Diz o ministro da educação que há professores a mais e que importa começar a reduzir o número de docentes. Já era de esperar uma pérola assim... Mas e então, vamos a apostas? Medidas que o ministro poderia adoptar no sentido de reduzir o número de professores:
- Pelotões de fuzilamento por áreas disciplinares: encostam-se todos os de Português que estão a mais a uma parede onde previamente foi pintado um mui nacional verso de Camões e depois PUM! A seguir vem alguém que pinta a parede e que depois escreve a Lei de Lavoisier. Encostam-se a ela os professores de Física e Química e depois PUM! E assim sucessivamente até só restar o ministro;
- Envenenamento dos professores gulosos durante as celebrações das "lições cem";
- Descargas de "charters" cheios de professores em pleno oceano Atlântico ou, para ter mais piada, numa ilha deserta ao bom estilo "Survivor". Uma espécie de reality show com docentes que estão a mais... Ainda ninguém se lembrou disto, aposto.
- Confiscação dos diplomas dos professores que estão a mais e permuta por outros de profissões em que falte gente. Que profissões, perguntam vocês? Pois, não sei. Parece-me que mesteres com falta de gente é coisa tão difícil de encontrar como o unicórnio fêmea;
- Extinção dos cursos que conferem habilitação para a docência e substituição por outros de lavores ou de realização de pequenos pavões em origami;
- Envio de autocarros cheios de docentes em excesso para latifúndios alentejanos com a missão de encontrar animais míticos como quimeras e centauros. Existirá, claro, a promessa de um bom prémio: receberá um horário completo todo o professor que avistar (e provar de forma inequívoca o avistamento) qualquer um destes bichos e, ainda, o de um outro ser mítico ainda mais raro: um senhor ministro que não lixe os professores.
E pronto, minha gente, façam as vossas apostas. A mim, que pertenco à classe, só me resta rir desta situação. Primeiro transformamos as turmas numa multidão muito anti-pedagógica e depois dizemos que há professores em excesso. Primeiro abrimos as vagas nas universidades e politécnicos do país, recebemos as propinas dos alunos ingénuos e com vontade de fazer a diferença numa profissão nada fácil e depois dizemos que estão a mais. Primeiro gritamos com os governos, depois passamos a fazer parte de um e esquecemos tudo o que dissemos antes. Como é que ainda não nos habituámos a isto?...
Isto está realmente a fugir do controle e a passar os limites do tolerável. Também acompanho de perto a situação porque tenho conhecimento e contacto próximo com vários professores.
ResponderEliminarNão costumas abordar muito esse assunto por aqui mas espero que com todas estas confusões a tua situação profissional não tenha sido muito alterada este ano, tenho a certeza que fazes um óptimo trabalho com os míudos, com aqueles que querem realmente aprender. :)