferentes a vários níveis e que, de alguma forma, o programa servisse como chamariz para futuros passeios, desse uma mãozinha ao turismo. Mas não: são anúncios aos prémios, cantores que santo Deus e apresentadores aos berros.

Os meus pais costumam ter a televisão ligada na TVI ao Domigo à tarde, enquanto lêem o jornal. Até ao fim de semana passado, a festa era só aí, porém a SIC resolveu começar um programa parecido. E hoje, por causa do S. João no Porto, até a RTP passou parte da tarde a transmitir um programa parecido. É desesperante! Hoje fez-se um tipo de zapping em que, de canal para canal, era tudo igual, só as caras eram diferentes. Já não existe aquela mania de passar filmes ao Domingo à tarde, ou uma série como deve ser. Não. Agora é o Eiró, o Figueiras e os cantores todos deste país a berrarem frases de sentido ambíguo ao bom estilo Quim Barreiros. É o que temos por cá. E pelos visto faz sucesso ou não existiriam três canais a fazer o mesmo tipo de programa. 

Tenho ganas de rachar a televisão com um machado.


Nota: A imagem foi retirada daqui.

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