sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

De génio, Sr. Ministro!

Parece que o senhor Ministro da Educação anda com ideias de dar mais uma reviravolta às escolas e consta que uma das medidas passará por tirar tempos de aula ao Português e à Matemática. 

Acho que sim. Ele já são tão proficientes a ler e compreender o que lêem, a escrever com lógica e eficácia comunicativa, a falar, seja uma oralidade preparada ou espontânea, que se calhar até pode é eliminar mesmo o Português do Currículo dos alunos. Substitua a disciplina por, sei lá, Introdução ao Estudo da Língua dos P's, PlayStation e Cidadania, Técnicas Laboratoriais de Linguados e Apalpões. Na loucura podem substituir o Português por Ciências do WhatsApp e do Snapchat. Português, que coisa mais estúpida para se ensinar a quem já lê tanto (mensagens do WhatsApp e feed do Facebook), a quem fala tão bem ("hadem de ver: é as melhores mudanças c'a gente já vimos na escola! Assim não haverão percas de tempo nas aulas secantes de Português.") e a quem escreve ainda melhor ("derrepente o menistero acabava era mazé com a xcola. Poriço bora tod@s fazer 1 manif a ver se deicham a jente ir sossegados para caza que temos jogos e cenas + fixes pa fazer"). 

Também já disse que consta que querem tirar horas à Matemática. 

2 + 2 = 5

6 comentários:

  1. Estas mudanças beneficiam quem? Muda aqui, mexe ali. A cada mudança de governo ou de ministro há novas medidas. Parecem entrar em competição e esquecem-se do que e de quem realmente importa.
    E sim, já se escreve tão bem, fazem bem tirar horas. Sempre que leio comentários às notícias online, que já prometi muitas vezes parar de ler, sempre em vão, é quase um reflexo pavloviano, vou do espanto à gargalhada. Como é possível haver quem escreva tão mal? Eu também não escrevo muito bem, mas não dou calinadas de outra galáxia.
    Tázaver?

    (Queria ter comentado ontem, mas como fui buscar as duas malucas a casa dos meus pais estava muito vigilante. Não por elas mas pelo gatinho, trouxe-o só na quarta-feira e este foi o primeiro contacto do trio. Trouxe-o muito mais tarde do que pensei, infelizmente coincidiu com a usência do meu namorado. Estava fora em viagem de trabalho. Apesar de os três estarem no escritório ao pé dele, a ouvi-lo tocar guitarra, eu ia sempre espreitá-los.
    Baptizei-o de Michi, em honra ao príncipe Michkin de "O Idiota". Porque para além de ser muito bonzinho é, também, epiléptico.)

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    1. Eu acho que na educação já só se faz para não se estar quieto. É impressionante. Nem dão tempo para ver se a mudança anterior resulta ou não. Mas esta lógica de tirar horas ao Português e à Matemática (mantendo os exames às duas disciplinas) é de bradar aos céus.

      Oh, 'tadinho do gatinho. Isso da epilepsia é nos gatos como com as pessoas? Bem, está em boas mãos. E como está a ser a vivência do trio em conjunto? Quando trouxe a gatica, o Senhor Gato andou uns dias aparvalhado. E depois, como não sabia lidar com ela, dava-lhe cada patada! Agora dão-se bem e são grandes amigos. Têm cada brincadeira mais parva. Às vezes penso que ele a está a aleijar, mas depois é ela que vai a correr atrás dele para provocá-lo. São muito engraçados. Hoje estive a brincar com eles com um laser. Mais um bocado e demoliam-me a parede. 😂

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  2. A epilepsia nos animais é muito semelhante ao que acontece com as pessoas. É extremamente perturbante assistir.
    Ele praticamente não comia nem bebia, o que era expectável dado o estado em se encontrava. Nem urinava, nada. Com os exames que fizemos soubemos que tinha cristais na urina, o que em machos torna a micção tremendamente dolorosa, ainda mais do que nas fêmeas. Estava a poupar-se à dor, possivelmente.
    Num dia em que lhe fazíamos mais exames ele teve uma crise que começou justamente pela falta de controlo urinário. Regra geral começa por movimentos involuntários, mas no caso dele foi diferente, o que me fez soltar um "opá, não!", um gato que não urina e que de repente apresenta um pequeno lago?
    Depois aconteceu o que tinha que acontecer. A boa notícia é que não tem qualquer tipo de tumor, nem problemas renais, é possível que seja hereditário. Não encontrámos causas.
    Está medicado e está bem, coitadinho, mas como cada crise despoleta outra estou sempre à espera. Isto está a ser terrível para o meu namorado, está a ser um pânico, já lhe expliquei o que antecede a crise, já lhe disse o que pode acontecer e o que jamais deve fazer.
    Está mesmo aflito e receoso de que um dia aconteça quando eu não estiver em casa.

    O convívio está a ser muito melhor do que alguma vez pensei. A mais velha nunca foi grande admiradora de gatos. Durante algum tempo encontrava-os a passear ou a apanhar sol
    nos muros da casa dos meus pais, depois os cedros cresceram e ela deixou de os ver.
    Claro que ainda não tínhamos entrado em casa e já elas sabiam que havia mudanças. Ele não estava à vista, correram imediatamente para a água, como sempre.
    Muito devagarinho lá apareceu. Elas, deitadas, levantaram-se logo, como se tivessem tido um choque eléctrico, mas não se mexeram. A minha velhota foi calmamente cheirá-lo e depois a outra foi deixar-lhe um kong (um brinquedo). O mundo pode estar a acabar mas ela oferece sempre um brinquedo.
    Ontem preocupei-me ao não o encontrar, elas estavam deitadas, mas ele? Depois de muito olhar e abrir armários encontrei-o encaracolado na cauda da mais velha. Os que foram negligenciados e maltratados reconhecem-se. Estou deliciada.
    Elas são malucas mas são igualmente meigas.
    De manhã fui passeá-las e o pequenino ficou a ver-nos sair. Depois de chegarmos o meu namorado saiu. Voltou com uma trela para ele, diz que não faz sentido nenhum ele vê-las sair e ficar em casa. É verdade, especialmente porque foi gato de rua, apesar de nem um ano ter ainda. Vou ser a totó que passeia o gato, mas não me importo.

