Devido ao facto de ter uma profissão que não me deixa tempo nem para suspirar, ontem não consegui deixar aqui os livros que me marcaram a infância. Ora, vou regularizar a minha situação.
16. Livro que marcou a infância
Dizer que O Principezinho também me marcou a infância pode soar a clichê, mas é verdade. E de todo o livro, concretamente a parte em que aparece um inventor de pílulas que fazem com que uma pessoa não perca tempo a matar a sede. Ao discurso do inventor, contrapõe-se o do Principezinho que diz que se tivesse o tempo poupado pela pílula, caminharia lentamente para uma fonte... Foi, claramente, o excerto que mais me tocou, de tudo o que li em pequenita.
Mas recordo ainda outros livros, portanto, lá vem batota:
O Sonhador consistia num volume de histórias que eram fruto da imaginação do narrador. Era uma imaginação muito fértil que o levava a ver-se em situações dificilmente possíveis. Recordo-me pouco das histórias, mas lembro-me bem de chegar a casa um dia e de ver aquele livro sobre um móvel. A minha irmã comprara-mo, bem como ao Principezinho. Para quem não tinha muitos livros e gostava de os ter às centenas, era um presente divino. Nunca me esqueci (ou esquecerei) do modo como o livro veio parar-me às mãos. Isso também me marcou a infância.
Mas os livros de que mais me lembro na infância foram mesmo os desta colecção:
A dupla de BD Calvin & Hobbes também me chegou às mãos pela minha irmã e nunca mais me largou. Confesso que quando era mais pequena, não percebia todo o alcance das tiras de Bill Waterson. Há ali muito mais do que apenas um rapaz e o seu peluche, há tiras que não são, de todo, para serem entendidas por uma criança pequena. Mas os desenhos, as histórias, a lata do Calvin e a inteligência do Hobbes, esses sim, são deliciosos para pessoas de qualquer idade. Li quase tudo o que havia para ler e ainda compro os poucos livros de Calvin & Hobbes que não tenho. Ainda hoje é a minha banda desenhada favorita.
17. O livro mais caro da tua estante
Bom, para quem colecciona edições do Quixote, esta até era fácil de responder. Mas, deixando o Quixote de fora, o livro mais caro que tenho na minha estante é, talvez, o volume que reúne os romances de Machado de Assis, e que comprei para oferecer-me a mim mesma no Natal de 2014.
Custou perto de oitenta euros, mas tendo em conta que dele fazem parte nove romances, até nem está mau.
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