Costumo passear a Madame Pochita num jardim perto de casa. Existe lá uma placa que proíbe canídeos nos espaços verdes, mas como toda a gente lá passeia os cães e tenta que eles não passem da berma do jardim, lá vamos andando todos.
No entanto, o que a placa devia proibir era a permanência de pessoas naquele espaço, uma vez que sujam muito mais do que os animais. Por vezes a Câmara passa por lá e trata daquilo tudo. Todavia, no dia seguinte, há todo o tipo de lixo no chão: revistas velhas, pedaços de esferovite, pacotes vazios de bolachas, copos de café, preservativos (!), entre muitas outras coisas. É uma nojeira e, considerando que não são os cães os responsáveis por isto, só podem ser os humanos, precisamente aqueles a quem é legalmente permitida a permanência no jardim.
É tanto lixo que se torna difícil de compreender. Até facturas velhas de empresas e quadros de uma imobiliária já lá encontrei. O que leva as pessoas a serem tão desrespeitadoras de um espaço público que a todos pertence? É revoltante. Às vezes sou eu que não quero passear lá o cão, com receio de que se lembre de engolir esferovite ou alguma outra porcaria que por lá encontre. Mais ainda: em torno daquele jardim há muitos caixotes de lixo. Se a falta deles já não justificaria o pouco civismo, a sua existência torna-o ainda mais incompreensível. A Câmara preocupou-se em colocar a placa para manter afastados os animais e os seus donos, mas esqueceu-se que o grande conspurcador é mesmo o ser humano.
Com placa ou não a lei existe, o que pelos vistos precisamos é de fiscais!!! Fiscais da Humanidade!!!
ResponderEliminarO que é incrível é que a placa proíbe canídeos naquele espaço verde. Contudo, quem suja verdadeiramente o jardim são as pessoas. Valia mais permitir os cães e proibir os humanos. É uma vergonha, mas é assim.
EliminarTambém não entendo e revolta-me.
ResponderEliminarJá vi uma costeleta, pedaços de pão, embalagens de fiambre e de queijo.
Os animais só sujam se os donos forem irresponsáveis e não pegarem no saquinho e puserem no lixo.
Na zona onde vivo não vejo o que descreves, mas o que não falta em Lisboa são zonas assim. E são imensas.
Bom fim-de-semana :)