terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Olhando para livros XI

Devido ao facto de ter uma profissão que não me deixa tempo nem para suspirar, ontem não consegui deixar aqui os livros que me marcaram a infância. Ora, vou regularizar a minha situação.

16. Livro que marcou a infância

Dizer que O Principezinho também me marcou a infância pode soar a clichê, mas é verdade. E de todo o livro, concretamente a parte em que aparece um inventor de pílulas que fazem com que uma pessoa não perca tempo a matar a sede. Ao discurso do inventor, contrapõe-se o do Principezinho que diz que se tivesse o tempo poupado pela pílula, caminharia lentamente para uma fonte... Foi, claramente, o excerto que mais me tocou, de tudo o que li em pequenita. 

Mas recordo ainda outros livros, portanto, lá vem batota:


O Sonhador consistia num volume de histórias que eram fruto da imaginação do narrador. Era uma imaginação muito fértil que o levava a ver-se em situações dificilmente possíveis. Recordo-me pouco das histórias, mas lembro-me bem de chegar a casa um dia e de ver aquele livro sobre um móvel. A minha irmã comprara-mo, bem como ao Principezinho. Para quem não tinha muitos livros e gostava de os ter às centenas, era um presente divino. Nunca me esqueci (ou esquecerei) do modo como o livro veio parar-me às mãos. Isso também me marcou a infância.

Mas os livros de que mais me lembro na infância foram mesmo os desta colecção:


A dupla de BD Calvin & Hobbes também me chegou às mãos pela minha irmã e nunca mais me largou. Confesso que quando era mais pequena, não percebia todo o alcance das tiras de Bill Waterson. Há ali muito mais do que apenas um rapaz e o seu peluche, há tiras que não são, de todo, para serem entendidas por uma criança pequena. Mas os desenhos, as histórias, a lata do Calvin e a inteligência do Hobbes, esses sim, são deliciosos para pessoas de qualquer idade. Li quase tudo o que havia para ler e ainda compro os poucos livros de Calvin & Hobbes que não tenho. Ainda hoje é a minha banda desenhada favorita. 


17. O livro mais caro da tua estante

Bom, para quem colecciona edições do Quixote, esta até era fácil de responder. Mas, deixando o Quixote de fora, o livro mais caro que tenho na minha estante é, talvez, o volume que reúne os romances de Machado de Assis, e que comprei para oferecer-me a mim mesma no Natal de 2014.


Custou perto de oitenta euros, mas tendo em conta que dele fazem parte nove romances, até nem está mau.

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