quinta-feira, 30 de abril de 2015

Raivas (quase) diárias

Não sei se sofrem do mesmo mal que eu, mas fico louca quando estou na fila de um Multibanco e à minha frente alguém saca das suas quinhentas contas do mês para pagar. Resultado: ali estou eu e os restantes a assobiar para o ar e à espera de que aquela pessoa acabe de pagar as continhas todas. Bem sei que há quem não tenha outra forma de o fazer, mas irrita-me que muitas vezes o façam quando há um movimento enorme nas caixas multibanco. E quando vejo gente mais nova a fazê-lo, enlouqueço porque não consigo deixar de pensar que estas pessoas podiam perfeitamente pagar as contas a partir da Caixa Directa e os seus correspondentes noutros bancos.

Mas além deste, tenho outra raivazita: é que os senhores que decidem o que, nas farmácias, tem ou não desconto com a receita médica não devem ter estudado pelos mesmos livros do que eu. É que eu aprendi que a pele é o maior órgão do corpo humano, mas depois tudo o que é para a pele passa por um processo estúpido qualquer em que nada (ou quase) tem desconto. É considerado um luxo e, portanto, raramente tem comparticipação. Mas se eu tiver uma doença de pele, ou uma alergia, ou outra coisa qualquer, tudo o que comprar para tratar é luxo? Posso então adoecer de tudo quanto é órgão que têm pena de mim e comparticipam, mas se adoecer da pele sou uma despesista com a mania dos luxos?! Quem é o ASNO retardado que chega a esta porcaria de conclusão?! É ridículo e doloroso assistir a tamanho disparate. Parece que de tempos a tempos sou castigada por ter isto ou aquilo na pele e precisar de tratar do assunto. Reparem: não compro cremes para olheiras nem para rugas (e mesmo que os comprasse...), apenas compro medicamentos receitados pelo médico de família para tratar de uma alergia. É uma alergia que não tenho porque quero (que não quero, obviamente), mas os cremes para ela passam automaticamente a artigos ligados a luxo. E olhem senhores, com o que eu desconto, bem podia ser luxo que vocês, asnos, deviam comparticipar na mesma.

Sim, estou revoltada.

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