    As malucas destruíram um sofá dos meus pais. Demolição é quem eles. Agora é só delas, no entanto um amigo do meu pai foi lá a casa e sentou-se, ou melhor afundou-se no sofá!

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    1. Eu entendo o teu namorado. Se fosse comigo eu também estaria em pânico. Deve ser horrível ver um animal em sofrimento e não se saber o que fazer. Mas pode ser que com o crescimento ele melhore, não?

      Bem, eu acho muita graça a ver gatos a serem passeados. Já pensei em passear os meus, mas acabei por ter receio de tudo e mais alguma coisa (desde os venenos que espalham na zona, passando por coisas que há nas ruas e que podem magoar-lhes as patinhas, até ao medo de que me fujam) e prefiro deixá-los em casa. Também nunca conheceram outra realidade. Antes de virem para mim viveram em casa de outra pessoa, portanto aquelas patinhas nunca sentiram outro chão.

      Adoro a ideia de uma cadela entregar um brinquedo a um gato. Os animais são geniais! É muito simpático da parte dela. Esse gatinho pode ter tido muito azar na curta vida que já teve, mas finalmente a vida sorriu-lhe e agora tem tudo aquilo de que precisa para ser feliz. Gosto muito destes finais felizes para os animais. Merecem tanto.

      Agora o acontecimento risível do dia: a minha gatica caiu no caixote do lixo. Esta gata tem uma tendência para o disparate que é impressionante. Há umas semanas caiu na sanita, agora foi no lixo. Felizmente, tínhamos despejado o caixote e o saco estava vazio. E como fez ela este prodígio??? Bom, tenho um daqueles caixotes do lixo do IKEA que abrem quando se carrega na tampa. O Senhor Gato gosta muito de saltar para cima dele e depois para uma das bancadas. Resultado: quando chega à bancada, o caixote já ficou aberto. A gatica não reparou nesse pormenor e quis fazer o mesmo percurso. Só que a saltar para cima do caixote, olha... Parecia a Alice a cair na toca do coelho. Como o caixote ainda é alto e o plástico não a ajuda a trepar, lá ficou a desgraçada. A sorte dela é que tenho bom ouvido e apercebi-me logo do som do plástico a mexer. Como já andava à espera de que isto acontecesse fui logo tirá-la. Mais uma vez ficou zangada comigo, mas ao fim de um quarto de hora já se deitava no chão para as festinhas. Aqueles caixotes são boa ideia... Para quem não tem gatos. Pelo menos continua limpinha. Valha-nos essa sorte!

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    2. Coitadinha da gatica. Não se ter magoado é que importa. O susto passa.
      Eles imitam muito.
      A minha mais nova uma vez tentou imitar a mais velha. Viu-a dar um grande salto e estava já preparada para fazer o mesmo. A mais velha é muito atlética mas ela na altura tinha cinco meses, ou seja, era um ursinho polar que ainda não entendia bem o funcionamento das patas, especialmente das traseiras. Se tivesse saltado a coisa acabaria em muitas lágrimas.
      O primeiro disparate dela foi logo no primeiro dia em que a levei para casa. O meu irmão ficou com ela no jardim enquanto eu entrei para pousar as coisas. Ela lembrou-se de continuar a andar ao mesmo tempo que olhava para trás. Caiu dentro da piscina, foi o primeiro banho da vida dela. O meu irmão teve que a pescar, coitadinha.

      Eu também o entendo, mas não há muito que se possa fazer a não ser esperar que a crise passe. Estou confiante, acho que as crises serão muito poucas, pela idade e pela medicação também.
      Michi foi passear mas acho que quando estiver sem a companhia delas não achará tanta piada. A ver.

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    3. Espero que ele fique bem e que essas crises sejam coisa do passado. Coitadinho, merece uma vida boa, saudável e feliz. Adorava vê-lo a passear-se todo gaiteiro. Deve ser um trio espectacular. :D

      A gatica é uma tonta. Vê o Senhor Gato fazer certas coisas com uma agilidade e elegância invejáveis e quer fazer também, mas depois tem estes azares. Felizmente, nem quando caiu na sanita nem agora se aleijou. Fica ofendida, mas fisicamente bem. É uma tonta. Mas se lhe serve de consolo, embora mais taralhoca e dada ao disparate do que o «mano» mais velho, é muito melhor caçadora do que ele e mais corajosa também, parece-me. E é amorosa, amorosa. Ele também é muito meiguinho, mas tem mais momentos de «deixa-me em paz» do que ela. E é engraçado: quando pensei em arranjar Bosques disseram-me que eles escolhem um dos donos para ser o seu favorito. E é mesmo verdade. Ele escolheu o dono e ela a dona. Gostam muito dos dois, mas o Senhor Gato é completamente apaixonado pelo dono e a gatica não me larga um segundo, não sendo assim com mais ninguém. Que duas peças aqui estão!

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